sexta-feira, 23 de maio de 2014

Mudança boa



Já lá vão quase dois meses e parecem dois dias…. Já lá vão quase dois meses que a minha rotina mudou e - diga-se -  para melhor.
 Estou feliz, estou bem, sinto-me confortável. O tempo em que as coisas não correram bem já lá foi, agora é tempo de dar o meu melhor, é tempo de mostrar o meu valor e - qual agricultor, - cultivar para depois semear.
Cheguei a um local onde não conhecia ninguém, mas, onde fui muito bem recebida, onde me deram apoio, me ensinaram ( e ensinam), onde me ajudam sempre que faço um daqueles pedidos chatos, mas que não sei como fazer.
Sinto-me contente e realizada, num novo mundo, num mundo de notícias, mas diferente daquele a que me tinha habituado nos últimos dez anos.
Encontrei pessoas que conhecia bem, que estavam no meu coração, mas raramente as encontrava, mudei de rotinas, mudei de hábitos, mudei, simplesmente.
Olho para trás e já mal me lembro do que lá foi, agora a ordem é olhar para a frente, é dar valor ao que realmente importa, a quem importa e pensar que a vida me deu um novo rumo, um novo caminho.
Dois meses quase volvido e parece que foi ontem que cheguei, envergonhada, mas a esconder a timidez que faz parte de mim, a cumprimentar e a conhecer todos ao mesmo tempo, um bocado perdida, entre gabinetes e nomes de pessoas que me sorriam e falavam como se eu já fizesse parte, como elas, da casa.
Os primeiros dias foram de observação (aliás) são, mas já posso dizer que estou bem, me sinto bem e com vontade de trabalhar!


quinta-feira, 22 de maio de 2014

Um abraço – que bem que sabe



Quem não gosta de um abraço? Quem não gosta de se sentir envolvido por dois braços contra um corpo que não é o seu? Quem não gosta de sentir o coração do outro bater junto do seu? Quem não gosta de um entrelaçar de braços?
Um abraço é um dos atos de carinho mais bonitos e mais profundos, pelo menos, para mim.
Num abraço sentimos conforto, amizade, amor, carinho, força e muito mais.
A cada abraço que dou ou que recebo, sinto-me inteira, sinto-me bem, sinto-me feliz. Ao contrário de um beijo, o abraço dá-se quando realmente se quer e apetece. Já o beijo faz parte do tradicional cumprimento. Um abraço só sai quando as pessoas se querem bem, quando alguém quer mostrar ao outro que está com ele, seja em que circunstancia for.
No dia do abraço, dou um especial aos meus amigos. “Especial” é, diria, redundante, já que como disse, um abraço é sempre especial, porque é um ato praticado apenas quando a situação o exige, quando sentimos necessidade e desejo de o fazer.

Um abraço não se dá a qualquer um, um abraço é algo íntimo e muito bom! 

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Domingo nas Fisgas - Só faltou o garrafão




Manhã de domingo, o sol espreita lá fora e cá dentro  na cama o espreguiçar dos braços começa a sentir-se ainda por baixo dos lençóis. É domingo, mas toca a levantar que já se faz tarde para ir à aventura.
À hora marcada, o grupo estava reunido e com as malas cheias de tudo que um piquenique pede. Desde o tacho do arroz, embrulhado em jornal (lembrando os tempos idos), até às fêveras e ao grelhador, passando pelo carvão e terminando nos doces - estava tudo lá, à exceção do garrafão…
Lá fomos nós até Ermelo, uma pequena aldeia do também pequeno concelho de Mondim de Basto, mas com a maior queda de água da Península Ibérica – as Fisgas de Ermelo.
Já conhecia o local, mas, há muitos, muitos anos que não ia lá. As Fisgas, como outros lugares em Trás-os-Montes trazem-me bastantes recordações da minha infância. Ontem recordei os tempos em que saia de manhã com os meus pais e regressava à noite no R5, grenã, com a mala cheia de comida e apetrechos para passar um bom dia, debaixo de uma qualquer árvore a aproveitar a brisa e a ouvir o chilrear dos pássaros.
Foi um dia diferente, com caminhada, risadas e muito, muito cansaço, mas um cansaço tão bom.

 No regresso, já mal nos mexíamos, pedíamos licença a uma perna de cada vez para nos movermos, mas o sentimento e a vontade de repetir eram os mesmos: “valeu a pena” e “vamos regressar”.