Decidi criar um blog para desenferrujar os dedos e a escrita... Aqui, vai ter oportunidade de ler um pouco de tudo, desde notícias sobre a terrinha, com os comentários, sempre atentos, da jornalista, e alguns pensamentos e devaneios da autora deste sitio!
quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
Feliz Ano Novo
No final de mais um ano, hora de balanço... Perdi pessoas, que pensava serem amigas, ganhei amigos que não imaginava, tive desilusões, mas também tive alegrias, fiz bons programas, mas tambem fiz maus, aconselhei e fui aconselhada,fui perspicaz, intuituva, adivinha( tantas e tantas vezes), fui amiga, fui irmã, fui eu própria todos estes 365, porque não podia ser de outra forma.
Que o novo ano me traga tudo do que é especial e para os meus amigos desejo também o melhor. Bom Ano Novo!!!!!
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
Feliz Natal
As ruas enchem-se de cor, luz, musica e movimento, por
estes dias, lembrando a época em que estamos. Tudo fica mais bonito e com mais
encanto…um encanto que perde brilho quando pensamos no consumismo desta época, na luta desenfreada por dar o melhor presente, no esquecimento do verdadeiro
significado do dia 25 de Dezembro.
É pena que os valores se vão perdendo, que o verdadeiro
significado do Natal perca força e ganhe o material, o superficial.
Neste natal, vamos pensar que quem ldeu razão de ser à data, não quer
mais do que a felicidade de cada um de nós, uma felicidade que está na união da
família e dos amigos.
Por isso, este natal o que vou por no sapatinho dos meus
amigos é muito amor e carinho, deixando ainda a certeza que sempre que
precisarem eu estarei, como sempre, de corpo e alma, para ajudar se conseguir
ou, pelo menos, para ouvir que é uma coisa que nos desabituamos nos dias de
hoje.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
O valor de uma amizade
O valor da amizade é cada menor e não se
entende porquê. É certo que a sociedade mudou as pessoas, que o ritmo de vida
alterou os comportamentos e que o que somos hoje não somos amanhã. Tudo situações
válidas, mas que para o tema que hoje me debruço pouco ou nada deviam importar.
Se é amizade, é-o para sempre, não há “meio
amigo” ou se é, ou então nunca se foi. Muitas vezes, ouve-se da boca das
pessoas a frase “este é meu amigo verdadeiro”, não entendo muito bem a qualificação,
porque a palavra “amizade” diz isso mesmo, não é necessário quantifica-la ou qualifica-la.
Na minha modesta opinião que vale o que
vale, a existir, a amizade existe sempre até ao infinito, até além da morte
(para quem acredita).
Na minha vida, já conheci muitas pessoas,
mas, na verdade, tenho poucas amizades, no entanto, as que tenho, sei que o são.
Também já acreditei ter amigos, que depois se revelaram e que mostraram que não
o eram, nem nunca o tinham sido.
Já sofri por pensar que os tinha comigo, percebendo depois que, esses a quem tinha dado o meu tempo, depositado a minha confiança, nunca tinham sido próximos, nunca tinham sido íntimos. Olhando para essas situações, acredito que é
necessário existirem “desgostos” – chamemos-lhes assim – para darmos
valor às amizades que nos acompanham por toda a vida.
Tenho pessoas que considero mais família que
a própria família, pessoas que me dão carinho, que me ajudam, me ouvem, me
perguntam simplesmente se estou bem e que, sempre que preciso, me puxam as
orelhas, me dão na cabeça e me mostram que estou errada se assim acontecer.
Esses, tenho-os no meu coração, naquele sítio
mais belo do ser humano, naquele lugar onde guardamos o melhor.
Raramente me engano na escolha daqueles
que quero que me acompanhem, normalmente faço escolhas certas, mas já me
enganei, já provei o sabor da desilusão algumas vezes, sei, no entanto, que as
amizades que tenho são sólidas e duradoiras e isso enche-me de orgulho!
domingo, 13 de dezembro de 2015
No sapatinho quero...
O Natal está à porta, lá fora as ruas enfeitadas lembram que o Natal está a chegar, que Jesus vai nascer…
Nesta altura, somos convidados a olhar
para dentro de nós e a refletir sobre a nossa vida, os nossos comportamentos e
as nossas falhas…
Ora bem… Refletir sobre as falhas e os
comportamentos é simples…Tenho muitas falhas e comportamentos menos próprios, também
- tenho consciência disso… Mas refletir sobre a vida, isso já é mais complicado…
Foi mais um ano difícil, com várias
provações, em que o sol embora brilhasse muitas vezes lá fora, poucas vezes fez
luz cá dentro, no sítio onde guardamos as emoções e os sentimentos.
