segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Feliz 2013



No final de cada ano, é inevitável fazer um balanço do que foram os últimos doze meses… Pois é, é chegado o meu momento.
O 2012 foi, sem sombra de dúvidas, dos piores anos da minha vida. Em primeiro lugar, porque perdi o que me dava vontade de querer mais e mais – o jornalismo, a rádio – o meu mundo, mas não só.
O ano de 2012 resume-se à procura incessante de trabalho, de algo que me tirasse do abismo e do marasmo em que me encontro e que não vejo jeito de sair. No final de mais um ciclo, e olhando para todo o resto do ano que agora termina, que dizer? Que me aconteceu? Que fiz? Nada….
 O que tiro de todo este tempo é zero. É verdade que tudo o que vou fazendo para me entreter dá-me gozo (o programa de tv, alguns textos….), mas e quê? E o resto? Falta-me vida, falta-me ritmo, falta-me tudo.
Este ano, vi a morte à minha frente, perdi pessoas que gostava muito, vi outros tristes (e eu ali impotente, sem poder fazer nada), um ano atípico talvez, mas doloroso q.b.
Não sendo 100% pessimista, pronto, pelo meio, lá foram acontecendo coisas que me fizeram rir, ou simplesmente sorrir, como os meus amigos, aqueles que já tinha e outros que fiz. Conheci pessoas extraordinárias, que terei sempre no coração, pessoas que me deram carinho e disseram palavras bonitas; vi amigos felizes, realizados, a concretizarem os seus sonhos; tive surpresas agradáveis desses que me querem bem; tenho uma família como há poucas – sempre lá quando é preciso….
Bem, olhando para trás, de fato foi um ano de altos e baixos, um ano do qual quero tirar ensinamentos, que quero que me sirva de exemplo.
Para 2013, não se esperam grandes coisas no país e no mundo, eu espero que o meu ano seja melhor que este que agora termina…Vou levantar a cabeça, arregaçar ainda mais as mangas e dizer: “eu vou conseguir, eu sou capaz” – é esse o lema para o próximo ano que amanhã começa! E se eu sou capaz vocês também serão!
O que desejo a todos é um 2013 cheio de coisas boas, realizações pessoais e profissionais!
Obrigada a todos por fazerem parte da minha vida!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Parabéns amiga!




Hoje o dia é especial: uma das pessoas importantes da minha vida está de parabéns!
Ao olhar para trás, relembro uma menina de borbulhas na cara, mais velha que se destacava pela sua forma de falar e agir….
Essa pessoa cruzou-se comigo por um acaso, numa qualquer sala de aula, no 7º ano de escolaridade, e apesar de, na altura, a menina ser mais velha e todos a olharem com desconfiança, houve empatia e, desde então, fizemos uma caminhada juntas, como duas pessoas de família… Um caminhar nos bons e nos maus momentos, uma caminhada que nos trouxe até hoje e, não tenho dúvidas, vai continuar.
Alguém da minha família que me tem dado a força que vou tendo quando as coisas correm menos bem, com palavras agradáveis, conselhos bons e muita energia positiva. Desde sempre, uma confidente (não sou muito de me confessar, mas quando o faço é ela que me ouve), uma amiga, uma pessoa de fato especial.
Claro, como em qualquer relação há altos e baixos, mas só recordamos os altos, os baixos só se for para lembrar que a amizade venceu porque é pura e verdadeira.
Pois é, hoje essa menina de borbulhas na cara que conheci há muitos anos, está uma mulher e de parabéns. Mais uma vez, quero dizer-lhe o quanto ela é importante na minha vida!

Gosto-te muito amiga, passa um excelente dia!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Feliz Natal!

                     

Jesus nasceu aqui, em Belém, numa manjedoura, sem riqueza, sem mordomias, sem cobertores, sem nada (se aquecido ou não pela vaca e pelo burro, já não temos certezas)... e, mesmo assim, tornou-se no homem mais conhecido no mundo. Coloquemos os olhos nesse homem, nesse Jesus que deu a vida por nós, e, com o pouco que temos, sejamos capazes de viver bem e, se possível, ajudar quem mais precisa. 
Aproveitemos o Natal, não como a época das prendas e da azafama nos shoppings à procura do melhor presente, e pensemos naqueles que nada têm, naqueles que precisam de coisas básicas como comida, roupa e alojamento. Porque não, aproveitarmos esta época e dar um bocadinho de nós a essas pessoas?!
Feliz Natal!!!!!!!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O mês do frio e do consumismo





Chegamos ao mês do Natal, ao mês do frio (e que frio que está), ao mês da azáfama, dos doces, dos presentes, dos mimos, das famílias se juntarem, de jantaradas - um mês cheio de tudo e de nada.
As ruas, essas começam a brilhar com as luzes colocadas estrategicamente a piscar, mostrando que estamos na época do ano de maior consumismo, de mais compras, de mais banalização do que é dar e receber.
As lojas convidam a entrar, com promoções, fora de data, mas com o objetivo de vender em tempo de crise.
A crise está aí, mas, embora se fale muito de pobreza envergonhada, na minha opinião, não é a pobreza que é envergonhada, mas sim a crise. Basta perder uma tarde de domingo e olhar para as lojas, seja nos shoppings ou no comércio tradicional, apinhadas de gente; basta olhar para os cafés, salões de chá ou pastelarias a abarrotar de pessoas que aproveita uma pausa nas ditas compras de Natal para se aquecer e alimentar o corpo, já que a alma está alimentada naquelas sacas ali ao lado da cadeira.
Estamos no início do último mês do ano e, se pensarmos no que nos espera o próximo, até trememos de medo…. Se este ano foi mau, o próximo, ao que tudo indica, será ainda pior….
E o que fazer? Que alternativas temos? O pior é que não temos, não há soluções para os milhares e milhares de desempregados, não há solução para o dinheiro que devemos e que, insistentemente, o coelhinho diz querer em pagar o quanto antes (com o sacrifício dos desgraçados, ou seja, de todos nós). Sim com o nosso sacrifício, até hoje ainda não ouvi dizer que os membros do governo estão mal de finanças, que estão com dificuldades em pagar as suas contas mensais, não ouvi ainda dizer que os filhos destes estão desempregados, ou mesmo que emigraram…. Por isso, como sempre foi e será, quem come a fava (uma alusão bem a propósito, já que estamos a dias do Natal) são os do costume…. Os outros, os do costume também, esses ficam com o brinde!
A pensar no sapatinho, na árvore de natal, na chaminé e no presépio, apetece-me fazer pedidos, mas será que vale a pena, será que Ele (aquele a quem se festeja o nascimento por esta altura) vai concretizá-los?
Fica a pergunta!




