quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Dúvidas que se resumem a nada




Ela está cada vez mais e mais confusa…. Cada vez se conhece menos e cada vez tem mais a certeza que os outros a conhecem mais e melhor….
 É difícil para ela explicar, basta abrir a boca para dizer mais uma das suas coisas, que já tem alguém a dizer “deixa de ser pessimista”, “deixa-te de pensamentos negativos”. Dá consigo a pensar na realidade dessas coisas que lhe são ditas, tantas e tantas vezes, e percebe, ou pelo menos tenta, que se calhar é a sua principal e maior inimiga.

Mas, e quê? Como mudar? O que fazer? “Mudar” - pensa ela - mas, passar das palavras aos atos, não é assim tão fácil.
O ano ainda agora começou e a dualidade de pensamentos, as incertezas quanto ao futuro, o vazio de sentimentos, a tristeza nos olhos rasgados que tentam sorrir, mas que a traem tantas e tantas vezes, fazem dela um vulcão prestes a entrar em erupção.
Ela sabe que não pode ser assim, sabe que tem de acalmar e dar-se uma oportunidade porque a vida também é para viver.

Sim, ela diz saber isso tudo, mas, como mudar, como fazer de si outra pessoa que não esta?
Ela faz um esforço para não ser pessimista, mas, quando está quase a atingir a linha que separa o pessimismo do otimismo, pumba, algo a faz cair….
Sim, ela sabe que tem de mudar se quer ser feliz. Sim, ela sabe, mas ela também sabe que é feliz. É feliz à sua maneira, é feliz, fazendo os outros felizes.
Ela ri, ri muito quando está bem, aliás, ela adora rir, adorar “gargalhar” (se é que essa palavra existe). Sim, ela aparentemente é a alegria em pessoa, e é o de facto, mas, no seu intimo sente que a vida não gosta assim tanto de lhe sorrir.

Será que não gosta? Ou será ela própria que não quer que a vida lhe sorria? – Pois, estas são questões que ela também faz a si própria, que também tenta dar resposta, mas a resposta teima em não aparecer.


Mas ela diz que vai mudar e que vai fazer por isso, porque a felicidade é um bem que de multiplica ao ser dividido.