terça-feira, 7 de outubro de 2008

Um Dia na Cadeia

Aqui está um dos trabalhos que mais gozo me deu fazer....


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quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Férias e a crise

A cada dia que passa, ouve-se falar mais em "crise" e em tudo que ela provoca na vida das pessoas.
"Há cada vez menos dinheiro", "menos poder de compra", "menos empregos", "menos oferta" - enfim pequenas frases que nos cansamos de escutar, e muitas vezes de dizer, diariamente. Mas tudo isto perde o sentido quando chegamos ao mês de Agosto, mês tradicional de férias. Se não vejamos.
Este ano fui uma semana para o Algarve (também sou um bocadinho daquelas que se queixam) e, em oito dias que lá estive, vi centenas de pessoas a fazer o mesmo que eu, ou seja, a gozar, em muitos casos (o meu era certamente), as merecidas férias.
As praias de Vila Moura, cheias durante o dia, davam lugar, à noite, a ruas atolhadas de gente junto à Marina, onde passar era praticamente uma sorte, mas desenganem-se aqueles que pensam que as pessoas apenas passeavam e depois voltavam a casa sem gastar dinheiro. Os restaurantes, a maior parte caros, as lojas (só de grandes marcas) estavam sempre a abarrotar - para dar uma ideia, uma vez estive duas horas à espera para jantar.
E agora eu pergunto: Como é que aqueles que todo o ano se queixam das dificuldades, da falta de dinheiro, chegam a Agosto e conseguem ir de férias?
Das duas, três: ou endividam-se ainda mais, com mais um empréstimo para gozar uns dias na zona turística de Portugal mais procurada por esta altura, ou então passam necessidade o ano todo para juntarem alguns trocos ( que é como quem diz, não podem ser assim tão poucos) para este mês.
Eu cá vou mais pela primeira hipotese. Dizem as estatísticas - que não devem estar muito erradas - que cada vez mais as pessoas recorrem a créditos para tudo, até, em muitos casos, acredito, para comprarem as famosas roupas desta ou daquela marca. Afinal o que importa é parecer e não ser.
A ver por aquilo que constatei no Algarve, grande parte deste ano de trabalho, que agora vai reiniciar, vai ser para para pagar as merecidas férias passadas num qualquer resort algarvio. E muito bem, pelo menos paga-se para passar bons momentos e não para gastar em comida, roupa ou livros escolares... Isso é uma assunto para depois do Verão que se pode resolver com mais um pequeno crédito que se paga facilmente durante o ano! lol

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Gerês forever

Pois é, pela milésima vez fui passar parte do fim-de-semana ao Gerês e, mais uma vez, foi uma aventura... também pudera, com mais oito pessoas, tão ou mais malucas que eu, o que é que se poderia esperar?!
Desta vez, o objectivo era percorrer mais de cinco horas de viagem a pé, pelos trilhos da serra, e chegar às Minas dos Carris (que diz quem já viu, são muito bonitas), mas, mais uma vez, não conseguimos, (também começar a caminhada às 11H30 da manhã, não se podia esperar muito, mas tentamos). Digamos que foi um dia para queimar calorias e ver como o sol forte queima a sério...
Mas o fim-de-semana, não se ficou apenas por Terras de Bouro.
No sábado à noite, desbravámos caminho e fomos ter a Melgaço, terra onde tinha estado, há muitos, muitos anos e da qual me lembrava apenas vagamente. De salientar as excelentes condições daquela Pousada da Juventude... No domingo, aproveitamos, a parte da manhã, (vá, confesso, só um bocaidnho, porque a maior parte estivemos a dormir) para conhecer um pouco melhor a vila. De tarde, passamos por Monção, Valença e ainda houve um tempinho para apreciarmos a foz do rio Minho, em Caminha....
Aqui estão bons motivos para viajar por terras do Minho, uma das regiões mais bonitas do país....
Nos dois dias de palhaçada, houve ainda tempo para entalar a minha mão na carrinha, no Bom Jesus, em Braga, fazer um corte e ficar com a mão negra... nada de estraordinário, que apesar de ainda me doer, podia ter sido bem pior. lol
Sem mais histórias para contar, impõe-se a pergunta: Quando será a próxima aventura?!
Aguardo resposta!