terça-feira, 30 de outubro de 2012

Ratos que trazem doenças




“O rato abandonou o navio” – esta é parte de uma frase que li, há dias, quando abri a minha caixa de e-mail… Infelizmente, este é apenas um dos muitos ratos que existem por aí, mas, para mim, o pior dos piores.
É pena, perceber que o mundo está feito para estes “ratos”, que vivem sempre no fio da navalha, fazendo falcatrua aqui e ali e vivendo num mundo de aparências que toda a gente conhece, mas contra quem ninguém pode fazer nada.
Um mundinho de mentiras, falsidades, intrigas e ilusões… Mas o certo é que é assim que estes ratos se dão bem na vida, sem prestar contas a ninguém, fazendo umas atrás das outras, sem que nada lhes aconteça. E onde está a justiça?
Essa só existe na cabeça de quem se mete, por engano, na ratoeira desses animais que se vangloriam a comer o queijo numa qualquer praia, na América do Sul.
São esses ratos que ajudam a afundar o barco que é o nosso país, são eles que enterram pessoas vivas, pessoas que ficam sem o que comer e com a vida, literalmente, de pernas para o ar.
Um dia, conheci um rato, de dentes tão afiados que mais que roer a roupa, a madeira ou o queijo que lhe aparecia pela frente, roeu pessoas, destruiu seres humanos que tinham uma vida estável e que, de um momento para o outro, ficaram com feridas profundas, presos a uma situação difícil de ultrapassar, enquanto esse ratinho continuou com a sua vidinha mesquinha, de jantaradas numa qualquer rua chique de uma das cidades grandes do país, de copos com os “amigos chiques”, de viagens por aqui e por ali (um mundinho que, diga-se, não queria, nem que mo oferecessem de bandeja).
O que será desse rato, quando finalmente a ratoeira o apanhar?
Eu não sei sequer se vai ser apanhado, mas, na esperança de que isso aconteça, espero que seja confrontado apenas com um bocadinho do que aqueles que apanhou na sua ratoeira, passaram. E aí, será feita justiça.
Alguém me diz com frequência “mais à frente ou mais atrás as coisas refletem-se” e é nisso que acredito e, acima de tudo, quero acreditar….
Quero acreditar que os ratos deste país vão ser apanhados nas suas próprias ratoeiras e vão pagar pelo queijo que comeram da bandeja que não era sua.
Os ratos empestam o mundo, não servem para nada, a não ser para trazerem doenças, mau cheiro, destruírem casas e tudo o que lhes aparece pela frente. Por isso, não fazem falta nenhuma.
Nesse sentido, vamos unir-nos e acabar com essa espécie que não tem interesse nenhum para os comuns humanos!

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Sempre perto do coração


Hoje apetece-me fazer um hino, um hino àqueles que amo, àqueles que me amam, àqueles que estão sempre lá quando preciso!
Na correria da vida (a minha tem sido paradita, mas normalmente não é), nem nos lembramos da importância que esses - aqueles de quem falo hoje - têm. Sabemos apenas que são importantes, que estão ali ao nosso lado, mas não pensamos na verdadeira pertinência da sua existência nas nossas vidas.
É quando o mundo nos vira as costas, nos coloca de pernas para o ar, nos tira o chão e nos põe à prova, que percebemos a verdadeira importância deles….
Nos últimos tempos, tenho sido posta à prova de várias formas, provas duras, mas que - confesso - tenho conseguido ultrapassar porque eles estão lá. São eles que me dizem, “tem calma, isto vai passar”, “não te martirizes”, “podia ter sido pior, não te magoaste”, enfim, frases que parecem simples clichés, mas que, na verdade, sabe bem ouvir.
A semana passada tive outra grande prova na minha vida, talvez a mais perigosa de todas as que tenho tido e, mais uma vez, eles estavam lá para me ouvir, dar conforto, e “acordar” para a realidade.
De facto, não tem sido fácil, mas “podia ser pior”: é que com eles, esses que me acompanham e me dão a mão, é mais fácil ultrapassar, é menos duro.
Mas afinal quem são os amigos, o que são e qual é o seu papel?
Muitas vezes, este tipo de questões surge e temos dificuldade em responder. No entanto, para mim, a resposta é simples.
Para além da família (o pilar), tenho poucos, mas os que tenho são suficientes, porque - uns mais experientes (pela idade) outros menos, mas com a mesma vontade - todos eles são intensos, próximos e estão lá sempre.
Podia falar de cada um ao pormenor, mas eles sabem quem são…. De Felgueiras ao Porto, passando por Matosinhos, Gondomar, Fafe e Vizela, dando ainda um saltinho a Vila Real, é aí que eles estão! Alguns longe da vista, mas perto do coração!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Triste fado