A
minha vida?? A minha vida é… não sei muito bem o que dizer…só sei que é um
turbilhão de emoções, de desafios, de momentos bons e alguns maus (os maus este
ano superaram)…
Mas, neste Natal, no sapatinho quero amor,
paz e, claro, aquilo que mais anseio é… o que realmente me faz feliz (quem me
conhece sabe).
Neste Natal, vou pedir ao menino Jesus
(era assim que se dizia no meu tempo) que me dê aquilo que lhe peço todas as
noites, todas as manhãs e sempre que me lembro durante o dia.
Ele nunca falha e, por isso, acredito que
o meu sapatinho, colocado debaixo da chaminé, este ano, me vai surpreender!!!
terça-feira, 17 de novembro de 2015
O mundo de pernas para o ar – está na hora de todos darem as mãos e lutarem por uma sociedade melhor
O
mundo está de pernas para o ar e essa é uma realidade, cada vez mais,
entranhada nesta nossa sociedade que parece não ter “rei nem roque”.
Os
últimos acontecimentos - a última barbárie que aconteceu na Cidade Luz - apagaram
todas as esperanças de que o mundo se possa tornar melhor.
Neste
últimos dias, muito se tem falado sobre esse Estado Islâmico, que ninguém sabe
muito bem o porquê da sua existência e, acima de tudo, qual o seu propósito.
Tomar conta do mundo? Dominar o globo? Transformar o mundo naquilo que acredita?
Usar o nome de “Deus” como pretexto?
Não
faz sentido. Cada um tem o direito e a liberdade de acreditar em quem quer e,
acima de tudo, no que quer. Estes senhores, se assim os podemos denominar, acham-se
poderosos e consideram que vão dominar o mundo. Na minha modesta opinião - que
vale o que vale - será difícil que este autoproclamado Estado Islâmico venha a
conseguir os seus intentos - intensões essas que, acho, nem eles sabem bem
quais são.
Todos
temos direito a acreditar no Deus que queremos, mas não acredito, de todo, que
estes seres, que dizem fazer o que fazem em nome de Deus, o façam com esse objectivo.
Conheço alguns muçulmanos, conheço um bocadinho - muito pouco é certo - desta
cultura, e sei que estes extremistas não são espelhos dos milhões que estudam e
acreditam no Al Corão. Sou católica porque acredito num Deus justo, terno e
amigo. Eles serão muçulmanos porque acreditam, como eu, num Deus justo, terno e
amigo. Por isso, sabem e têm a certeza que esse Deus amigo, jamais iria querer
que alguém se sacrificasse por Ele, nem que fosse carne para canhão, como esses
senhores querem fazer parecer.
Nos
últimos dias, voltou à praça pública a desconfiança e a questão da segurança no
que diz respeito ao acolhimento de refugiados que fogem de uma terra em guerra.
Para mim, este é, de facto, um assunto delicado.
Consigo perceber os dois lados, as duas
partes, aqueles que acolhem sem medo e os que se revoltam por estarmos a
acolher os que podem ser terroristas e transformar o mundo ocidental, no
entanto, sei que, no meio de tantos, muitos – a maior parte – serão pessoas que
querem apenas viver num mundo seguro, onde reine a paz e onde possam dar aos
seus filhos uma vida sem medos. Também entendo que esta nossa generosidade pode
abrir precedentes e transformar o nosso cantinho, a nossa europa, num espaço
sem regras, num continente onde se vão perder muitos usos e costumes.
Acredito,
no entanto, que o que se passou naquela sexta-feira 13, na cidade do amor, não passe
de mais um episódio de gente má, que não tem nenhum Deus, que tem apenas
vontade de fazer mal, vontade de matar só porque sim.
Está
na altura de todas as religiões, todas as crenças, darem as mãos e lutarem por
um mundo melhor, por uma sociedade de causas e valores. O problema do mundo em
que vivemos é que estamos todos – e digo todos – à margem do que se passa, só
olhamos para o nosso umbigo. Vivemos num mundo em que os políticos se fecham
nos gabinetes a tentar encontrar soluções, mas não é nos gabinetes, no conforto
dos seus lares que se conseguem essas soluções.
Está
na hora de parar, está na altura de católicos, muçulmanos, judeus, ortodoxos e
outros tantos se unirem e mostrarem que esse Deus em que todos acreditam não quer
o mal, mas sim o bem de todos, porque como um verdadeiro Pai (em todas as
crenças), Ele não pode querer mal aos filhos.
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
Partiste mas a história continua
A idade e a doença levaram-te para onde terás
a vida eterna, mas deixaste cá uma linda família, uma linda história que todos
iremos recordar até, um dia, irmos - também nós - ter contigo e sermos felizes
todos juntos novamente.
Aquele homem alto de cabelos brancos, cheio de
vida, desenrascado, moderno para a idade deixou-nos sem dizer que o ia fazer.
