sexta-feira, 15 de maio de 2015

Gosto-te daqui até à lua



“Há gente que fica na história da história da gente”. Já algumas vezes usei esta frase, em alguns dos textos que vou escrevendo, e, hoje, esta frase é novamente bem utilizada e necessária, tendo em conta de quem quero falar esta sexta feira, dia 15 de Maio…

Há pessoas que, por mais  diferenças que tenham, não conseguem separar-se, não conseguem chatear-se, nem, muito menos, esquecer-se… O que é isto se não amor de irmãos??

Pois é, é isso que sinto quando penso na minha, que hoje está de parabéns…
Em pequenas, sempre às turras, em adultas, grandes amigas! Se assim não fosse mal seria.
A sua calma, disponibilidade, o seu sorriso, a sua forma de resolver as coisas, a sua veia maternal, tudo características que fazem dela especial!

Não entendo, quando me dizem que irmãos não se dão, têm inveja uns dos outros, não estão juntos…
 Como é que isso é possível? Se nasceram da mesma mãe, como podem não se amar?
Isso é algo que me causa uma certa confusão, principalmente se cresceram juntos, se tiveram a mesma educação.

Sim, todos somos diferentes e eu e a minha irmã somos disso exemplo, mas as diferenças completam-se, superam-se….
A calma dela contrasta com o meu stress, as risadas dela completam-se com as minhas, o carinho dela complementa o meu…

Por isso, que dizer mais, sobre uma irmã, a minha irmã??

Basta dizer: Parabéns my sister! Continua a ser quem és! 

Gosto-te daqui até à lua! 

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Valores o que são no mundo de hoje?



Valores, educação e informação. Três palavras que podem parecer insignificantes, mas que, na verdade, são o fio condutor da sociedade, são a base do crescimento do ser humano, o alicerce do mundo.

Hoje, onde estão esses três conceitos? Onde os podemos encontrar? Quem os tem? Quem os deve transmitir?

A cada dia que passa, somos confrontados com notícias que nos entram casa dentro, de violência desmedida, de pais que matam filhos, de filhos que agridem pais, de crianças que são violentadas pelos progenitores, de jovens que se agridem gratuitamente, sem motivo aparente, muitas vezes, apenas e só, para se afirmarem como lideres e fortes….Enfim, um sem número de situações que nos fazem ficar perplexos, mas já conformados, com o que se passa por aí, às vezes tão perto de nós.

A culpa é de quem? Foi a pergunta que mais se ouviu, esta quarta-feira, depois do vídeo de agressões entre jovens, que se tornou viral nas redes sociais.

Já li e ouvi muitas opiniões, mas considero que o problema reside na falta de valores e, acima de tudo, de educação.

Hoje vivemos numa sociedade onde a educação se faz com ofertas de tablets, telemóveis de gama alta e outros aparelhos informáticos para colmatar a falta de tempo e afeto para com os filhos.

Vivemos num tempo, numa era, em que o ritmo de vida é demasiadamente acelerado, em que os pais saem de casa bem cedo, “despejam” os filhos na escola, e regressam à noite  para os rececionar como se de uma encomenda se tratasse.
Cansados de um dia de trabalho, chegam a casa e cada um segue a sua “vida”, não há tempo para conversar, para perguntar “como correu o dia” ou simplesmente “se está tudo bem”.

Às crianças dão o tablet ou uma qualquer consola para que se entretenham e não chateiem que o dia foi longo e há ainda umas coisas para fazer em casa. Aos mais velhos, já nem é preciso dizer nada, estes chegam, metem-se no quarto no computador, sendo acordados para o mundo, com um “vamos jantar”.

Não há tempo para se conhecerem, nem sequer vontade de partilhar, de aconselhar e dar nas “orelhas” se preciso for.

Depois, deparamo-nos com situações como a que vimos hoje. Sim, não será única, haverá tantas outras espalhadas por esse país fora…

Esta situação pode não dar em nada, no entanto, este vídeo, daquelas meninas que acharam piada a bater no jovem indefeso, esta projeção, é mais um alerta para a sociedade que temos, para os jovens que estamos a formar e que serão o futuro do país.

