quinta-feira, 15 de março de 2012

A arena da vida




Sentada no lado direito da cama, com o pequeno ecrã que dá imagens à frente, mas que apenas serve para fazer barulho, dedico-me a este "papel branco" onde, com pequenos toques no teclado, vão surgindo palavras que isoladas nada querem dizer, mas que espero que juntas digam alguma coisa.
Inspiração não tenho tido muita, é certo, mas o chilrear dos pássaros lá fora a anunciar a primavera - que deverá chegar na próxima semana, embora com o tempo que tem feito, já pareça de verão – a par dos raios de sol que entram pela janela entreaberta dão mote para pensamentos, uns bons, facilitados pelo cenário, outros que traem a boa disposição e fazem soltar uma lágrima.
Hoje, acordei com vontade de dizer ao mundo que vou vencer, que vou voltar a sorrir, a rir, mesmo que o tempo se torne cinzento e a chuva invada o meu coração.
Hoje acordei com vontade de dizer ao mundo que, apesar das pedras que teima em colocar no meu caminho, vou vencer, vou atirá-las para um local onde não voltarão a aparecer, para um sítio - lá no infinito - onde ninguém, por mais que tente, vai encontrá-las.
Hoje acordei com vontade de dizer ao mundo que vou lutar por aquilo que me é devido, vou fazer deste meu mundo um mundo melhor!
Como? Sinceramente não sei, o que sei é que hoje acordei com vontade de o enfrentar, de enfrentar os problemas como um forcado enfrenta o touro numa qualquer arena.
O caminho não será fácil, aliás e pegando na alusão anterior, nunca ouvi um forcado dizer que uma pega é fácil e que o toiro facilita… mas o que é certo é que ele consegue e eu também vou conseguir.
Andar, correr, saltar, chorar, rir, sorrir apenas, enfim, são verbos que certamente acompanham o forcado no seu percurso e que me vão acompanhar, mas, tal como o homem de calções castanhos, casaco vermelho e chapéu verde e vermelho vence frente à força daquele animal com um peso em muito superior ao seu, qualquer pessoa consegue ultrapassar e enfrentar as agruras da vida da mesma forma, com o mesmo empenho e o mesmo afinco.
Depois é só esperar que a plateia, essa que está ali nas bancadas que ladeiam a arena, se entusiasme e bata palmas à excelente pega.
Na vida, também assim é, esperamos que a nossa plateia esteja ali para bater palmas e a torcer para que  a nossa pega seja boa, seja à primeira e se assim não for que, ao menos, seja uma boa pega.
Que a cada tentativa, com quedas e arranhões, tenhamos a certeza que venceremos e seremos capazes de superar e ultrapassar essas pedrinhas que a vida teima em colocar no nosso caminho!

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