Sofremos e vamos continuar a sofrer, mas o sorriso nos lábios, esse vai ficar
sempre quando pensarmos em ti, na tua história, na tua família, da qual me
orgulho de fazer parte.
Recupero uma história que escrevi sobre ti,
sobre a tua prol, sobre a tua vida que terminou aqui na terra dos vivos, mas
continua lá, onde Deus quer:
A história começou talvez há 70 anos atrás,
mais ano, menos ano. Dois adolescentes conheceram-se e decidiram constituir
família. Do primeiro ao 14º filho, foram precisos vinte e pouco anos.
A família foi aumentando, as dificuldades
também, mas onde todos ajudavam, nada faltava.
Não conheço verdadeiramente a história, mas
vou ouvindo aqui e ali, as coisas que eles, os que nasceram do amor daqueles
dois adolescentes, vão contando.
“Uma sardinha para três…. Uma roupa que tinha
de ser partilhada entre todos, a cama onde dormiam três ou quatro…” – entre
tantas e tantas peripécias que nos fazem pensar a nós que somos a segunda e
terceira geração.
As coisas nunca abundaram, mas, segundo eles,
também nunca faltaram. Hoje desse amor, que durou talvez perto de 30 ano, resta
ele (o adolescente alto e espadaúdo, com um ar bem jeitoso, hoje alto, de
cabelos brancos e com uma memória muito traiçoeira), e treze dos catorze
frutos.
Ela foi embora mais cedo, com quarenta e
poucos anos, deixando a família fisicamente, mas que nunca esqueceu – não tenho
dúvidas que olha por cada um de nós. Ela foi, mas deixou uma família unida até
hoje.
terça-feira, 6 de outubro de 2015
Brilha dentro de nós
Um
dia conheci um ser como poucos, alguém com uma vontade de viver acima do
infinito, alguém que amava os seus como ninguém. Um dia, Deus deu-me o prazer
de conhecer alguém especial, sofrida da doença de muitos anos, mas alguém com
uma vitalidade e uma capacidade de rir de si mesmo, fora de série. Um dia,
conheci-a e tive o prazer de passar momentos inesquecíveis, de alegria e paz,
como aqueles que vivemos em cada sábado, em cada jantar, em cada lanche, em
cada encontro.
Hoje,
estou triste, estou triste porque esse alguém especial, essa força da natureza
foi vencida por aquele malvado que a tentou atormentar mais de vinte anos, mas
que ela sempre venceu. Este fim-de-semana, esse maldito levou-a, mas ela
continua aqui junto do meu coração e a olhar por cada um de nós. Amou como ninguém
os filhos, os netos e os amigos.
Foi
uma lutadora, uma vencedora, apesar de vencida agora. Foi não, é uma
vencedora, é uma amiga, uma pessoa especial que vai ficar aqui sempre, onde
guardo aqueles que amo.
A
ela agradeço ter-me dado a oportunidade de conhecer uma família linda e uma
filha especial que é uma irmã, uma amiga e uma – também – lutadora e vencedora.
No meio de todas as adversidades lutou, nunca esmoreceu, mesmo quando as
nuvens se tornavam cada vez mais negras. Foi educada no amor e é esse amor que
a vai fazer levantar a cabeça e acreditar que aquela estrela que brilha mais é
ela que lá está a dar uma das suas gargalhadas, a dizer uma das suas
brincadeiras e a lembrar que nunca, mas nunca, a vai abandonar.
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
Calem-se as armas, salvem-se os inocentes
A imagem da
criança morta na praia que nos entra pelo pequeno ecrã a todo o momento dói - dói
porque se trata de mais um de muitos seres
humanos que sofrem dos males da sociedade, dos males de uma sociedade sem escrúpulos,
onde só o dinheiro e o poder interessam.
A imagem do
menino morto na praia choca, mas é um choque que tem de ser mostrado ao mundo
para que os senhores do dinheiro e do poder percebam que é necessário intervir,
que é preciso salvar estes inocentes que nasceram numa terra, onde, em vez de
paz, existe guerra, onde vivem atormentados pelas granadas e pelas armas que ferem
e matam sem mais nem porquê.
Está na hora de
dizer basta – chega de pensar só no poder e no dinheiro a troco de nada.
Está na hora de
olhar para estes países onde a realidade é só e apenas destruição.
Há dias, ouvia
um migrante dizer “eu sei que é arriscado, mas eu só quero tomar o pequeno-almoço
em paz, sair à rua sem medo de levar um tiro e morrer, sem saber porquê”.
Fez-me pensar…
Pensar que somos um bando de egoístas, que vemos as imagens e pensamos “ainda
bem que vivemos num cantinho”. Vivemos o tanas, temos obrigação de dar as mãos
e ajudar esta gente que tem, ou deveria ter, as mesmas condições que nós, pois
todos somos humanos, todos somos iguais.