É isto que queremos? Será este o caminho para o nosso país, para a nossa sociedade?
Quando era pequena, se fizesse uma asneira, levava um tabefe, fosse dos pais ou do professor e ouvia “para a próxima levas mais”. Hoje se isso acontece, ouve-se “vai ser acusado de maus tratos”.

Não sou apologista do “bater”, mas sempre ouvi dizer que “uns bons tabefes na hora certa nunca mataram ninguém”.

Levei alguns dos meus pais e na escola primária, e quê, sou menos por isso? Foi violência? Não sei,. Sei que fizeram-me crescer e aprender os valores e as responsabilidades da vida.

O que aconteceu hoje, deve fazer os pais e os educadores refletir sobre a forma como estão a preparar as crianças para o futuro.

O acompanhamento permanente é fundamental – Vale a pena pensar nisto.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Sim acredito – Ela também acreditou sem questionar




Hoje temos uma grande dificuldade em acreditar. É verdade que a sociedade sofreu muitas alterações, que se tornou fria, amarga, por vezes, e conflituosa.
 É verdade que o mundo se tornou “egoísta”, mas não podemos deixar que essa mudança, essa “desumanização” conduza a nossa vida, trace o nosso caminho.

Recuemos a 1917, a uma pequena aldeia perto de Coimbra….

Num dia normal, como tantos outros, para aqueles meninos pastores, Maria apareceu do nada, apenas mostrando o seu amor. Assustados, com medo do que lhes poderia acontecer, não ficaram calados e foram contar o que tinham visto (como Jesus mandou os seus discípulos fazer). Sofreram represálias, foram acusados de mentir, mas não deixaram de anunciar o que tinham visto e hoje Fátima é um lugar de culto para muitos.
Quando se fala de Fátima e de devoção, muitos daqueles que colocam em causa tudo o que a religião comporta, criticam e apelidam o local de ser um espaço comercial. Sim, é-o para muitos, mas para quem acredita é muito mais - é amor.
Todas as vezes que entro no recinto, quase sempre em passeio, sinto tranquilidade e paz, uma sensação difícil de explicar por palavras, mas demasiadamente boa para gostar de repeti-la sempre que posso.
Hoje celebra-se o dia daquela Senhora vestida de branco que, em 1917, apareceu a três meninos inocentes, provenientes de uma família simples, que andavam no campo, mostrando, mais uma vez, que Deus é amor e não procura pessoas pela sua força ou pelo seu dinheiro.
Neste 13 de maio, pensemos Nela, naquela menina que foi mãe de Jesus, com medos e receios, por tudo o que lhe estava acontecer, mas que, mesmo sem perceber o que era, sem saber o que lhe ia acontecer, disse “sim”. 
Paremos para pensar naquela mãe que acompanhou o filho até à morte e nunca questionou “porquê”. Maria acreditou em Deus e deixou que fosse feito o que estava escrito lá nas escrituras do Povo de Deus.
Nesta sociedade em que vivemos, falta-nos muitas vezes esse acreditar, esse ir em frente, sem medo, nesse dar o passo, acreditando que tudo vai correr bem.
Olhemos para Ela e caminhemos em frente, acreditando, como Maria, que Ele vai lá estar, sempre para indicar o caminho, mesmo que, muitas vezes, por vias secundárias, tornando-se mais cansativo, mais penoso do que se nos apontasse uma autoestrada.

Mas o que é a vida sem dificuldades, sem provas, sem sobressaltos?!

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Um dia vou escrever um romance...para já começo por um ensaio (Cap. VI)




Cap. VI


O dia nasceu cinzento, Camila e José nem prestaram atenção, porque o tempo era pouco e estava quase na hora de sair de casa para apanhar o avião rumo à cidade maravilhosa.

À hora marcada, lá estavam na sala de embarque. Ao encontrarem-se, os olhos de ambos falaram, não foi preciso sequer palavras – a felicidade era visível e o amor também, embora esse tema nunca tenha sido abordado por qualquer um deles.

“Senhores apertem os cintos, o avião vai descolar”.
Camila aperta o cinto, como mandara a hospedeira e respira fundo. No seu pensamento “aí vamos nós para a aventura”.