terça-feira, 8 de julho de 2008

Serviços de Acesso ao ensino Superior apresentam falhas nas acessibilidades para pessoas com deficiencia

Os serviços de Acesso ao Ensino Superior apresentam falhas nas acessibilidades para pessoas com deficiencia...Foi o que revelou um estudo feito pelo Núcleo de Alunos de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade Humanas da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro...

http://radioclube.clix.pt/programacao/radios_locais/body.aspx?id=10242

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Padre Abílio Barbosa festeja bodas de Prata

É já na próxima quinta-feira, dia 10, que o Padre Abilio Barbosa completa 25 anos de sacerdócio. O homem, que em menino despertou para a vocação sacerdotal, depois de questionado pela professora da escola primária sobre o que queria ser quando fosse grande, está agora a festejar as bodas de prata.
A poucos meses de fazer cinquenta anos de vida, o sacerdote vai assinalar a data com os paroquianos de Várzea, Pedreira e Airães, no domingo, dia 13. De manhã será celebrada uma eucaristia, na igreja de S. Jorge, em Várzea, às 11H00, seguida de um almoço de confraternização.

Bem agora que já dei as informações todas, há que falar um bocadinho da pessoa, de forma pessoal...

Pois é, na minha vida cristã, posso dizer que não conheci outro padre na minha paróquia.
Apesar de estar há 24 anos em Várzea e de eu ter 28, não me lembro de outro pároco por estas bandas. Os momentos mais importantes, como a 1º Comunhão, Profissão de Fé e o acompanhamento para a Confirmação foram feitos por ele.
Que posso então dizer sobre o padre Abílio? Não é fácil, confesso.
Na minha opinião, é um misto de boa disposição e exigência para com os paroquianos e amigos. Como pessoa, posso dizer que é alguém extraordinária, com quem tenho aprendido muito ao longo dos anos e de quem espero não perder o rasto.
Apesar de alguns pontos de vista diferentes e de alguns "pequenos atritos" que fazemos questão de resolver na hora, considero-o um bom amigo, em quem posso confiar.
Por tudo isto, quero aproveitar, este momento, para lhe agradecer o bom trabalho que tem feito na minha paróquia e, acima de tudo, por fazer parte da minha vida!

Parabéns!!!!!

terça-feira, 17 de junho de 2008

Arraial em Várzea promete muita animação

O Grupo de Jovens de Várzea, em colaboração com o Grupo de Acólitos, promove, este sábado, um Arraial Popular, com Marchas Populares.
A iniciativa, que se realiza no Salão Paroquial, pretende ser mais uma forma de proporcionar o convívio entre as pessoas. À semelhança dos anos anteriores, haverá, na tarde de sábado, sardinha assada, bolo com sardinha e carne e muitos outros petiscos.
À noite, a partir das 22H00, a rua paralela ao salão vai encher-se de cor e vida com o desfile das marchas populares. Ao todo serão três marchas, dos lugares de Várzea, Ambrões e Boavista. Depois a festa continua junto ao salão com muita animação e petiscos para todos os gostos.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

«O Senhor Parkinson quis viver comigo e eu tive de me habituar a viver com ele»

>> Na semana em que se comemorou o Dia Mundial da Doença de Parkinson, o Expresso de Felgueiras foi conhecer um caso, em que a doença apareceu aos 32 anos de idade