Está na hora de
dizer a estes senhores que mandam no mundo que o façam, mas com humanidade e,
acima de tudo, com dignidade. Se somos todos iguais, demos a todos as mesmas
oportunidades.
As imagens
tornam-se cada vez mais banais aos olhos de muitos, mas não o são. São
dramáticas e estão a atingir proporções assustadoras.
Que aquele
menino que “dorme” no sono da morte, abra os olhos de quem finge não ver o
drama de famílias inteiras, a tragédia que se abate junto dessas pessoas, uma calamidade
sem fim à vista.
Calem-se as
armas, salvem-se inocentes que não querem mais que “tomar o pequeno-almoço em
paz”.
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
Um dia vou escrever um livro…para já fico-me por um ensaio (Cap. VII)
Cap.VII
“Senhores
passageiros apertem os cintos que estamos a minutos de aterrar. O tempo está de
chuva e ventoso, sendo provável alguma turbulência na aterragem”.
A voz da hospedeira acordou Camila e José que
dormiram grande parte da viagem.
- De volta à realidade – disse Camila, ainda na
manga de saída, com olhar fastioso.
- Pois… Depois do sol, este tempo chuvoso e frio…
José sabia bem que não era ao tempo que Camila se
referia, mas não quis alimentar a conversa que era necessária, mas que não
achava ser o momento.
Já com as malas na mão, os dois dirigiram-se ao
parque de estacionamento, onde o carro estava parado há 15 dias e seguiram
viagem até casa dela.
As palavras entre os dois eram quase que arrancadas
a ferros e Camila só pensava em como era possível depois de duas semanas
fantásticas, agora estarem a agir como dois estranhos.
“Está na hora de
conversarmos. Vai ser hoje” – pensava ela.
José para o carro, em frente a casa de Camila. Sai,
sem lhe dar tempo de falar, e dirige-se à mala.
- Posso levar-te a mala para dentro?
- Claro, a minha casa está sempre aberta, para ti.
Ele olhou-a de soslaio e sorriu. Ela corou, pensando
que, mais uma vez, calada dizia tudo.
Entraram, colocaram a mala encostada a um canto e….
“e agora o que fazer”, pensaram os dois.
Ela que, apesar de tudo, era mais desenrascada
disse:
- Bem, vamos fazer alguma coisa para comer? Depois
de tantas horas, acho que merecemos.
- Estava a ver que não – disse José, piscando o
olho.
Dirigiram-se para a cozinha. Não havia muita coisa
por onde escolher já que tinham estado algum tempo fora, mas ingredientes para
uma massa com atum, ainda havia. Pareciam dois adolescentes, num parque de
campismo.
Enquanto ela preparava o jantar, ele foi logo
preparar a mesa.
- O que bebemos? – perguntou José, enquanto retirava
os copos do armário da sala.
- O que queres beber? – disse ela.
- Bem, com esse manjar que estamos a preparar….se
calhar…. Uma cerveja, não?
- Parece-me bem – disse Camila, com voz sorridente.
Depois de tudo pronto, sentaram-se ambos à mesa e os
pensamentos voltaram a assolar Camila. Pensava que era o momento de falarem,
mas todas as vezes que tentava começar, era interrompida, por um “mais cerveja”
ou “mais massa”. Estava cada vez mais desconfortável, “mas de hoje não podia passar”, pensava ela.
O jantar decorreu normalmente, pelo menos para ele
que recordava cada momento da viagem, cada paisagem, cada lugar, sem nunca se
referir aos dois, à relação que o era, mas que ambos sempre ignoraram.
- Chove imenso lá fora. Depois de 15 dias de calor
intenso, temos de ter cuidado, se não ficamos doentes – disse Camila,
inocentemente, mas logo percebendo que iria ser mal interpretada.
- Hummmm. Também acho… Se calhar, com esta chuva e
este frio, é melhor ficar cá esta noite, para não constipares.
Camila não controlou um sorriso e abanou a cabeça
com desdém.
- Vamos arrumar a cozinha para descansarmos, que já
se faz tarde.
- Vamos lá que a noite está fria e não podemos ficar
doentes – continuava ele a provocar, mas ela fez de conta.
Dirigiram-se com os pratos para a cozinha, e
enquanto ela colocava a loiça na máquina, ele arrumava a bancada por cima da
máquina e fazia-a uns carinhos no cabelo sedoso e liso da sua amada.
- Ufa. Deu trabalho este manjar, mas já está tudo
direitinho. Acho que está na hora de…. – não terminou a frase porque olhou para
o canto da sala e viu a mala que tinha de ser desfeita.
- Nem penses. Não vais agora desfazer a mala. Agora
vais descansar.
- Já mandas? – disse ela com ar irónico.
- Nem sabes quanto – disse ele com voz rouca e olhar
sorrateiro.