Depois de dez horas de viagem, passadas entre leituras vãs, conversas triviais e uns carinhos, o pássaro voador aterra e a paisagem deslumbrante começa a entrar pelas janelas, adivinhando-se muito calor e dias de muita adrenalina. Mais uma vez, os olhos de ambos cruzam-se e o sorriso maroto foi notório.

Depois de mais uma hora de desembarque, pegar nas malas, apanhar o táxi e chegar ao hotel, os dois, contemplam, da varando, o Cristo Rei ali mesmo em frente, ou pão de açúcar e lá vão planeando a sua estadia.

A adrenalina é tanta que ainda mal conseguiram parar para pensar “e nós o que estamos aqui a fazer”, ou se calhar não queriam sequer pensar.

As malas começam a ser desfeitas e é nesse momento que o José quebra o silêncio. Ao ouvir a voz, Camila tremeu – tinha chegado o momento.

- Estás contente? O que esperas destes 15 dias comigo?

Ela ficou a pensar, sem saber muito bem como e o que responder. Sabia bem o que esperava e o que queria que acontecesse, mas dizer poderia não soar bem, já que viviam como casal, mas as palavras “namoro” ou “amor”, nunca tinham sido ditas por nenhum deles.

Respirou fundo, levantou a cabeça e respondeu determinada:

- Espero passar umas boas férias, junto de uma boa companhia – e provocou – é suposto esperar mais ou menos que isto?

Ele sorriu, percebendo bem onde queria chegar… Mas não quebrou e respondeu baixinho.

- Isso agora….

Virou as costas e continuou calmamente a retirar as roupas da mala, sem lhe dar qualquer importância.

Camila ficou enervada, porque sabia que fazia de propósito para a deixar intrigada e, acima de tudo, chateada.

- Bem as minhas coisas estão arrumadas. Vou tomar um banho, pegar num biquíni e vou até à praia, se não é menos um dia que aproveito. E tu, que vais fazer – provoca ela.

Mais uma vez, ele, que ainda arruma calmamente a mala, olha de canto de olho para ela, com o mesmo sorriso maroto e diz:

-Se calhar, vou fazer o mesmo que tu e já arrumei as malas…. Como vamos fazer com o banho, é que esperar um pelo outro é mais tempo perdido e o sol vai embora. Sugeres alguma coisa? Tens alguma ideia.

Mais uma vez, conseguiu colocá-la numa situação embaraçosa, ela corou, mas, com firmeza na voz, tremendo por dentro, respondeu:

-Eu não. Não estou a perceber. Esperar um pelo outro?


José levanta-se da cama, onde estava sentado a guardas as últimas peças de roupa, dirige-se a ela calmamente, agarra-a pela cintura e diz:

- Não estás a perceber, então eu vou explicar-te….


O saco da praia está pronto, o protetor solar colocado em todas as partes do corpo, o chapéu, os óculos de sol. Estão prontos para a primeira aventura em Copacabana.

Saem à rua, o calor tórrido começa a sentir-se, mas a felicidade de ambos faz esquecer o calor.
Enquanto passeiam pelo famoso calçadão, não se cansam de comentar tudo o que vêm e, entre um carinho e outro, lá vão seguindo em frente, sem vontade de parar, na areia e aproveitar o calor que se faz sentir.
Depois de mais de uma hora de caminhada, decidem que é melhor parar e beber qualquer coisa.

Sentam-se na esplanada em frente ao mar, contemplando o oceano atlântico de um azul lindo, e pedem uma água de côco. Lá vão desfiando conversa e gargalhadas, espelhando uma felicidade que nem eles conseguiam entender muito bem.
À memória de Camila vinham, de quando em vez, pensamentos de como será depois, do que irá acontecer, mas logo, os eliminava e pensava “agora é viver o momento e ser feliz”.

O José esse estava de tal forma maravilhado com o que via à sua frente que o que tinha deixado antes um dia, nem pela cabeça lhe passava.

- Bem, está na hora de voltarmos ao hotel e descansar que o dia foi longo? – disse Camila.

- Descansar? Nós não viemos para descansar….