Pego no lápis, que não é mais que o teclado do computador, e começo a escrever em mais um dia chuvoso, onde para além da chuva lá fora, pouco ou nada mais há.
Cá dentro, cenário semelhante, para além do televisor que está para ali a debitar coisas, que mal vejo, o computador vai dando forma à minha imaginação e transformando o meu pensamento em palavras escritas num papel branco.
Que triste fado este….
Acordo sem saber onde vou, com quem vou, ou até mesmo se vou ou se quero ir. Será que quero ir a algum lado, será que está na altura de dar o passo e deixar tudo, em prol do desconhecido (qual Diogo Cão ou qual Bartolomeu Dias)?
Pois não sei, não consigo adivinhar, mas o é certo é que tenho de ponderar isso muito bem e decidir o caminho a seguir.
Se tenho espírito aventureiro? Não, não tenho, nem pouco mais ou menos. Gosto de arriscar, mas riscos pequenos, riscos na minha zona de conforto, dentro do meu país (meu? Será que ainda posso dizer isto?).
Desde sempre que me disse contra a emigração, pensando (na altura) que quem fizesse a mesma vida cá e lá, ganharia o mesmo. Hoje, já não posso dizer isso: é que cá não há quase nada para fazer e o que há, o nosso querido governo teima em querer acabar.
Há dias, via uma notícia de 25 jovens enfermeiros que tiveram de ir em busca do sonho para Inglaterra e, no meio da dor deles e da minha, que me revia em cada um, ouvi uma enfermeira, uma menina/mulher, que dizia algo que guardei, uma resposta perfeita. À pergunta: “Algum dia, pensou emigrar?”, a enfermeira respondeu: “Nunca descartei, mas não era o que queria no momento. Há dias, o sr. ministro dizia que o Estado investiu muito na sua educação. Eu digo o mesmo. Frequentei sempre o ensino público na minha formação, o estado investiu imenso em mim e agora que chegou a hora de eu retribuir, vou dar o que recebi a um país que não investiu um único cêntimo em mim” – ora aqui está uma resposta inteligente que deveria fazer os srs., aqueles que mandam, pensar.
Sair, ir à procura de um futuro melhor, querer mais, querer viver, parece-me que é o caminho de todos nós, aqueles a quem um dia chamaram “geração rasca” e que agora não são mais que “geração à rasca”. “À rasca” – é verdade, mas porquê? Que mal fizemos nós para pagar os erros dos outros?
Pois, podia fazer “milhentas” perguntas, mas não teria respostas, porque as respostas essas ficam-se pelas contas bancárias de alguns….Aliás, enquanto esses senhores se vangloriam dos seus feitos (que para eles foram formidáveis), outros, aqueles que vivem a crise e as dificuldades, ajudam a pagá-los – e a fatura é elevadíssima.
Será justo? Claro que não, mas o que é que é justo neste mundo? Nada…
Usando uma palavra que é só nossa - dos portugas - é o nosso fado. É sofrer para pagar os erros dos outros… e se para pagá-los, tivermos de nos sacrificar e ir, qual descobridores portugueses, em busca dos sonhos, iremos, cheios de dor no peito, com lágrimas que nos lavam a cara e um enorme aperto no coração – mas também não será mais do que uma oportunidade, como diria o outro senhor, saído da cartola.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Dia de uma desempregada




Quando dei por mim já meio ano tinha passado…. Meio ano, em que pouco ou nada fiz… Meio ano, que se resume a ler, ver televisão, espreitar o facebook, e procurar anúncios de emprego (que são quase um achado).
Meio ano de nada, meio ano perdido…. Pode haver quem diga: ‘Ainda te queixas, quando te pagam para não fazeres nada’. Pois é, queixo e sinto-me cada vez mais ignorante, neste mundo que se resume a coisa nenhuma….
De manhã é acordar, comer, caminhar um pouco (ao menos olha-se pela linha), chegar a casa comer novamente, ir ao café, regressar, sentar em frente ao pc, ver tudo e não ver nada, fazer umas pesquisas, voltar a comer, preparar o saco para ir ao ginásio (aliviar a cabeça de um dia stressante, sem nada para fazer), chegar a casa – adivinhem lá – voltar a comer e pronto, sair para tomar um café e depois de tanta agitação, termina mais um dia, igual ao de ontem, de anteontem, da semana passada, do mês passado e do próximo mês. Sim, do próximo mês, porque olhando para o cenário que nos é apresentado diariamente, olhando para o nosso país, para a situação catastrófica em que se encontra, para as medidas impostas por aquele senhor que num dia nos manda emigrar e no outro diz que “estar desempregado é uma oportunidade”,  já se sabe o futuro.
E que fazer? Sair daqui? Para onde? Quais são as ofertas? Onde esmiuçar? Onde começar de novo? Onde está a ajuda? Onde estão as oportunidades?
Perguntas e mais perguntas que pairam na minha cabeça e, presumo, na de grande parte dos portugueses. Só que o grande problema é que não há respostas, esse é o mal de uma sociedade completamente calcada pelos senhores/as do dinheiro e do poder.
É verdade que, durante anos, vivemos num sonho de fadas, num mundo que não era o nosso, onde eram só facilidades, onde as ofertas estavam ali ao sair da porta, iludindo-nos a cada minuto, a cada segundo das nossas vidas.
Agora estamos a pagar por isso, é certo, mas e quê? Será que fomos nós os culpados? Ou serão culpados aqueles que nos proporcionaram dois, três ou mesmo quatro carros à porta de casa, férias fora do país, casa de campo e casa de praia…e tantas outras coisas??
Não deveriam ser esses – governantes, União Europeia, bancos e muitos outros – a serem os mais penalizados, por terem criado ilusões nas pessoas, mesmo nas que não podiam? Não serão eles, os culpados por parte dos nossos problemas?
Quanto a mim e aos dias stressantes, quem dera que esteja enganada e que os meus terríveis dias e de tantos que estão na mesma situação, se tornem rapidamente igualmente cansativos, mas de trabalho e não de sufoco por nada para fazer!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

E o povo saiu à rua



Não se ouviu o Zeca, nem outros nomes da altura, mas ouviram-se as vozes daqueles que já não conseguem suportar as contas, as despesas mensais, aqueles que já nem da boca têm para tirar e dar aos filhos.
Não se ouviu a “Grândola Vila Morena”, mas ouviram-se gritos de indignação, de desespero de pessoas anónimas que pouco ou nada têm, que já não conseguem viver, que não sabem o que mais poderá vir.
Não se ouviram palavras de ordem, mas ouviram-se desabafos daqueles que, por mais que tentem, não conseguem fazer face às contas e viver de forma digna.
Não se viram cravos vermelhos, mas viram-se lágrimas, pessoas desesperadas, sem norte e sem vontade de continuar este caminho.
Viu-se tristeza, desalento, desmotivação… viu-se um milhão de pessoas querer a mudança - uma mudança necessária, sob pena de não ter onde dormir, nem o que comer.
E os responsáveis por esta situação, onde estavam?
Provavelmente refastelados no sofá das suas casas, com o ar condicionado ligado, a comer uma qualquer fruta tropical ou quiçá uma sapateira, regada com um qualquer espumante francês de renome…. E para completar, no alto dos seus sofás, ainda deviam estar a pensar “que infelizes e ainda se dão ao trabalho de se manifestarem…coitados”.
Pois é, meus senhores, mas são estes coitados que vos pagam e que, muitos deles, vos colocaram aí…
Por isso, pensem e percebam que não é assim que mudam o país!!!
Vamos ser humanos e dar dignidade ao povo!!!!!!!!!!!!!!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A viagem um ano depois


