Manhã de domingo, o sol espreita lá fora e cá dentro na cama o espreguiçar dos braços começa a sentir-se ainda por baixo dos
lençóis. É domingo, mas toca a levantar que já se faz tarde para ir à aventura.
À hora marcada, o grupo estava reunido e com as
malas cheias de tudo que um piquenique pede. Desde o tacho do arroz, embrulhado
em jornal (lembrando os tempos idos), até às fêveras e ao grelhador, passando
pelo carvão e terminando nos doces - estava tudo lá, à exceção do garrafão…
Lá fomos nós até Ermelo, uma pequena aldeia do também
pequeno concelho de Mondim de Basto, mas com a maior queda de água da Península
Ibérica – as Fisgas de Ermelo.
Já conhecia o local, mas, há muitos, muitos anos que
não ia lá. As Fisgas, como outros lugares em Trás-os-Montes trazem-me bastantes
recordações da minha infância. Ontem recordei os tempos em que saia de manhã com
os meus pais e regressava à noite no R5, grenã, com a mala cheia de comida e apetrechos
para passar um bom dia, debaixo de uma qualquer árvore a aproveitar a brisa e a
ouvir o chilrear dos pássaros.
Foi um dia diferente, com caminhada, risadas e muito,
muito cansaço, mas um cansaço tão bom.
No regresso,
já mal nos mexíamos, pedíamos licença a uma perna de cada vez para nos
movermos, mas o sentimento e a vontade de repetir eram os mesmos: “valeu a pena”
e “vamos regressar”.
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