Dou comigo a
pensar “onde falhei? O que fiz de mal? Porque é que as coisas acontecem assim?”
e não consigo encontrar uma resposta. Por mais que pense, por mais que tente
encontrar explicações, elas teimam em não sair, pregam-me fintas e deixam-me
ainda mais confusa, neste mar de ideias que navegam na minha cabeça.
Sou capaz de
passar horas a tentar arranjar problemas, mesmo que não os tenha, para encontrar
soluções. Sempre fui assim e acho que já não mudo.
Pode parecer
estranho, mas a minha capacidade de criar cenários para problemas e
desmontá-los é um dos meus fortes, que me desgasta, mas me dá também a
capacidade de perceber que, na vida, tudo tem solução, à exceção da morte.
Por isso, cada
vez mais, acredito na frase que diz “O que não nos mata, torna-nos mais fortes”.
A verdade é que,
nos últimos tempos, já passei por muitas experiências diferentes que me fizeram
rir, chorar, gritar e, mais que tudo, questionar. No entanto, no meio da confusão
de pensamentos e sentimentos que pairam dentro do meu cérebro, entendo que o
que tiver de ser será. A vida é assim, prega-nos partidas, dá-nos o que não
estamos à espera (para o bem e para o mal), mas é assim mesmo.
Muitos falam de
destino, outros de coincidências. Eu, sinceramente, não sei o que lhe hei de
chamar, ainda não consegui perceber se essa coisa de “destino” existe ou se é
apenas mais um mito criado. O que sei é que, muitas vezes, quando menos
esperamos algo que não contávamos aparece na nossa vida, faz-nos mudar, faz-nos
mais fortes, mais frios ou mais compreensivos – enfim, é a vida (como
costumamos dizer).
Por isso,
devemos aproveitar cada momento como se fosse o último, devemos aproveitar o
que a vida, o destino ou as coincidências nos dá. Porque um dia, um dia pode
ser tarde e pensar no passado, no que podia ter sido e não foi, já não fará
sentido, já não trará nada de volta.
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