Hoje é dia de recordações…. Faz um ano que deixei a minha casa para ir naquela que acreditava que seria - e foi mesmo - a viagem da minha vida.
Foi, por tudo…
Pelos locais, pelo simbolismo do que vi, do que vivi, pelas companhias, pelos amigos que levei e pelos que trouxe (bem mais do que aqueles que levei). Foram dez dias de sonho, cansativos é certo, mas dias em que ri, chorei, me diverti, experimentei, senti cá dentro aquilo que me ensinaram desde pequena e que, certamente, jamais esquecerei.
Uma viagem com pessoas muito diferentes, mas todas com o mesmo propósito: conhecer, experimentar e divertir-se.
Foram dias de uma entreajuda, de um bom ambiente que é difícil encontrar quando se juntam 50 pessoas num mesmo espaço durante quase duas semanas. Mas este grupo era diferente. Sem nos conhecermos, parecia que eramos próximos há muito. Sem nunca falarmos (alguns), foi apenas preciso um pequeno espaço de tempo para se começar a conversar e a perceber que todos eram boas pessoas, que nada iria falhar.
Quando decidi ir conhecer os locais que sempre ouvi falar, mas que achava inatingíveis, nunca pensei que fosse tão agradável, principalmente no contacto com os outros!
Cada local, cada monumento, cada cidade, cada espaço – de sonho…
Na bagagem de regresso, trouxe na retina um mar que não passa de um grande lago de água doce, um outro, onde se flutua sem esforço, onde a água branca faz arder o corpo, em que o branco do mar contrasta com o castanho das montanhas desérticas do outro lado…
Do que vi e experimentei, muitas das coisas pareciam irreais... 
O pó do deserto, rasgado por uma qualquer estrada em asfalto preta, parece fazer figuras reais, que não passam de imaginação da nossa cabeça…a noite na montanha que leva, entre trilhos, ao alto do monte onde a lei foi entregue a Moisés, as cores nas ruas que se cruzam com os cheiros a especiarias ali à mão de quem as quiser comprar…Ao lado, os lenços, burkas e muitas bugigangas a preços negociáveis… Ruas onde é possível ver o cruzamento de culturas, religiões, onde uns se cobrem de mantos e outros mostram os dois caracóis que ficam por baixo do chapéu preto….Enfim.... tudo aquilo que ouvíamos falar, mas que, em muitos casos, pensávamos que não passava de lendas...
Ah, e os sons??? Os sons diferentes…
Na mesma rua, cruzam-se sons de música árabe que animam as lojas de comércio, com as rezas dos crentes que por ali fazem a sua vida.
Ao fundo, ouve-se o altifalante que, com um toque característico, avisa os muçulmanos que chegou a hora de orar, mais à frente nas igrejas ortodoxas, religiosos entoam cantos que dão vida àqueles locais visitados por milhares de pessoas diariamente. Na mesma igreja, onde os ortodoxos de vestes pretas entoam cânticos, os católicos rezam baixinho, agradecendo a Deus o seu filho….
Mas há mais….
Ainda na cidade velha, perante um muro alto, chamado das lamentações, os judeus dão graças a Deus por tudo o que lhes deu, fazem preces, leem a Torá, e manifestam as orações com pequenos movimentos da cabeça em direção ao dito muro.
Enfim…. Podia encher páginas e páginas de palavras para tentar explicar o que vi, vivi e experimentei, mas nunca diria tudo, nunca conseguiria exprimir por palavras o que senti.
Passou um ano, mas recordo cada momento, cada local, cada explicação com se fosse hoje.
Aos que experimentaram comigo essa viagem dizer que tenho saudades… A quem ainda não o fez, dizer que se puderem experimentem, vale a pena!!!

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Os meus avós!




No Dia Mundial dos Avós, deixo aqui uma pequenina homenagem aos meus!
Tenho seis, hoje apenas um no mundo dos vivos, os outros no meu coração.
Os meus avós…. Quando faço uma retrospetiva e me recordo deles, cada um tem um lugar especial.
Há uma avó que nem sequer conheci, mas por quem nutro um carinho e admiração especial porque foi uma grande mulher, mãe de 14 filhos, trabalhadora, lutadora e que foi a responsável por um dos meus nomes – alguém que a doença levou bem cedo, com quarenta e poucos anos.
Os outros, conheci e todos são especiais, mas ocuparam lugares diferentes no meu crescimento.
Que me desculpem os outros, mas, em primeiro lugar, tenho de falar daquela, da mulher que me fez companhia mais de uma década, com quem dormia e que era uma senhora. De seu nome Camila, foi, sem dúvida, a mulher mais importante da minha vida – alguém que recordo todos os dias, que amo pela sua personalidade, pela sua beleza, pela sua capacidade de, aos 88 anos, ler romances e adorar passear. Mulher sofrido pelo trabalho, viúva de outra pessoa também importante, mas de quem me lembro pouco – o avô Pinto, que morava naquela casa com um “cancelo de pau” e que quando ia passear me trazia rebuçados da Régua…
Neste mundo dos meus avós, há dois que embora não sejam de sangue, são igualmente meus avós – o avô Teixeira e a avó Quininha – que foram meus “amos” e que, em parte, fizeram de mim o que sou hoje. Pessoas extraordinárias, que me amavam como uma neta, tal como eu os amava como avós!
Hoje tenho apenas um avô aqui perto de mim, o sr. Gomes – pessoa extraordinária, com 86 anos, mas que aparenta menos. Alguém que ficou sozinho bem novo, com filhos pequenos (a mais nova com quatro anos), mas que conseguiu dar a volta, com a ajuda dos filhos mais velhos, é certo, mas alguém que se pode orgulhar de si e da sua família.
Neste Dia Mundial dos avós, deixo aqui esta pequenina homenagem aos meus!