Cerca de 20 mil portugueses sofrem de Parkinson, uma doença degenerativa que afecta sobretudo homens, entre os 50 e os 70 anos, mas há casos em que a doença aparece mais cedo.
É o caso de Luís Teixeira, de 46 anos, a quem foi diagnosticada a doença com apenas 32 anos. Casado e pai de dois filhos, viu-se obrigado a deixar o emprego e a aprender a viver mais devagar. Hoje encara a doença como uma prova de vida.
Sob o olhar atento da mulher, que carinhosamente lhe massaja a mão esquerda, a mais afectada pela doença, e dos filhos, Luís Teixeira recordou, ao EXPRESSO DE FELGUEIRAS, como soube que da doença. “Tudo começou com uma dor ligeira no ombro. Tinha um amigo médico que pensou que fosse uma dor reumática e receitou-me uns analgésicos”, lembrou, explicando que, poucos dias depois, o diagnóstico se alterou por completo. “Quinze dias depois, fui almoçar com esse médico e ao tentar levar uma garfada de arroz à boca não consegui. O médico alarmou-se e disse que o meu problema deveria ser outro, encaminhando-me para um neurologista. Depois dos exames, o especialista chamou-me para me revelar o resultado, mas eu adiantei-me e disse-lhe ‘é Parkinson, não é?’. Não fiquei alarmado, já que os sintomas iniciais também podiam ser de um temor cerebral, o que seria bem mais complicado”, salientou.
Há treze anos a viver com o “companheiro inseparável”, as limitações são cada vez maiores. Falta de reflexos, tremores e desequilíbrios são os principais sintomas da doença que lhe afectou essencialmente a parte esquerda. Situações tão simples como apertar ou desapertar um botão, tornam-se para ele uma tarefa complicada. No entanto, acredita que a forma como encara o problema, tem evitado rápida progressão da doença. “A doença tem um nível máximo de cinco, eu ainda não passei do um e meio. Não é fácil, durante estes anos todos, conseguir manter este estado. Mas isto tem a ver com o trato psicológico que dou à doença. Tenho a certeza que em qualquer pessoa que não encara a doença desta forma, ela evolui de maneira drástica. Costumo dizer que o Sr. Parkinson quis viver comigo, eu tenho de aprender a viver com ele e adaptar-me”, frisou.
Apesar de considerar que tem uma vida normal, houve coisas que Luís Teixeira se viu obrigado a abandonar. Jogar futebol foi uma delas. Para além desta paixão, a música e os carros são também presença habitual na sua vida. Embora ainda conduza, tem consciência que, mais cedo ou mais tarde, esta é outra das coisas que a doença lhe vai roubar. “Hoje já quase não conduzo. Adoro automóveis e é, dentro deles, que me sinto bem. Aliás, quando estou pior, meto-me dentro de um carro, para recuperar as forças”.
Treze anos volvidos, desde a descoberta do problema, Luís Texeira diz-se completamente adaptado. Com o olhar fixo na esposa e de seguida nos filhos, que acompanham cada movimento do pai, confessa que sem o apoio da família seria mais difícil ultrapassar as barreiras. “Apesar de encarar bem a doença, isto não é só mérito meu. Sem o apoio deles não seria fácil”, esclarece, lembrando que a família aumentou e agora tem mais uma pessoa na sua vida que lhe dá energia para encarar o problema. “A minha neta veio reforçar ainda mais a minha forma de encarar a doença. Posso dizer que é mais uma razão para continuar a lutar contra o Parkinson”, ressalvou.
Quando lhe foi diagnosticada a doença, os filhos eram ainda crianças, o mais velho tinha 10 anos, a mais nova 4. Apesar de hoje todos se dizerem adaptado, a esposa, Fátima Fontes, confessa que no inicio não foi fácil. “Não escondo que quando soube foi um choque, mas hoje eu dou-lhe força a ele e ele a mim, mais ele a mim. O meu marido tem uma força de vontade enorme”, refere.
De resto, a força de vontade e a alegria de viver foi também uma grande ajuda para que os filhos se habituassem à condição Luís Teixeira. “O meu pai nunca nos escondeu, mas eu não sabia bem o que era esta doença. Lembro-me que, para nos tranquilizar, dizia que, dentro de cinco anos, seria encontrada a cura. Isso ainda não aconteceu, mas já nos habituamos”, recorda Adriano, hoje com 24 anos.
Sem perceber bem as limitações do pai, Isabel, na altura apenas com quatro anos, diz que nunca sentiu as dificuldades do pai no acompanhamento do seu crescimento. “Eu ia sempre com eles às consultas, mas não tinha noção do que se tratava. Com o passar dos anos fui-me habituando. Olhando para trás, não me recordo que alguma vez a doença interferisse no meu crescimento”.
Com a doença mais ou menos controlada, de três em três meses, Luís Teixeira faz uma consulta de rotina.
Embora o Parkinson seja uma doença para a qual ainda não há cura, há uma operação que proporciona mais qualidade de vida aos doentes. Apesar de ter consciência das suas limitações, para já Luís Teixeira recusa-se a pensar nessa possibilidade, considerando um processo “eléctrico” que, na fase em que se encontra a sua doença, não faz sentido.
Com uma força de viver invejável, Luís Teixeira deixa um conselho a todos aqueles que não tenham a mesma capacidade de encarar a doença. "O melhor é olhar para o espelho e acharem-se bonitos. Ninguém é melhor que nós. Só pensando desta forma é que somos capazes de arranjar forças para continuar a viver", concluiu.


