terça-feira, 23 de julho de 2013

Valores são valores e nunca se devem perder




O que hoje é uma certeza, amanhã pode não passar de uma ilusão… Cada vez mais me convenço disso… É assim, na política, é assim na sociedade, é assim nas nossas vidas, nas nossas profissões, nos nossos sentimentos… Enfim, é mesmo assim.
Quando olho para trás, recordo aquilo que, tantas vezes, acreditei que fosse certo: eram os amigos certos, as companhias certas, os lugares certos, mas que, na verdade, foram enquanto foram e agora, percebo que não são, nem nunca foram.
A vida, a idade, a maturidade fazem-nos ver o mundo com outros olhos, fazem-nos encarar a vida com outra perspetiva e perceber que apenas quem ficou, é realmente importante.
Admito que ainda acredito em muitas coisas que outros nem por isso! Acredito, porque ainda me conduzo por valores - valores que estão cada vez mais longe do comum mortal. Valores de amizade, de cumplicidade, de família, de paz e amor.
Pois é, cada vez mais, nos deparamos com um mundo de coisas vãs, de momentos apenas, de sensações que não passam disso. Na minha vida, tudo o que vivo, faço-o com a intensidade que tem de ser e com os valores que aprendi, desde pequena, com quem me educou.
Muitas vezes, oiço dizer, “hoje tudo se consegue no momento, não podemos pensar em como lá chegar. Não importam os meios, desde que os fins sejam atingidos”.  
Lamento, assim não chegarei lá…. Porque para mim, tudo conta, para tomar uma decisão, tenho de pesar bem os prós e os contra e, na minha modesta opinião - que vale o que vale - é assim que tem de ser.
É certo que estamos num mundo de leões, onde quem é mais feroz tira o melhor bocado, mas eu continuo a lutar da forma que acho que é a mais correta, com as minhas armas, que não são mais que os meus valores.
Se perco? Talvez, mas ganho muito, ganho em consciência, ganho em bem-estar, ganho em pequenos gestos daqueles que estão ali ao meu lado.

Gosto de dar, gosto de estar lá sempre que alguém precisa, gosto de aconselhar e gosto, no fim, de ver que aquilo que fiz, fez alguém melhor. Gosto de dar porque sim, porque sou assim, porque quero, porque tenho valores, porque tenho consciência de que devo lá estar sempre que for preciso…

quinta-feira, 11 de julho de 2013

A vida são dois dias



Há dias em que nos sentimos melhor, noutros em que nos sentimos pior…. Há dias em que parece que o mundo se virou contra nós, que está do avesso, mas há outros, em que percebemos que somos amados, compreendidos e só temos motivos para sermos felizes, porque a nossa família, os nossos amigos, os colegas estão lá sempre que precisamos para nos dar a mão e nos dizer “acorda”.
Hoje sinto-me cansada do trabalho, tem sido intenso, cansativo, mas muito, muito bom. Uma nova experiência que me ocupa esta cabeça complicada que é a minha, que vê problemas em todo o lado, que fica triste porque sim, que sente vontade de gritar, de se enervar, mas que o trabalho teima – e bem – em fazer esquecer.
Hoje sinto-me cansada, mas revigorada e pronta para abrir portas a todos os níveis. Deixo de lado pessimismos, tristezas e vontade de desaparecer. Deixo isso de lado, porque não me leva a lado nenhum, porque, no fundo, sou feliz, faço o que gosto, tenho junto de mim quem gosto, logo, o que me falta?
 Nada.
A vida às vezes faz-nos pensar, as pessoas também, mas quem está, está, quem não está é porque não interessa, é porque não merece estar.
A vida são dois dias e há que aproveita-los ao máximo, porque mal nos damos conta e estamos velhos, senis e a vida passou sem nos apercebemos e sem a aproveitarmos.
Às vezes falo por falar, sem sentir o que digo, mas hoje sinto e quero sentir isto mesmo. Está mais que não hora de deitar para trás das costas o que me faz mal e abrir portas para o trabalho, para a vida que me espera, para as coisas boas que, não tenho dúvidas, estão para vir.
Depois de um ano complicado, agora (sinto) as coisas vão mudar e para melhor.
Sei que sim, porque sim e é nisso que vou acreditar e crer.