segunda-feira, 16 de julho de 2012

Coração apertado




Conhecemo-nos por um acaso da vida – um acaso bom, chamado Tomás. Se ele não tivesse nascido, talvez nunca tivesse conhecido duas pessoas fantásticas e o meu mundo seria certamente mais pobre.
Foram nove anos de convívio, nove anos de amizade, nove anos de alegrias e tristezas, mas nove anos em que a amizade venceu sempre.
Hoje, que partes, que fazes a transição (como a tua mãe fez questão de lembrar todos os que ali estávamos), quero dizer-te que, estejas onde estiveres, serás sempre relembrado como uma boa pessoa, como alguém sempre disponível e pronto a ajudar.
Partes antes do tempo, mas deixas aqui uma parte de ti, um menino lindo, inteligente, bem-educado e acima de tudo sensível: fruto da educação que tu e a tua mulher souberam dar e dar bem!
Hoje, os que te amam choram a tua morte, a tua partida – o que é normal, não te vão ter mais fisicamente, mas também recordam todos os momentos, principalmente aqueles em que os fizeste rir, em que lhes deste conforto, em que os fizeste felizes…
Onde quer que estejas, podes estar orgulhoso do teu filho, da tua mulher e da tua família – estão a sofrer, mas a ser fortes, muito fortes, uma força que, não tenho dúvidas, vem de ti – tu que estás aí a olhar para eles e por eles.
A partir de agora és uma estrela que brilhará para eles todos os dias!
Descansa em paz amigo!!!

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Cancros de uma sociedade debilitada que luta para dar a volta




Num breve "folhear eletrónico" pelos jornais, esta manhã, deparo-me com uma boa notícia que me leva logo a pensar numa outra. Confuso? Eu explico.
Hoje é publicada uma notícia num dos diários de grande tiragem que dá conta de um estudo que diz que “a Universidade do Porto é a mais bem classificada em Portugal em sete dos principais rankings internacionais e está entre as 100 melhores universidades da Europa”
Ora ao ler isso, o meu pensamento foi logo ao encontro da notícia que tem marcado a atualidade nos últimos dias: a licenciatura do nosso ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, senhor que - diga-se - nos últimos tempos, tem preenchido páginas e páginas de jornais, não pelas melhores razões.
Para os mais desatentos, é preciso explicar que o nosso prezado governante se licenciou em 2007, na Universidade Lusófona, em apenas um ano. Superdotado?!
Não, nada disso! Dizem os meus colegas “jornaleiros” (em quem eu acredito), que o Sr. Dr. frequentou nos anos 80 do século passado os cursos de Direito e História, mas não terminou qualquer um deles. A explicação para não ter terminado os referidos cursos, segundo o ministro, ficou a dever-se ao seu envolvimento na política “ainda muito jovem”.
Ora depois disso, Relvas decidiu voltar aos bancos da escola (isto como quem diz…) e fazer o que deixou para trás há mais de 20 anos. Mas teve sorte, precisou apenas de um aninho, tudo porque lhe foram concedidas equivalências dos ditos cursos que frequentou, e, diz que, também contou o currículo profissional.
E é este o país que temos….
Uns andam anos a estudar, a pagar propinas, a esforçarem-se para aprender, a quererem saber mais, a cumprirem as leis do país, e, outros, inclusive governantes, (recordemos para além deste, o caso de José Sócrates) com a sua experiência profissional conseguem um curso.
Será justo?! Será com estas decisões que o país vai progredir?!
Muitas vezes, ouvimos dizer que quando se termina um curso não se sabe nada, só a experiência no mercado de trabalho vai fazer das pessoas boas ou más profissionais. Até aqui, tudo certo, eu tive essa experiência pessoal. No entanto, apesar de sairmos da universidade sem experiência, saímos com os conhecimentos que depois no campo, vamos aplicar da melhor forma, desde que – claro - nos deem oportunidade.
Andam anos e anos sempre com o mesmo discurso da importância da formação, aumentam a escolaridade obrigatória e depois sabe-se que um governante, um dos que manda e desmanda no país, consegue um curso sem o frequentar e logo de Ciências Políticas e Relações Internacionais.
Pensando bem, agora se entende como vai a política no país…. Se os senhores que governam tiram cursos sobre a matéria em 12 meses…não será preciso mais explicações.
O que me revolta é saber que há tantas pessoas a sacrificarem-se para conseguirem, a passarem necessidade para se formarem, a trabalhar e estudar para conseguirem o que tanto querem e, depois, vêm estes senhores que viveram sempre do dinheiro do povo, aqui e ali, a viverem à custa do Estado e, como se não bastasse, conseguem um curso num ano.
 Enfim… cancros de uma sociedade debilitada que luta para dar a volta, volta essa que se torna difícil face a este tipo de notícias que nos entram pela casa dentro a cada dia!


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Portugal - país à beira mar plantado