- Está bem…. Vamos ver televisão.
Sentados no sofá, os dois respiraram fundo e
começaram a fazer zapping a ver se encontravam algo que os fizesse parar, mas
nada os convencia. Estiveram assim um bom tempo, tendo adormecido.
Camila acordou já de madrugada, com o braço
adormecido, abraçada a José. Levantou-se e acordou-o para se deitarem
confortavelmente na cama.
Aborrecidos, os dois foram para o quarto, sem trocar
uma palavra.
…
A chuva que batia na janela fazia adivinhar mais um
dia cinzento e frio. Era sábado, para quê levantar cedo, se se estava tão bem
debaixo do édredon de penas que ambos compraram.
- Bom dia alegria! – José acordou bem-disposto e
preparado para um dia de descanso, talvez entre a sala e o quarto.
Camila despertou, mas os olhos teimavam em não
abrir, tal era a vontade de dormir mais um pouco.
- Que horas são? – perguntou com voz roupa.
- Horas de preparar o pequeno-almoço, que o jantar
de ontem…
Ela lembrou-se do que comeram quando chegaram e
sorriu.
- Vou preparar alguma coisa – disse.
- Nada disso – ripostou ele. O pequeno-almoço fica
por minha conta.
Depois de lhe dar um beijo na testa e ter sussurrado
que a amava, desceu da cama e dirigiu-se à cozinha, onde pouco ou nada havia.
Mas não podia falhar. Começou a abrir os armários, viu uma caixa com cereais,
uns pacotes meio cheios de bolachas e pensou “o que faço agora”. Foi ao frigorífico, havia umas laranjas ainda
em bom estado e um pacote de leite por abrir, dentro da data.
Com o pouco que tinha fez um belo pequeno-almoço que
levou à sua amada.
Com a bandeja na mão, exclamou: - foi o que se
conseguiu arranjar.
Ela sorriu e sentou-se na cama. Os dois comeram, com
a chuva como companhia.
O tabuleiro ficou vazio num instante e foi colocada
ao lado da cama.
Recostaram-se na cabeceira da cama e começaram a
recordar os dias maravilhosos, numa cidade ainda mais bonita.
“Temos
de falar e não pode passar mais tempo” – pensou ela,
novamente.
- Temos….
- E se desfrutássemos agora da chuva que cai la fora
e nos deitássemos mais um bocadinho? -
voz e olhar matreiro.
“Será
que não vou conseguir falar com ele de uma vez por todas” – pensava
furiosa.
- Vá, relaxa, hoje o dia vai ser para isso.
Agarrou-a num abraço apertado e, mais uma vez,
perceberam que o amor era mais forte…
Adormeceram…
O som do telemóvel acordou os dois e, do outro lado,
a mãe de Camila perguntava como tinha sido a viagem, se chegou bem, como foi tudo,
enfim, um verdadeiro questionário que ela não queria responder, pelo menos
agora.
Lá foi dizendo que foi tudo maravilhoso, mas, numa
tentativa de conseguir desligar, disse que depois lhe contava todos os
pormenores.
- A tua mãe não quer saber tudo…quer saber de nós.
“Era
agora o momento” – pensou ela.
- Quer ela e quero eu – encheu-se de coragem e
falou.
- Que queres saber? – questionou ele com sorriso
matreiro, como só ele sabia fazer.
- O que somos e como estamos?
- Somos nós e estamos bem.
Ela começou a ficar sem paciência – ele sabia bem
como lhe provocar nervosismo.
- Ok… disse ela.
José percebeu que já a tinha conseguido irritar e
entrelaçou-se no corpo de Camila e disse:
- Não tenhas medo. Eu sou e serei sempre teu,
enquanto assim o desejares.
Os olhos dela encheram-se de brilho, mas, ao mesmo
tempo, de medo. Será que estavam finalmente a assumir um relacionamento?
- Achas que te vou deixar, achas que não quero estar
contigo, que não quero acordar contigo todos os dias? Só não o farei se não
quiseres.
Ela sorriu e abraçou-o com todas as suas forças.
- Estavas desde que o avião descolou com esse
desconforto, não foste capaz de abordar. Esse medo desnecessário. Como te
conheço minha pequena – ele sabia bem como a deixar sem jeito.
Corou, mas não se deu por satisfeita.
- E tu não tiveste as mesmas dúvidas, os mesmos
receios?
- Eu porque deveria ter? A nossa viagem não foi mais
que uma lua-de-mel antecipada e eu sabia que tu eras e és a mulher que quero
para mim. A não ser que tu não queiras…
Ela olhou-o nos olhos e apenas lhe deu um beijo
terno e doce nos lábios.