Texto de Aureliana Gomes, publicado in EXPRESSO DE FELGUEIRAS

sexta-feira, 28 de março de 2008

Mulheres prometem animar festas em honra de S. Jorge de Várzea

Pela primeira vez, oito mulheres assumem os comandos da festa em honra do padroeiro e prometem muita animação em cinco dias de romaria

Milhares de forasteiros são esperados, no próximo mês de Abril, na freguesia de S. Jorge de Várzea, para participarem na Feira Anual dos 23.
A romaria que, há mais de dois séculos, traz à freguesia pessoas oriundas de vários concelhos da região, principalmente lavradores, para pedirem a bênção para os seus animais, este ano apresenta algumas novidades. Desde logo, é a primeira vez que, no comando da organização, estão mulheres.
Apesar de no início terem sido convidadas pela anterior comissão 12, neste momento, restam apenas oito, que, em entrevista ao EXPRESSO DE FELGUEIRAS, caracterizaram a organização da festa como "um desafio". "Quando fomos convidadas ainda hesitamos, pois, para além de sermos mulheres, trabalhamos e somos donas de casa. No entanto, sabíamos que éramos capazes e, por isso, decidimos enfrentar o desafio", disse Carla Carvalho, uma das organizadoras.
Há vários meses a trabalhar afincadamente para que a vinte de Abril esteja tudo pronto e nada falhe, as oito mulheres falam num trabalho árduo, onde os obstáculos surgem a cada dia, mas não as demovem da sua missão.
Com um orçamento de cerca de 25 mil euros, a comissão de festas fala na dificuldade de gerir as verbas, provenientes de dois peditórios, patrocínios de empresas e aluguer de espaços para parque de diversões, junto à igreja. Segundo as responsáveis, apesar de, no primeiro peditório, realizado em Dezembro, as expectativas terem sido superadas, há muitas despesas, o que leva a uma gestão apertada, onde os gastos têm de ser bem ponderados. "O orçamento está muito esticado, as despesas aumentam de ano para ano e os donativos diminuem. Face à crise, as pessoas embora contribuam, não podem dar o que lhes faz falta", explicou Liliana Duarte.
A par dos problemas financeiros, este ano a organização enfrentou ainda outro obstáculo, que poderia ter colocado em causa a realização da festa - a construção da futura variante que absorve parte do espaço utilizado para a realização da romaria.
Embora ainda não existam certezas quanto à passagem ou não da via até à data dos festejos, a comissão quer acreditar que tal não vai acontecer. Na pior das hipóteses, e, a ser uma realidade, as organizadoras não têm dúvidas que será o fim das festas. "Nós já tivemos alguns encontros, nomeadamente com a presidente da Câmara, com o presidente da Junta e com o engenheiro da obra no local. Nessas reuniões, não nos darem certezas, dizem apenas que é provável que não chegue aqui, até essa data. Mas se vier a acontecer, temos consciência de que será o final da festa. Não nos podemos esquecer que temos compromissos e caso a obra avance vai ser complicado mantê-los. Vamos acreditar que o S. Jorge, nosso padroeiro, nos vai dar uma ajudinha", esclareceu Marla Gomes, salientando, no entanto, que, na divisão do espaço para a colocação do parque de diversões, essa situação foi tida em conta, o que também contribuiu para a diminuição do orçamento.
No entanto e apesar das contrariedades, as festeiras acreditam que esta vai ser uma das maiores romarias dos últimos anos. "Nos contactos que vamos mantendo com os comerciantes, percebemos que há um grande interesse em fazer esta festa. Para além de ser uma boa romaria em termos de vendas, o facto de a Páscoa ter sido muito cedo e de em Abril não existirem outras festas vai trazer muitos vendedores a Várzea”, justificou Conceição Ribeiro.
A romaria em honra de S. Jorge é uma das maiores festas do concelho. Em declarações ao EXPRESSO DE FELGUEIRAS, Artur Faria, presidente da Junta, diz não ter dúvidas que a depois do S. Pedro e das Vitorias, esta é uma das grandes festas de Felgueiras. “Esta é uma festa muito importante. No dia dos 23 vem muita gente de fora, principalmente para participar na feira do gado. Estou convencido de que se algum dia terminasse esta feira anual, os lavradores não se conformariam”, disse, reforçando a ideia de que a Junta de Freguesia está ao lado da comissão organizadora para ajudar no que for necessário.