Dedos enferrujados, cabeça perdida e sensação de insatisfação. São muitas as questões que se levantam a cada dia que passa, muitas as dúvidas, incertezas e, acima de tudo, medo do futuro, medo do que está para vir, que, tenho quase a certeza, não será mais fácil do que o presente.
É olhar para o lado, para os vizinhos, para os amigos, colegas ou simples desconhecidos, a meio da tarde, num qualquer café, ou simplesmente, na rua, para se perceber que a condição em que se encontram é certamente a mesma – desemprego. E o pior, é que, da forma como as coisas se têm desenrolado, o futuro não se afigura nada promissor.
A cada dia que passa que sinto mais medo e, ao mesmo tempo, mais vontade de arriscar, mais vontade de seguir o conselho do nosso primeiro-ministro (arrumar as trouxinhas e ir à aventura). Mas para isso, também é preciso coragem – coragem essa que ainda não arranjei, que ainda não quis arranjar e que, no fundo, não queria ter porque, lá no fundo (bem no fundo, é certo), penso que o nosso país ainda tem pernas para andar. Não falta gente inteligente, pessoas com vontade de vencer, de arriscar, com ideias de negócio, com potencial, com capacidade. Pessoas que precisam apenas de quem lhes dê a mão.
Penso que se, de uma vez por todas, em vez de se pensar tanto em contas, em pagar dividas (que, atenção, têm de ser pagas), devia pensar-se em formas de criar riqueza, de potenciar o que de melhor o nosso país tem e, depois, com tudo isso encaminhado, então, aí sim, pagar o que se deve, devolver a dignidade de um país, que um dia, bem lá longe, conseguiu ser grande e dominar.
Enquanto se pensar pequenino, enquanto não houver espirito de iniciativa, o desemprego vai continuar a aumentar, o PIB a baixar, os portugueses a “fugir” do país que os viu nascer e o país a degradar-se e a perder-se num mundo onde quem não arrisca não petisca.
Por mais que potenciais investidores queiram arriscar, acabam por ser barrados por burocracias, por medo do que está para vir, por terem a sensação de cá estar tudo perdido. Mas será que cá está tudo perdido?
Será que não temos mais nada para dar ao país e ao mundo?
Será que já não somos inteligentes, que já não temos a capacidade de tempos idos?
Num país de Camões, de Pessoa, de Gil Vicente, de Eça, Bocage e de tantos outros, o que é que correu mal, em que é que falhamos (se é que falhamos)?
Vamos pegar nesses nomes e juntar os nossos, vamos fazer deste um país reconhecido, vamos mostrar ao mundo que este pequeno país à beira mar plantado tem muito para oferecer, tem muito para mostrar àqueles outros países que vivem do nosso trabalho, do nosso dinheiro e ainda se vangloriam quando é para dizer que nos estão a ajudar…

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Páginas de jornal que ajudam a pensar





Folhear mais de uma centena de jornais num dia pode parecer enfadonho, mas não é. Enquanto folheamos cada página, com os olhos atentos a cada notícia, a cada artigo, para que nada do que queremos passe ao lado, temos tempo para pensar, rir e ainda ouvir uns quantos chatos dizer “shiu”.
Ali em pleno centro histórico de uma cidade que me fala ao coração por tudo e por nada, naquele edifício antigo, com o convento de Santa Clara, que dá agora vida à Camara Municipal, ao fundo da janela, começo, bem cedo, a olhar os jornais que têm mais de um ano, mas que, em muito, se cruzam com o que hoje é escrito nos mesmos periódicos, principalmente quando o tema é crise.
Há um ano, a poucos dias de eleições legislativas, para escolher o sucessor de Sócrates, só se falava em crise, recessão, na situação critica em que o país se encontrava, na ajuda financeira que viria para solucionar, ou melhor, ajudar a solucionar, o problema.
A palavra “troika” começava a soar na boca dos portugueses e a fazer correr tinta nos jornais diários, com páginas e páginas dedicadas ao tema. As promessas dos políticos de então eram de uma solução para o problema do país, com um pouco de austeridade, mas nada que prejudicasse cada um dos 10 milhões de portugueses. Com o passar dos meses, os mesmos jornais, continuam a falar do tema central do país: crise…
O governo muda, os ministros são outros, mas problema mantem-se e parece que cada vez mais difícil de resolver.
É ouvir, ler e ver as explicações do primeiro-ministro, juntamente com as do ministro das finanças, ambos a lamentarem o cenário que encontraram quando assumiram os destinos do país, a tentarem fazer ver às pessoas que seriam necessárias mais medidas de austeridade, mais e mais. Aliás, tenho cá para mim, que todas as vezes que o ministro que controla as nossas contas falava, formava-se um calafrio em cada português, já que, de certeza, vinham aí mais cortes, mais austeridade. Aliás, “austeridade”, é outra das palavras mais ouvidas e escritas no último ano. Sim, é uma palavra que consta do dicionário português, que sabíamos o que significava, caso não soubéssemos era só ir ao dicionário, mas na prática, se calhar, não fazíamos ideia do que era. Agora, já sabemos bem o que quer dizer e, cada vez, com mais certeza.
Hoje, ao folhear todos aqueles jornais, um ano depois da mudança, dei por mim a perguntar: o que mudou?
Podia dizer nada, mas claro que sim, claro que houve mudanças, entre elas, mais pobreza, mais crise, menos dinheiro na carteira dos portugueses, mais desemprego, mais emigração, mais stress, mais depressões, mais aumentos, mais e mais e mais…
É verdade, o sr. que nasceu no Reino Maravilhoso, como lhe chamou Miguel Torga, e de onde era natural o seu antecessor, prometeu, prometeu, prometeu (aliás como era sua obrigação, não fosse ele um político), mas também, como político que é, não cumpriu nada, apenas nos deu mais consumições (como diz o povo), mais despesas e menos dinheiro. Esse senhor que nos dá muito alento, que nos convida primeiro a emigrar e, como se isso, não bastasse, de seguida, nos diz que “estar desempregado é uma oportunidade”, nada fez.
Bem, ao ler as notícias que achava desactualizadas (já que têm um ano e algumas mais), percebi que pouco ou nada mudou e o que modificou foi, sem dúvida alguma, para pior.
Agora pergunto: valeu a pena mudar? Valeu a pena pedir ajuda? Vale a pena fazer sacrifícios? Vale a pena emigrar? Vale a pena estar desempregado?

quarta-feira, 16 de maio de 2012

És especial!




