domingo, 15 de janeiro de 2012

A felicidade é um bem que se multiplica ao ser dividido





“A felicidade é um bem que se multiplica ao ser dividido” – foi este o ponto de partida para mais um capítulo do filme em que fui figurante, ontem, juntamente com mais de uma centena de outros personagens.
A felicidade é de facto um bem que se multiplica ao ser dividido e, ontem, tive, mais uma vez, oportunidade de confirmar a veracidade destas palavras que, soltas pouco podem querer dizer, mas juntas formam uma frase com todo o sentido para quem acompanhou o percurso de quem as disse e de quem as escolheu.
A vida é feita de gestos, gestos que nos marcam para sempre.
Ontem, tive oportunidade de participar no episódio mais importante desta série que tenho acompanhado com especial atenção – foi o episódio em que os protagonistas da história celebraram o amor diante de todos. Um episódio pensado ao pormenor, onde nada falhou e onde não foi preciso repetir nenhuma das cenas.
Desde a celebração religiosa, onde apenas o frio incomodava (onde os pés ficaram dormentes por causa do gelo que saía das pedras que cobriam o chão e enchiam as paredes), até à festa que se seguiu a este momento, tudo foi perfeito.
Um episódio de uma série onde o tema principal é o amor, um amor que já conta com alguns anos, mas cujo auge foi ontem gravado nas câmaras de filmar e nos olhos de cada um dos figurantes que ali se encontrava.
Na celebração nada faltou: desde as flores que davam vida a uma igreja cinzenta, coberta de pedras húmidas, que reflectiam o frio que se fazia sentir cá fora, até às palavras, ao canto, aos sorrisos dos dois, tudo tão natural que fez da cena, uma cena real, uma realidade que era confirmada pelas caras de todos os personagens que ali se encontravam: enrugadas de frio, um frio difícil de suportar, que se entranhava pelos ossos dentro, mas um frio que era suportado porque, na cena deste episódio, nada podia falhar!
Depois, vieram o resto das cenas deste episódio – se calhar um dos maiores da série - as cenas do “convívio”. Este foi também, e mais uma vez, uma caixinha de surpresas, onde tudo foi pensado ao ínfimo detalhe pelos protagonistas!
À entrada para espaço onde o resto da cena se ia passar, ouviu-se nas nossas cabeças: CLAQUETE - e a festa começou.

A cada momento da tarde e noite, as surpresas foram surgindo, todas elas bem estudadas e que deixavam os outros personagens surpreendidos com tudo. No entanto, como em qualquer outra série, ou mesmo telenovela, o suspense faz parte e, portanto, não posso revelar tudo o que lá se passou, correndo o risco de que se perca o interesse.
Mas e levantando a ponta do véu, como se diz na gíria teatral, houve surpresas para todos os gostos… a música, o fogo… e muito, muito mais.
Os protagonistas apresentaram várias surpresas, desde animação musical, onde nem o violino faltou, até ao fogo de artificio - tudo foi estudado para que na hora tudo fosse gravado à primeira.
Entre gargalhadas, dança e animação, houve também lugar a lágrimas, mas de felicidade!
Os protagonistas, quiseram fazer de todos que ali se encontravam não apenas figurantes, mas também personagens activas de um episódio onde eles eram, sem dúvida, os grandes anfitriões.
A minha personagem foi uma das surpreendidas… Não tinha ensaiado a cena e, como tal, não correu lá muito bem! Na história, durante a semana, a minha personagem tinha-os presenteado com algo que não queria que mais ninguém visse ou ouvisse, porque a sua timidez e insegurança, não o permitiam.
Mas os protagonistas mostraram-na a todos, e, como não foi um quadro ensaiado, houve lugar para algumas lágrimas, lágrimas essas de felicidade (sem bem que, pensando bem, em qualquer novela, filme ou série, as lágrimas também fazem parte).
Resumindo, este capítulo da série em que se celebra o amor ficou perfeito!
Os protagonistas estão de parabéns! Sempre alegres, bem dispostos, sempre com um sorriso nos lábios.
Às personagens principais desta bela história, que começou há alguns anos, mas que é ainda uma criança, o que desejo é tudo de bom!!
Que quando formos todos velhinhos, riamos como ontem, como anteontem, como no mês passado, como há um ano….como no dia em que nos conhecemos!
Que cada lágrima que soltemos, seja como aquelas que soltamos ontem – lágrimas de amizade e de felicidade!!!!!

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