Rui Bandeira cabeça de Cartaz

Raça Barrosã e prémio para melhor jugo e melhor traje serão novidades na Feira do Gado

Desde sempre a Feira Anual dos 23 ficou associada à Feira do Gado e à bênção dos animais. A cada ano que passa, lavradores vindos de vários pontos do país deslocam-se a Várzea com o gado para que o Santo Padroeiro os abençoe, aproveitando também para vender os animais. Bem cedo, ainda antes de amanhecer, os agricultores vão chegando com o gado, que é inspeccionado por veterinários, sendo obrigatório que cumpram todas as normas de saúde pública exigidas por lei. "Este é um dos eventos que traz muitos lavradores à festa. Por isso, sabemos que é um dos momentos mais importantes e que tudo tem de estar muito bem organizado, nada pode falhar", frisou Alice Teixeira, revelando, no entanto, que este ano, este número das festas vai ter duas novidades. “Em princípio vamos ter, pela primeira vez, gado de raça barrosã e um desfile de jugos e de trajes, sendo os melhores premiados por um júri”, averbou.
Para aqueles a quem a agricultura não diz muito, há muito mais para ver e ouvir.
Dos muitos artistas que vão passar por Várzea, o destaque vai para Rui Bandeira, no dia 24 de Abril, noitada maior das festas. Ainda no programa musical, saliente-se as actuações de Flávio Gil, no dia 22 e do conjunto Vera Cruz, dia 23.
Antes, no dia 20 de Abril realiza-se o cortejo das oferendas, onde são esperadas muitas pessoas.
A festa termina com a subida ao mastro, seguida de cantares ao desafio e sessão de fogo, no dia 25 de Abril.
No que respeita ao programa religioso, o destaque vai para a celebração da eucaristia, às 11H00, e a procissão, às 18H30. "A devoção a S. Jorge ainda é muito evidente um pouco por todo o Norte do país. Por isso, acreditamos que, quer a missa, quer a procissão vão contar com a participação de muitos devotos”, concluiu Florbela Carvalho.