Um dia conhecia uma menina que se tornou numa das pessoas mais especiais da minha vida…
Um dia conheci alguém com olhar sofrido, pelas agruras da vida, mas, ao mesmo tempo, com um olhar terno, carinhoso e misterioso como há poucos.
Um dia, conheci essa menina que, bem cedo teve de se tornar mulher, que cedo demais soube o que é sofrer: sofrer por amor, sofrer sem poder fazer nada, sofrer por um amor, talvez o seu maior amor – a sua mãe.
Essa menina hoje é uma mulher, uma mulher que completa mais um aniversário, outra vez envolto num rebuliço, mas um rebuliço que está a passar e que, como ela sabe, vai terminar, mais uma vez, bem.
Essa mulher é, possivelmente, das mulheres mais fortes e mais apaixonadas pela vida que alguma vez conheci.
Com ela vivi grandes momentos da minha vida. Rimos, choramos, confessamo-nos uma à outra, divertimo-nos imenso. É já mais de uma década de uma linda amizade que nasceu do nada e que se transformou no tudo.
Hoje, quero dizer-te miúda: parabéns por mais um aniversário, mas sobretudo parabéns por seres quem és – uma excelente filha, uma excelente irmã, uma excelente amiga!
Neste dia, em que és pequenina, dizer-te o que já sabes, mas que é sempre bom recordar: és especial!!!!!

terça-feira, 15 de maio de 2012

Alguém especial está de parabéns



“Há pessoas que marcam a história e a vida da gente”. Já algumas vezes usei esta frase, em alguns dos textos que vou escrevendo, e, hoje, esta frase é novamente bem utlizada e necessária, tendo em conta de quem quero falar esta terça-feira, dia 15 de Maio…
Há pessoas que, por muitas diferenças que tenham, não conseguem separar-se, não conseguem chatear-se, nem, muito menos, esquecer-se… o que é isto se não amor de irmãos??
Pois é, é isso que sinto quando penso na minha, que hoje está de parabéns…
Em pequenas, sempre às turras, em adultas, grandes amigas! Se assim não fosse mal seria.
A sua calma, disponibilidade, o seu sorriso, a sua forma de resolver as coisas, a sua veia maternal, tudo características que fazem dela especial!
Não entendo, quando me dizem que irmãos não se dão, têm inveja uns dos outros, não estão juntos…
 Como é que isso é possível? Se nasceram da mesma mãe, como podem não se amar?
Isso é algo que me causa uma certa confusão, principalmente se cresceram juntos, se tiveram a mesma educação.
Sim, todos somos diferentes e eu e a minha irmã somos disso exemplo, mas as diferenças completam-se, superam-se….
A calma dela contrasta com o meu stress, as risadas dela completam-se com as minhas, o carinho dela complementa o meu…
Por isso, que dizer mais, sobre uma irmã, a minha irmã??
Basta dizer: Parabéns my sister! Continua a ser quem és! 
Love you!

domingo, 6 de maio de 2012

Dia da Mãe - a minha é a melhor!



Desde que me lembro, isto é, desde que me conheço, que sempre ouvi dizer: “com três letrinhas apenas se escreve a palavra mãe”. Não é preciso perceber muito de língua portuguesa para concordar, já que, de facto, a palavra é composta por três letras apenas. Até aqui nada de novo, mas o que importa quando se diz isto é perceber que apesar de a palavra ser tão pequenina é – atrevo-me a dizer - a palavra mais importante do dicionário português.
O que é/quem é mais importante que a mãe?
Quem está sempre lá nos piores e nos melhores momentos?
Quem sofreu para nos trazer ao mundo?
 Quem chora quando choramos, ri quando rimos, tira comida da boca para dar ao rebento sem sequer pensar?
Quem? Só uma mãe…

No Dia da Mãe, decidi fazer uma homenagem à minha – a melhor do mundo (desculpem o egoísmo).
A minha mãe sempre disponível, sempre atenta, sempre pronta. Eu só tenho a agradecer a educação que me deu, ou melhor, que nos deu (a mim e à minha irmã). Foi ela que nos ensinou a andar, falar, amar… Enfim, somos o que somos porque ela (juntamente com o homem que a acompanha há 39 anos) nos ensinou, nos formou, nos possibilitou sermos o que somos hoje.
Falar de quem amamos não é fácil, as palavras teimam em não sair, os dedos encravam no teclado, mas penso que, quando amamos, não precisamos de dizer muito… Basta um gesto, um carinho, um olhar e está tudo dito.
A minha mãe é a melhor mãe do mundo!!!!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Onde vamos parar?



Depois das notícias que ontem me entraram pela caxinha mágica que dá imagens, colocou-se-me uma questão: Onde vamos parar?
Costuma dizer-se “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades” e isto é cada vez mais notório.
No dia 1 de Maio, o Dia do Trabalhador, em vez do grande destaque dos telejornais ser as tradicionais concentrações de sindicalistas, os tradicionais protestos dos trabalhadores, as reivindicações de quem, todos os dias, se bate para conseguir trazer dinheiro para casa, para manter os filhos, para pagar a casa e todos os outros empréstimos que fez, enquanto tudo foi fácil e os bancos eram os primeiros a oferecer condições para que se fizessem créditos a torto e a direito, o que vimos ontem?! Vimos os “atropelamentos” na cadeia de supermercados do senhor Jerónimo, aquele que é considerado um dos homens mais ricos do país.
As imagens que foram mostradas são, no mínimo, surreais, parecia um país do terceiro mundo… Aquelas imagens fizeram lembrar-me outras que vemos quando os países estão em estado de sítio, quando há confrontos ou guerras e depois há pilhagens, com as pessoas a lutarem para ver quem leva mais coisas para casa. Foi para esse tipo de cenário que as imagens que vi ontem me reportaram.
Eu compreendo que o país está mal, que as pessoas têm cada vez mais dificuldade, que uma redução de 50% no valor das compras é muito significativo, mas parece-me que o senhor Jerónimo não pensou bem na forma de fazer a promoção.
A mim, enquanto simples espectadora de tudo o que se passou, pareceu-me humilhante para as pessoas que - claro - aproveitaram a promoção, mas que se sujeitaram a empurrões, má educação, falta de respeito, mas, acima de tudo, pareceu-me desprestigiante para a cadeia de supermercados que gastou tanto dinheiro para dignificar a marca, para colocar o nome na boca de todos, com aquelas musicas que, sem dúvida, ficam no ouvido, e agora usa-me esta forma mesquinha de chamar clientes. Será que era necessário?
Ver pessoas magoadas, a discutir os carrinhos que não chegavam, a agredirem-se verbal e fisicamente (algumas tiveram mesmo de ser assistidas nas urgências) …. Mas que é isso?! Os senhores do Marketing da Jerónimo Martins não sabiam que isso ia acontecer?! Não previram isso?! Se não, deviam tê-lo feito, é esse o trabalho deles.
Meus senhores, o país está mal, as pessoas estão desesperadas, sem saber como pagar contas e resolver os problemas, por favor, não as desprestigiemos nem as desrespeitemos ainda mais.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Carta de um jovem de hoje




Quando olhamos para o mundo que nos rodeia, que tem tudo para nos oferecer, há coisas que nos passam ao lado e há coisas que não fazem sentido, numa sociedade virada para o consumismo.
Cada vez mais, os jovens questionam-se sobre si mesmos, sobre aquilo que os rodeia, sobre o presente e sobre o futuro, sobre as suas esperanças e expectativas… As dúvidas são uma constante, são parte integrante do dia-a-dia… e muito mais, quando se fala de Jesus, Aquele que, dizem ser o Filho de Deus.

