quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Misto de sentimentos



Hoje sinto um misto de alegria e tristeza. 
Se por um lado o meu mais que tudo (o meu pai) faz anos, por outro, faz anos que mulher da minha vida (a minha avó Camila) partiu. Teve uma vida difícil, mas nem assim se escusou a dar mimo aos seus. Foi minha companhia durante 10 anos, foi uma das pessoas que mais amei e a que mais me custou ver partir. Ficar sem ela como companhia para conversar, para dormir, não foi fácil. Mas hoje sei que ela é, há 18 anos, o meu anjo da guarda, meu e da minha irma Marla Gomes!

Parabéns pai

Hoje o homem da minha vida faz anos…. Falar sobre ele é simplesmente uma delícia, é lembrar o carinho, o amor, a ternura e a alegria que tem sempre no rosto quando a família está reunida.
Lembro-me de sermos pequenas, eu e a minha irmã, da minha mãe a repreender-nos pelas asneiras que fazíamos e ele sempre a defender-nos, dizendo “deixa lá as meninas”.
Eram os passeios intermináveis de carro, com explicações dos sinais de trânsito para que nós quando crescêssemos soubéssemos o que a estrada nos reservava, eram os lanches no café ao fim-de-semana, eram os sugos (ai os sugos….bons tempo), eram os brinquedos para as meninas…. Enfim…
Crescemos e o amor e a preocupação foram sempre os mesmos…. A preocupação da pequena estar no Porto sozinha a estudar, o ligar todos os dias, o querer saber o que comi, como passei o dia….Aliás ainda hoje é assim, comigo e com a minha irmã.
O meu pai é sem dúvida o melhor do mundo….é sem dúvida o apaixonado da família, o homem que não vive sem cada um de nós!


Parabéns pai!

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Ela ainda acredita



Ela andava triste, porque a vida decidira não lhe sorrir – tinha uma vida demasiadamente parada para aquilo que ela estava habituada, para aquilo que ela era como pessoa.
Tudo lhe começou a fazer confusão, os dias, as horas, os minutos, os segundos, o barulho da chuva, o silêncio da noite, tudo….
Aí, ela pensou que não podia continuar assim. A vida tinha de lhe proporcionar coisas melhores, coisas que lhe dessem conforto, alegria e sobretudo bem-estar. Ela começou a experimentar o positivismo e a acreditar que iria vencer. A vida ainda não lhe deu essa prova, mas ela acredita que há-de dar, até porque merece. Não, não é falsa modéstia, é apenas o que ela acha. Desde sempre com um feitio correto, linear, confiante, é querida por uns e menos querida por outros. Mas a vida é isso mesmo.
Ela é assim, fria quando tem de ser, calculista e ponderada na tomada de decisões, amorosa quando o momento pede, conselheira sempre, amiga e, acima de tudo, compreensível e disponível para ajudar.
Por isso, diz que merece, merece que o mundo lhe sorria, merece que lhe seja dada a oportunidade de fazer o que melhor sabe – trabalhar no que gosta, fazer o que ama!
Essa menina está triste, mas sabe que é por pouco tempo, apenas o tempo que Ele quiser, o tempo que Ele achar que é preciso. Essa menina vai esperar, com uma inquietação que não consegue explicar, com um nó que não consegue desfazer (talvez por nunca ter sido escuteira), com uma vontade de mexer, de fazer muito, de trabalhar, de fazer mais por si e pelos outros.
Essa menina, apesar das dúvidas que todos os dias lhe afloram a cabeça, ainda acredita que Ele tem o melhor guardado para si, que Ele não se esqueceu dela, apenas lhe está a mostrar que para se alcançar, tem de se esperar, tem de se saber aguardar serenamente. Uma serenidade que a ela não lhe assiste.
Ela sabe que o país está de mal a pior, que o futuro é incerto para todos, mas não quer de maneira nenhuma ter de deixar o seu país e partir à descoberta de outros mundos. Apesar de ser do país dos descobrimentos, essa menina não tem incutido essa bravura, esse gosto pelo desconhecido. Por isso, ainda acredita que no seu país, vai conseguir ser feliz, no seu país vai conseguir aquilo que tanto quer!


terça-feira, 1 de outubro de 2013

Experiências




Foram cinco meses de intenso trabalho, cinco meses de uma experiência nova e diferente, que agarrei com todas as minhas forças, com toda a minha capacidade. Ao fim deste tempo, termina, fecha-se o ciclo, mas sinto-me orgulhosa – orgulhosa de ter dado o melhor de mim, de ter feito aquilo que sabia, que podia e que aprendi. O resultado não foi o que eu esperava, mas, mesmo assim, sinto-me orgulhosa porque fiz o melhor, porque dei tudo de mim, porque conheci pessoas extraordinárias, pessoas dignas, com vontade de trabalho, com sentido de responsabilidade e que me acolheram da melhor forma possível.
Agora? Agora a batalha prossegue, a vida continua…Como? Não sei ainda…
Só sei que este período jamais esquecerei. Foi duro, muito duro (diria). Foi um período de aprendizagens, stresses, medos, risos, gargalhadas, choro, cansaço, noites sem dormir, mas, agora que passou, já sinto saudades, já é difícil regressar ao “ram ram” que se está a transformar a minha vida.

O futuro? Não sei… Mas, como diz o velho ditado, “a Deus pertence”. Por isso, há que continuar a batalhar, a tentar e a mostrar o que sei fazer. Depois as coisas acontecerão, pelo menos assim espero!