Texto de Aureliana Gomes, publicado in Expresso de Felgueiras

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Soninha deixa saudade entre amigos, depois de morte trágica

União Desportiva de Várzea ficou mais pobre

Centenas de pessoas assistiram ao último adeus à pequena Sónia Catarina Moura, de 12 anos, que morreu, na passada quarta-feira, dia seis, atropelada, perto de casa, na freguesia de Torrados.
A jovem atleta da União Desportiva de Várzea (UDV), ainda foi transportada pelo INEM para o hospital de S. João, no Porto, onde permaneceu na Unidade de Cuidados Intensivos, mas não resistiu aos ferimentos.
A morte da "Soninha", como era conhecida, provocou a consternação geral nos familiares e amigos, que compareceram em peso no funeral, entre eles os colegas da UDV, aos quais se juntaram outros desportistas, de várias colectividades do norte do país.
Envergonhada e introvertida, a pequena Sónia, num ano de actividade na colectividade, conseguiu cativar a atenção de todos. Adriana Leite, atleta de 13 anos e amiga da Sónia, salientou que se tratava de " uma menina de quem todos gostavam". "A Sónia era muito tímida, se não metêssemos conversa, ela ficava no cantinho dela. No entanto, depois de ganhar confiança era muito simpática e falava muito. Além disso, era uma criança muito alegre, que ria por tudo e por nada", lembrou, dizendo também que, pelas suas características, era conhecida junto dos colegas, como "a Soninha". "Era uma forma carinhosa de tratar uma das meninas mais novas do grupo e também porque ela era muito pequenina e fofinha", recordou. Ainda segundo a atleta, a notícia do acidente chocou a todos os corredores, que tiveram dificuldade em retomar os treinos. No entanto, na segunda-feira, voltaram à estrada e prometem fazer o melhor para dedicar todas as vitórias à amiga. "Só na segunda-feira é que voltamos a treinar. Custou muito, mas estamos a dar o nosso melhor para conseguirmos muitos prémios para lhe dedicar. Ela merece isto e muito mais", frisou.
Mas não era apenas entre os atletas mais novos que a jovem se evidenciava pela simpatia e alegria no olhar. Filipa Dias, de 24 anos, fala da Sónia como uma "menina meiga e simpática" que jamais esquecerá. "Era uma criança muito envergonhada e tímida, mas como era das mais pequeninas e mais gordinhas puxávamos muito por ela. A sua morte foi um choque muito grande, ela era muito querida. Era a nossa Soninha", disse, prometendo treinar muito para lhe dedicar os prémios que conseguir no futuro.
Consternado e visivelmente abalado com o acidente ficou também o presidente da colectividade, Joaquim Machado, que recorda a desportista como a “mascote da equipa”. "A Sónia era muito amorosa, era a nossa mascote", disse, explicando que se tratava de uma criança inibida, mas em quem, ao longo deste ano, se notou um desenvolvimento físico e intelectual muito grande."Esta era uma das crianças mais reservadas do grupo, para lhe arrancarmos uma palavra era preciso saber dar-lhe a volta. Mas, ultimamente já se via nela um franco desenvolvimento físico e social", frisou, lembrando o último prémio que ganhou. "A Sónia estava a progredir muito como atleta, todos os dias se viam melhorias na forma como treinava e participava nas provas. O último título dela foi o terceiro lugar, no campeonato regional de Paredes, no dia 2 de Fevereiro", recordou.
À semelhança do que acontece com os cerca de cinquenta atletas da UDV, a jovem tinha seguro. Segundo o presidente já foi feita a participação à seguradora, aguardando-se uma resposta nos próximos dias.
A União Desportiva de Várzea pondera, no futuro, a realização de uma homenagem à atleta, no entanto, para já, vai ser feito um dossier com todos os pertences da jovem, enquanto atleta da UDV. "No futuro temos de pensar em formas de homenageá-la, mas, no imediato, vamos juntar todas as coisas dela e entregar aos pais", disse. Apesar do momento difícil que o clube está a atravessar, Joaquim Machado diz que tem de haver força da direcção e dos corredores para continuar a trazer para Felgueiras os melhores prémios do atletismo. "Este é um momento muito mau, mas a vida não pode parar e não podemos deitar a toalha ao chão, temos provas muito importantes e temos de continuar a dar provas do nosso trabalho, sempre a pensar na nossa menina".
Refira-se que o acidente aconteceu segundos depois do treinador, Carlos Mendes, que normalmente transporta os atletas no final dos treinos, a ter deixado em frente a casa, cerca das 21H00.
A missa de sétimo dia realiza-se esta sexta-feira, pelas 19h00, na Igreja Matriz de Torrados.


