segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Caixa de Crédito Agrícola de Felgueiras investigada no âmbito do processo do futebol do Felgueiras

Os juízes do Tribunal de Felgueiras mandaram para o Ministério Público um conjunto de documentos do chamado "processo do futebol" por suspeitas de crime de falsificação.
Segundo a edição desta manhã do Jornal de Notícias, os papéis em causa foram juntos ao processo por um funcionário da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Felgueiras, de nome Artur Faria, e referem-se a diversas cartas datadas de 1994 e alegadamente assinadas por dirigentes daquela instituição dirigidas a administradores e clientes. Os assuntos são, em especial, dívidas da Câmara de Felgueiras e do F. C. Felgueiras.
O alerta sobre a suposta falsidade de seis cartas foi dado aos juízes por um dos dez arguidos que, a par de Fátima Felgueiras, acabaram absolvidos de todas as acusações, na semana passada.
Fernando Lima, industrial do calçado que em tempos foi dirigente da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Felgueiras e também do F. C. Felgueiras, garantiu apenas ter iniciado o exercício de funções como dirigente naquela instituição de crédito a partir de Janeiro de 1995. No entanto, algumas das cartas estão datadas de Setembro de 1994.
Recorde-se que na altura, vários dirigentes da Caixa de crédito agrícola de Felgueiras eram ao mesmo tempo dirigentes do clube de futebol, tendo sido detectados casos de concessão de crédito e de elevados saldos de contas a descoberto, que obrigaram à intervenção da Caixa Central do Crédito Agrícola. Chegaram a ser emprestados 1,5 milhões de euros sem garantias e o saldo negativo de conta à ordem atingiu os 500 mil euros.
Ainda segundo o JN, os documentos não foram valorados pelos juízes como prova credível, atendendo às suspeitas de falsidade. O Ministério Publico deverá agora investigar eventuais crimes de falsificação. No entanto, a ser verdade este caso, por remontar aos anos de 1994/95, pode verifica-se os ilícitos estarem prescritos.

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