Camila volta a corar, depois daquele inicio de tarde. “A provocar-me outra vez?”. Respirou fundo e respondeu com voz firme e em tom elevado.

- O descanso faz parte, se não o fizermos não conseguiremos aproveitar. Doutra forma, nem teríamos precisado de reservar hotel.

- Calma. Claro que precisamos de descansar, mas…. Há muitas formas de descansar…

- Há… - disse ela, levantando-se da cadeira e dirigindo-se ao funcionário para pagar.

José percebeu bem que, mais uma vez, a tinha provocado e tirado do sério, mas continuou a provocação.

- Estás a gostar?

- Sim, respondeu ela, muito.

- Então para que vamos dormir, nesta cidade maravilhosa?

- Porque amanhã é outro dia, porque temos de ter forças para conhecer esta bela cidade e porque pagamos um hotel.

- Sim e o hotel é muito bom por sinal… No pouco tempo que lá estive percebi isso. Podemos aproveitá-lo de muitas formas.

Ela olhou-o com vontade de o assassinar com o olhar, mas ele matreiro como sempre.

- Calma, vi que tem um espaço de piscina e sauna que deve ser muito agradável. Podíamos aproveitar, antes do jantar. Era isso que estava a querer dizer, desde o inicio. Não percebeste? Pensei que também tinhas visto…

Ela cada vez mais enervada, mas a tentar manter a calma para não dar o braço a torcer.

- Claro, é para lá que vou… (sorriu)

- Bem me parecia.

Os dias passaram rapidamente, sem eles darem conta e num repente era o último dia, a ultima aventura por terras brasileiras.

- Fogo, o tempo passou tão rápido. Nem nos apercebemos. Estou a adorar – conversava camila sentada debaixo do guarda-sol com José.

- Sim, tem sido uma experiencia muito boa, com uma companhia maravilhosa.

O silêncio fez sentir, ambos deram conta que estava a acabar e a pensar como seria quando chegassem a casa, qual seria o caminho. Olharam um para o outro, sabendo o que cada um pensava e José, quebrando o silêncio, disse:
- Depois? Depois, logo se vê, vamos mas é, aproveitar o tempo que nos resta e vamos dar um mergulho.

Levantou-se, puxou o braço de Camila e lá foram.

O dia passou num ápice e quando deram conta, já arrumavam as malas que amanhã bem cedo tinham de estar no aeroporto. Mal conversavam, a não para pedir que lhe chegassem isto ou aquilo. Ambos estavam receosos do que viria pela frente, do futuro. Ambos sabiam que estava na hora de decidirem. O tempo do “amigo” chegou ao fim com esta viagem.

Tudo pronto, malas ao canto do quarto e:

- Bem, vou tomar banho – disse Camila.

- Posso fazer-te companhia? – disse José, com o seu olhar doce e malicioso.

- Se pedires muito – sorriu Camila provocando, pegando na toalha e dirigindo-se para a casa de banho.

- Bom dia! Vamos lá para a realidade? – disse Camila, quando o despertador tocou.

- Hummm. Tem mesmo de ser? Queria ficar aqui para sempre, contigo.

Ela corou, mas de alegria.

Um beijo na testa, um carinho nos cabelos compridos e toca a levantar que não há tempo para mais.


A entrada nas portas de vidro eram o adeus à cidade maravilhosa, o inicio de algo novo, quem nem um nem outro sabiam o quê.



Para quem já não se lembra, ou nunca leu os outros capítulos, pode ver nos links:









domingo, 3 de maio de 2015

O que dizer a alguém que é parte de nós?



Olhar no tempo e pensar “pois é, cresceu e, hoje, mais uma vez, faz-me feliz”. Hoje és uma mulher ainda menina, uma mulher rabugenta, inconveniente, por vezes (mas, não vou criticar, porque isso, talvez tenhas herdado de mim), mas uma mulher que sabe bem aquilo que quer....
Agora que esta etapa termina, vêm outras, talvez mais difíceis, mas sei que vais enfrentá-las com o mesmo entusiasmo e vontade de sempre. Nunca me desiludas, nunca deixes de me amar como eu te amo, porque isto é amor verdadeiro!