A celebração do amor deu-se ali naquele momento.
http://jornalistafelgueirense.blogspot.pt/search?updated-max=2015-05-14T00:50:00%2B01:00&max-results=7
terça-feira, 18 de agosto de 2015
Amor incondicional
O
que é o amor incondicional? Para mim é simplesmente amar – amar sem medida, sem
hesitação, sem mais nem para quê.
Conheci
esse amor há mais de duas décadas e veio culminar, faz hoje sete anos.
O
João veio trazer novamente a alegria de ver crescer, de sorrir e rir de todas
as traquinices e frases que parecem de um adulto - sim e ele tem-nas a cada
instante, a cada momento.
Há
sete anos, a família aumentou e que bom que foi ter mais um membro deste corpo
que somos.
Abraçar,
beijar, acariciar aquele ser pequenino, que hoje já começa a pensar por si e a
ser teimoso q.b., é bom demais.
Há
sete anos, pensava em como iria ser, que feitio iria ter, se iria ser parecido
com alguém da família. Hoje posso dizer que é diferente, porque todos o somos,
mas tem um pouco de cada um, conjugado com uma personalidade que é só sua.
Atento
a tudo o que se passa, a cada pormenor, é, sem dúvida, um curioso.
O
amor pelos bombeiros é a sua maior característica. Conhece cada
carro, cada toque, cada farda de qualquer corporação de qualquer país.
O
nosso pequeno bombeiro está hoje de parabéns! Que sejam mais setenta vezes sete,
como dizem as escrituras, e que eu te veja sempre com esse sorriso, com esse
amor que tens no teu pequenino coração!
Gosto-te
daqui até à lua!
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
Sonhos
“A vida que
sonhei… Ai a vida que sonhei” – pensava a menina frágil, mas que todos
conheciam como forte.
A menina que se
via, agora, sem rumo, sem vontade de nada, estava ali parada a olhar para o
céu, à espera que de lá, de onde moram as estrelas, na escuridão da noite, lhe fossem
dadas as respostas que queria, as respostas que tanto procurava para a sua vida,
para a vida que sonhou.
“Mas sonho, o
que é o sonho?” – deu por si a pensar e a questionar.
Se sonhos não passam
disso, de ilusões do cérebro durante o sono, porque queria ela uma vida de
sonho?
Ela não sabia,
mas sabia que a vida que tinha, não era a que queria. Queria mais, muito
mais. “Mas mais do quê?” – Continuava ela a perguntar às estrelas. De lá, onde estavam os pontos de luz reluzentes e resplandecentes,
as respostas eram…. eram nenhumas, porque ela não sabia, mas as respostas
estavam cá, onde ela estava, onde não havia sonhos, onde existia ela, as
pessoas à sua volta e tudo aquilo que não queria, mas que a acompanhava, porque
a realidade é essa, o sonho é ilusão.
A menina passou
horas à espera que de lá, onde a ensinaram que, além das constelações de
estrelas e planetas, morava Deus, viessem as respostas que tanto procurava… as respostas
da vida que sonhou, mas que, se era sonho, não era verdade, mas ela não sabia.
De tanto olhar
para o infinito, a menina adormeceu e sonhou, sonhou que a sua vida havia
mudado, tinha finalmente tudo o que queria, tudo o que um dia estipulou para
si.
Quando os pontinhos
de luz deram lugar a uma luz grande, de um dourado incandescente, ela abriu os
olhos e, mais uma vez, percebeu que aquilo que sonhou para si, não passava
disso mesmo de um “sonho”.
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
O que a natureza dá e o Homem transforma
Portugal
tem sem dúvida locais absolutamente fantásticos. De norte a sul, encontramos
paisagens de sonho que, muitas vezes, são desvalorizadas.
Quantas vezes,
procuramos lá fora o que cá dentro temos muito melhor? Vezes sem conta. Como
se costuma dizer “santos da casa não são adorados” e é bem verdade.
Adoro
conhecer locais diferentes e, quem me conhece, sabe que tudo que é natureza me
enche os olhos rasgados.
No
último fim de semana, tive mais uma experiência fantástica, desta vez junto ao
Rio Paiva, mais concretamente no Arouca Geopark, um local que a natureza
concebeu de uma beleza extrema e que as mãos do Homem transformaram num espaço visitável
e acessível a quem quiser por lá passar. São oito quilómetros de montanha, rio,
fauna e flora fantásticos que enchem os olhos de quem decide ganhar um dia de
ar puro, acompanhado de lazer e conhecimento.
No
final da caminhada, um belo repasto numa manta qualquer, junto ao rio, onde se
ouve pouco mais que o chilrear dos pássaros. Depois - ah depois - não se pode
sair dali sem experimentar a água límpida do rio que acompanha o visitante, sem
se cansar, ao longo de toda a caminhada, sempre ao longe, mas sempre atento e a
querer mostrar-se.
Agora, com ele ali ao lado, há que molhar, pelo menos os pezinhos,
e tirar umas belas fotos.