Mas... afinal, quem é Jesus? O que tem para me oferecer?
Numa sociedade que me oferece tudo o que pareço precisar para ser feliz e me realizar, como posso acreditar em alguém ou algo que não conheço, alguém que nunca me deu nada palpável?
Se a maioria dos jovens não precisa de Jesus para viver e para ser feliz, porque é que eu hei-de remar contra a maré e sujeitar-me ao gozo dos outros?
Como posso acreditar em alguém que se diz “Filho de Deus” e que morreu sozinho, no meio de malfeitores, sem que mesmo o Pai o tivesse salvado?
Quando me deparo com todas estas coisas do Filho de Deus – como é conhecido e designado –surge-me outra questão, aquela que tem a ver com os caminhos e projectos de Deus para o homem e para o mundo… Pergunto-me: em que é que isso contribui para a minha vida, para a minha felicidade, para a minha realização pessoal e profissional?
Mas há mais…Se formos mais longe, há outras questões que se nos levantam e nos fazem pensar se Ele valerá mesmo a pena.
Como posso provar a existência de Jesus enquanto filho de Deus?
Se ele é mesmo o Filho de Deus e a Deus nunca o vimos, como pode ser considerado o “Filho do Homem”?
Se Jesus venceu o pecado e a morte, porque é que ainda morremos?
Ele não nos salvou? Porque sofremos?
Se Jesus gosta de todos da mesma forma, porque é que continuamos a ver injustiças, porque é que continuam a haver pessoas a sofrer doenças incuráveis, porque é que continuam a haver pessoas a passar fome?
Não és tu Jesus que amas todos da mesma forma? Então como explicas isto?

Será que preciso realmente de Jesus para viver?
Se eu quiser mesmo seguir-lhe as pisadas, seguir o Seu caminho, como posso cativar os meus amigos a segui-lo também, sem ofendê-los ou afastá-los de mim?
Se nem os amigos de Jesus o reconheceram e tiveram dúvidas sobre a sua ressurreição, como posso eu, 2012 anos depois, vê-lo como sendo o amor e o bem?

A resposta a todas estas interrogações dos jovens está na fé, a fé em Cristo que nos salva.
Hoje continuamos a seguir os seus passos, o seu estilo de vida, a deixar-nos cativar e entusiasmar por Ele. E aqueles que são capazes de arriscar tudo para O seguir continuam a experimentar, apesar das dúvidas e momentos de obscuridade, que Ele é o “caminho, a verdade e a vida”, a luz que ilumina os nossos passos, a fonte de água viva que sacia a nossa sede de amor, de felicidade, de realização, a ressurreição que vence a morte, Aquele que carrega com a cruz para nos ensinar a levar a nossa, o jugo leve e suave que nos liberta e onde podemos encontrar descanso e alívio…
É a esta luz que interpretamos as Escrituras e aí descobrimos o projecto de Deus para o homem e para o mundo. Projecto de vida, de felicidade, de realização, porque como dizia Santo Ireneu de Lião a “glória de Deus consiste em que o homem viva”. Aí encontramos todo o amor, louco e apaixonado, de Deus pelo homem que O leva a vir ao seu encontro, a fazer aliança, a dar-se em Seu Filho Jesus a todos os homens, mas sobretudo àqueles de quem Ele mais se aproximou: os doentes, os marginalizados, os escravos do mal e do pecado…
Hoje continuamos ainda a encontrá-Lo presente quando, como a primeira comunidade nascida da Ressurreição, nos reunimos no primeiro dia da semana, para lermos as Escrituras e partirmos o pão, onde Ele se faz alimento para o caminho e nosso companheiro de viagem.

Aqueles que, na pobreza e humildade de coração descobrem este Deus amor revelado em Jesus Cristo, são depois, como dizia o Evangelho de hoje, testemunhas de tudo isto.
São-no em primeiro lugar pela vivência do amor. Quando ajudamos o próximo, quando dispensamos um pouco do nosso tempo para fazer voluntariado, quando ajudamos o vizinho nas tarefas mais simples, quando ouvimos o nosso amigo que precisa de uma palavra reconfortante ou quando vemos nos mais desfavorecidos Jesus que sofreu e se entregou por nós, em resumo, sempre que estamos disponíveis a dar-nos ao próximo, manifestamos que somos díscipulos de Jesus que amou até ao fim.
É aí que está Jesus, é aí que O encontramos, nas pequenas coisas que fazemos no dia-a-dia.
São-no também pela alegria, pela esperança, pelo optimismo com que enfrentam a vida, mesmo nos momentos mais complicados e difíceis, como estes que estamos a viver.
São-no pela defesa da vida, da vida em todas as suas formas e momentos, porque o nosso Deus é o Deus da vida.
São-no pela defesa da família, porque o Deus que seguimos em Jesus Cristo, não é um Deus solitário, distante e frio, mas é Trindade, comunidade, família, porque comunhão de amor e criou-nos á Sua imagem e semelhança.

Com o nosso testemunho de que vale a pena continuarmos hoje a seguir Jesus Cristo que nos leva até Deus, talvez outros se sintam entusiasmados a também O seguir. Sejamos nós o fermento que leveda a massa, a luz que guia e que conduz, o sal que tempera e dá sabor, para que outros vão até Jesus.


Texto de Aureliana Gomes e Vera Carvalho, com colaboração de Pe Abílio Barbosa