quarta-feira, 13 de maio de 2015

Sim acredito – Ela também acreditou sem questionar




Hoje temos uma grande dificuldade em acreditar. É verdade que a sociedade sofreu muitas alterações, que se tornou fria, amarga, por vezes, e conflituosa.
 É verdade que o mundo se tornou “egoísta”, mas não podemos deixar que essa mudança, essa “desumanização” conduza a nossa vida, trace o nosso caminho.

Recuemos a 1917, a uma pequena aldeia perto de Coimbra….

Num dia normal, como tantos outros, para aqueles meninos pastores, Maria apareceu do nada, apenas mostrando o seu amor. Assustados, com medo do que lhes poderia acontecer, não ficaram calados e foram contar o que tinham visto (como Jesus mandou os seus discípulos fazer). Sofreram represálias, foram acusados de mentir, mas não deixaram de anunciar o que tinham visto e hoje Fátima é um lugar de culto para muitos.
Quando se fala de Fátima e de devoção, muitos daqueles que colocam em causa tudo o que a religião comporta, criticam e apelidam o local de ser um espaço comercial. Sim, é-o para muitos, mas para quem acredita é muito mais - é amor.
Todas as vezes que entro no recinto, quase sempre em passeio, sinto tranquilidade e paz, uma sensação difícil de explicar por palavras, mas demasiadamente boa para gostar de repeti-la sempre que posso.
Hoje celebra-se o dia daquela Senhora vestida de branco que, em 1917, apareceu a três meninos inocentes, provenientes de uma família simples, que andavam no campo, mostrando, mais uma vez, que Deus é amor e não procura pessoas pela sua força ou pelo seu dinheiro.
Neste 13 de maio, pensemos Nela, naquela menina que foi mãe de Jesus, com medos e receios, por tudo o que lhe estava acontecer, mas que, mesmo sem perceber o que era, sem saber o que lhe ia acontecer, disse “sim”. 
Paremos para pensar naquela mãe que acompanhou o filho até à morte e nunca questionou “porquê”. Maria acreditou em Deus e deixou que fosse feito o que estava escrito lá nas escrituras do Povo de Deus.
Nesta sociedade em que vivemos, falta-nos muitas vezes esse acreditar, esse ir em frente, sem medo, nesse dar o passo, acreditando que tudo vai correr bem.
Olhemos para Ela e caminhemos em frente, acreditando, como Maria, que Ele vai lá estar, sempre para indicar o caminho, mesmo que, muitas vezes, por vias secundárias, tornando-se mais cansativo, mais penoso do que se nos apontasse uma autoestrada.

Mas o que é a vida sem dificuldades, sem provas, sem sobressaltos?!

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