Os
Passadiços do Paiva valem a pena. Aconselho!
terça-feira, 4 de agosto de 2015
Pessoas que ajudam quem mais precisa
Conheci por
acaso, no meio do acaso - talvez abençoada pelo local onde me encontrava - alguém
que me apaixonou com as suas palavras, com a sua história de vida, com a sua
forma de ajudar o próximo.
“Passo muito
tempo na Namíbia” – ouvi, no meio de uma conversa, esta afirmação e, como
curiosa, questionei, porquê. Do porquê, ao quem, quando, como, onde, foi
apenas um instante e, de repente, a conversa desenvolveu-se e eu ficava, cada
vez mais, apaixonada pelo que ouvia.
A história foi-me
contada, sem que do outro lado, aquela pessoa se apercebesse o quanto eu estava
deliciada com cada palavra, com cada afirmação. Falava-me da experiência de
forma vaga, mas eu queria mais, queria pormenores, queria entender o que leva alguém
a deixar o conforto do lar para uma missão difícil como esta.
No final, vim de
coração cheio, cheio de uma história como poucas, que envolve humanismo, doação
e acima de tudo amor – amor por aqueles que estão lá longe num país africano,
numa tribo como tantas outras, mas que já considera como “sua”.
Com os olhos cheios de água, falava, de forma terna e meiga, dos meninos e meninas, como já sendo
membros da sua família. Com a voz embargada, ela lá ia contando as experiências
vividas junto da “família” que não é a sua, mas que adotou como tal.
Com o passar do
tempo, apetecia-me, cada vez mais e mais, saber como viviam, como pensavam e,
acima de tudo, como sobreviviam aqueles que “nunca viram a luz artificial”,
aqueles meninos que partilham tudo, desde comida, a roupa.
- “Ela carrega na
parede e fica dia” – lembrava uma das frases ouvidas no meio do mato, a mulher, mais
uma vez emocionada, com o olhar, lá longe, onde ficaram aquelas crianças que
precisam de ajuda, mas que vivem felizes com o pouco que têm. Este foi apenas um
exemplo, mas na conversa, percebi que havia muitos mais.
As saudades
apertam e ela confessa-me que gostaria de passar lá mais tempo, que lá é o seu
mundo, que aquelas pessoas são quem lhe dá vontade de viver e fazer mais e
mais, mas a consciência de que é cá que pode arranjar meios para colaborar e
fazer daquela, uma comunidade melhor, com mais condições, fá-la descer ao mundo
e pensar que se está longe deles é para ajudar.
Criou uma associação
que começa a dar os primeiros passos, mas que já deu frutos, nomeadamente uma operação
a uma criança que estava cega por causa de cataratas nos olhos. Ajudou essa,
mas quer ajudar muitas mais e é, nesse propósito, que, juntamente com o marido,
trabalha.
Há acasos da
vida que nos fazem pensar e um acaso da vida, fez esta mulher sair do seu
conforto, da sua vida agitada e ir à aventura - aventura que lhe deu uma nova família,
um novo amor e uma nova visão das necessidades da vida!
Parabéns San
Foundation!
https://www.facebook.com/SanFoundation?pnref=story
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sexta-feira, 10 de julho de 2015
Ser ou não ser
Costumo dizer
que “mato pessoas na minha vida”, expressão que causa, nos outros, um
olhar de reprovação, mas sou o que sou e só “mato” se me derem motivos para
tal.
Sempre fui de
tudo ou nada, de tudo o que de me faça feliz e nada que me faça sofrer.
Não sou, nem
nunca fui de meias verdades, de meias certezas, de meias ofertas, de meias
vontades. Comigo ou é ou não é, seja a nível profissional ou pessoal.
Há coisas que não
concebo, coisas que não perdoo. A mentira, a falta de humildade, lealdada e
honestidade são algumas delas.
Na vida, cruzamo-nos
com pessoas diferentes de nós e ainda bem que assim é, ainda bem que somos
diferentes, porque as diferenças completam-nos, tornam-nos semelhantes.
Somos muitas
vezes confrontados com realidades que nos doem, com decisões que nos fazem
pensar e equacionar o valor da amizade e da camaradagem. Mas se são realidades
que nos fazem mal, devem ser repensadas.
Sempre respeitei
o valor da amizade, sempre respeitei o espaço do outro, sempre me dei por
completo.
Dei, dou e darei
sempre, pois se há uns que não mereciam, há quem mereça, porque apesar de tudo
ainda há amigos verdadeiros.
sexta-feira, 15 de maio de 2015
Gosto-te daqui até à lua
“Há gente que fica na história da história da gente”. Já algumas vezes usei esta frase, em alguns dos textos que vou escrevendo, e, hoje, esta frase é novamente bem utilizada e necessária, tendo em conta de quem quero falar esta sexta feira, dia 15 de Maio…
Há pessoas que, por mais diferenças que tenham, não conseguem separar-se, não conseguem chatear-se, nem, muito menos, esquecer-se… O que é isto se não amor de irmãos??