Texto publicado in Expresso de Felgueiras

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Atleta da UDV perde a vida aos 12 anos

Hoje vou publicar um texto do blogue da União Desportiva de Várzea que está de luto, depois da morte de uma das suas atletas, a Sónia de 12 anos, que perdeu a vida após um treino, atropelada em frente a casa....Mais um caso que nos faz repensar na nossa passagem por este mundo...

Texto de Liliana Duarte, no Blogue http://uniaodesportivadevarzea.blogspot.com/:


Acredito, que naquela noite gélida do dia 30, no auge dos teus 12 anos, naquele momento em que se deu a tua queda, nesse momento em que tudo ficou suspenso... não te foste embora. Inicias-te uma viagem... foste para casa. Talvez Deus tenha sentido a tua falta. Se é verdade aquilo em que acredito (que me parece a única explicação plausível para alguém partir dessa maneira), imagino-te num espaço novo, num empolgante rasgar eterno renovado em manhãs de glória. Que coisas existirão nos espaços abertos daquela noite gélida que nos faz lembrar a batalha perdida, contra a qual teimosamente tentamos lutar??? Quem me dera que estas palavras tivessem o poder de apaziguar toda a dor que nos rodeia...Às vezes parece-me tudo ainda demasiado irreal, talvez fictício... mas quando me apercebo da realidade, da fragilidade e fugacidade da vida humana, sinto a alma adormecida e amordaça por milhares de pesadelos juntos... Uma revolta e raiva sufocantes, uma angústia prolongada pelo tempo, uma eterna ânsia de voltar a ver o teu sorriso... É confuso ver raízes promissoras de futuro partirem na noite escura... No rosto daqueles que te amam abre-se um fosso de silêncios cerrado pelo vazio... Tudo parece moribundo, estúpido e inútil... Silêncio absoluto.. O silêncio diz tudo, vale mais que mil palavras articuladas embora não costumemos inclui-lo na nossa escala de sons sinfónicos. É o acorde de uma sinfonia inacabada, é o mais antagónico de todos os sons.Medito sobre o que se passou... tento combater a incerteza com uma arma carregada de nadas. Há alturas em que nos sentimos seres pequenos, insignificantes, inconcretos... De repente um medo inesperadamente abstracto detêm-se ao nosso lado... Quem me dera mudar o inútil que se adivinha e transformá-lo num renovado amanhecer para toda a gente... Por vezes apenas consigo um sono inquieto e frio. Amanhã não sei se eu ou todos nós continuaremos aqui, é tudo uma incógnita.Neste momento acredito que estejas bem.Agora, a estrela mais brilhante que existe no Céu ÉS TU!
O rio mais longo que existe na terra e corre para o Mar ÉS TU!
Porque TU nunca deixarás de brilhar nos nossos Corações!
Não deixarás de correr no nosso Olhar!
Até sempre!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Ano Novo vida velha

Pois é, já estamos em 2008, e alterações basicamente nenhumas, só mesmo no calendário. Mais uma passagem de ano e nada... Eu digo que nada mudou, mas tenho de confessar que o ano de 2007 foi para mim de profundas alterações a nível profissional, que implicaram mudanças pessoais.
Agora, espero que estas mudanças se mantenham por algum tempo e só se alterem se for para melhor, claro.
Que 2008, se não for melhor que, pelo menos, seja tão bom como o ano que agora se despediu... Ao menos saudinha e trabalhinho não me faltaram e espero que não me preguem nenhuma partida agora.
A todos desejo um Ano Novo cheio de realizações!!!