Pois é, é isso que sinto quando penso na minha, que hoje está de parabéns…
Em pequenas, sempre às turras, em adultas, grandes amigas! Se assim não fosse mal seria.
A sua calma, disponibilidade, o seu sorriso, a sua forma de resolver as coisas, a sua veia maternal, tudo características que fazem dela especial!
Não entendo, quando me dizem que irmãos não se dão, têm inveja uns dos outros, não estão juntos…
Como é que isso é possível? Se nasceram da mesma mãe, como podem não se amar?
Isso é algo que me causa uma certa confusão, principalmente se cresceram juntos, se tiveram a mesma educação.
Sim, todos somos diferentes e eu e a minha irmã somos disso exemplo, mas as diferenças completam-se, superam-se….
A calma dela contrasta com o meu stress, as risadas dela completam-se com as minhas, o carinho dela complementa o meu…
Por isso, que dizer mais, sobre uma irmã, a minha irmã??
Basta dizer: Parabéns my sister! Continua a ser quem és!
Gosto-te daqui até à lua!
quinta-feira, 14 de maio de 2015
Valores o que são no mundo de hoje?
Valores, educação
e informação. Três palavras que podem parecer insignificantes, mas que, na
verdade, são o fio condutor da sociedade, são a base do crescimento do ser
humano, o alicerce do mundo.
Hoje, onde estão
esses três conceitos? Onde os podemos encontrar? Quem os tem? Quem os deve
transmitir?
A cada dia que
passa, somos confrontados com notícias que nos entram casa dentro, de violência
desmedida, de pais que matam filhos, de filhos que agridem pais, de crianças
que são violentadas pelos progenitores, de jovens que se agridem gratuitamente,
sem motivo aparente, muitas vezes, apenas e só, para se afirmarem como lideres e
fortes….Enfim, um sem número de situações que nos fazem ficar perplexos, mas já
conformados, com o que se passa por aí, às vezes tão perto de nós.
A culpa é de
quem? Foi a pergunta que mais se ouviu, esta quarta-feira, depois do vídeo de agressões
entre jovens, que se tornou viral nas redes sociais.
Já li e ouvi
muitas opiniões, mas considero que o problema reside na falta de valores e,
acima de tudo, de educação.
Hoje vivemos
numa sociedade onde a educação se faz com ofertas de tablets, telemóveis de
gama alta e outros aparelhos informáticos para colmatar a falta de tempo e
afeto para com os filhos.
Vivemos num
tempo, numa era, em que o ritmo de vida é demasiadamente acelerado, em que os
pais saem de casa bem cedo, “despejam” os filhos na escola, e regressam à noite
para os rececionar como se de uma
encomenda se tratasse.
Cansados de um dia
de trabalho, chegam a casa e cada um segue a sua “vida”, não há tempo para
conversar, para perguntar “como correu o dia” ou simplesmente “se está tudo bem”.
Às crianças dão
o tablet ou uma qualquer consola para que se entretenham e não chateiem que o
dia foi longo e há ainda umas coisas para fazer em casa. Aos mais velhos, já nem
é preciso dizer nada, estes chegam, metem-se no quarto no computador, sendo
acordados para o mundo, com um “vamos jantar”.
Não há tempo
para se conhecerem, nem sequer vontade de partilhar, de aconselhar
e dar nas “orelhas” se preciso for.
Depois,
deparamo-nos com situações como a que vimos hoje. Sim, não será única, haverá tantas
outras espalhadas por esse país fora…
Esta situação pode
não dar em nada, no entanto, este vídeo, daquelas meninas que acharam piada a
bater no jovem indefeso, esta projeção, é mais um alerta para a sociedade que
temos, para os jovens que estamos a formar e que serão o futuro do país.
É isto que queremos?
Será este o caminho para o nosso país, para a nossa sociedade?
Quando era
pequena, se fizesse uma asneira, levava um tabefe, fosse dos pais ou do
professor e ouvia “para a próxima levas mais”. Hoje se isso acontece, ouve-se “vai
ser acusado de maus tratos”.
Não sou
apologista do “bater”, mas sempre ouvi dizer que “uns bons tabefes na hora
certa nunca mataram ninguém”.
Levei alguns dos meus pais e na
escola primária, e quê, sou menos por isso? Foi violência? Não sei,. Sei que fizeram-me crescer e aprender os valores e as responsabilidades da vida.
O que aconteceu
hoje, deve fazer os pais e os educadores refletir sobre a forma como estão a
preparar as crianças para o futuro.
O acompanhamento
permanente é fundamental – Vale a pena pensar nisto.
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