segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Dia Mundial da Rádio - o meu mundo

                                          


Em dia Mundial da Rádio, não podia deixar a data passar em branco!
A Rádio que preenche 90% do meu dia, a rádio que me faz sonhar, a rádio que é o meu mundo….
Em Dia Mundial da Rádio, as recordações surgem a cada minuto que passa.
O primeiro contacto com o meio, o medo de falar para o microfone, a vergonha, a timidez que se fazia notar na voz trémula que teimava em atraiçoar-me….Momentos complicados na altura, que me custaram um pouco, mas que recordo com um grande sorriso nos lábios!
O primeiro contacto com o meio, ainda que o que gravei não tocasse em nenhuma frequência, foi naquele pequenino estudo, na Escola Superior de Jornalismo. Foi estranho! Aquela voz, não era a minha… claro, nunca me tinha ouvido.
Depois dos bancos da escola, o primeiro contacto radiofónico a sério foi ainda mais estranho…tudo era novo.
Eram os auscultadores nos ouvidos, o microfone em frente à cara, as paredes forradas com um material próprio para não ecoar, os computadores, era um mundo novo ao qual tinha de me habituar - afinal sempre tinha sido o meu sonho, não podia, nem queria voltar atrás.
“On air” foi uma das expressões às quais tive de me habituar e com as quais me dou muito bem.
A magia da rádio é de facto algo que me encanta e me fascina.

A cada dia, uma nova experiência, uma nova sensação. A partir do momento em que a via do microfone se abre, partimos para uma nova aventura. Lá do outro lado, as pessoas imaginam o que se passa no mundo e no país… Cá do outro lado do microfone, nós trabalhamos para contar às pessoas o que se passa no país e no mundo (como diria o outro) e vamos falando e imaginando as pessoas que nos ouvem.
Sentimentos diferentes, mas que tenho a possibilidade de viver os dois da mesma forma.
Já não é a primeira vez que falo sobre rádio, sobre a sua magia e sobre o que ela significa para mim, mas, de cada vez que o faço, sinto uma enorme vontade de continuar a fazer dela o meu mundo.
Desde pequena que este mundo me desperta interesse. O saber quem fala, o imaginar quem está do outro lado, como é: alto, magro, gordo ou baixo…. Tudo coisas que me surgiam (e surgem) sempre que ligava (ligo) o rádio e me deparava (deparo) com uma voz diferente.
Um exercício que gosto de fazer porque é aqui que está essa magia de que falo.

Mas há mais e a rádio é, de facto, muito mais….
Hoje, cada vez mais, este é um meio que vai perdendo importância, tantas são as ofertas que nos entram diariamente pela casa dentro.
É verdade que a rádio não tem o impacto que tinha em tempos idos, mas a rádio é, e foi, um dos meios de comunicação mais versáteis e mais à “mão de semear”, como se diz na minha terra….
É claro que não podemos equiparar a importância da rádio nos nossos dias, aos tempos em que as pessoas se juntavam com os ouvidos colados à grafonola para saber, por exemplo, - no que à realidade portuguesa diz respeito - o que se passava com os nossos compatriotas que se batiam nas colónias, numa guerra sem sentido, mas que tinha de ser, porque o regime assim o tinha determinado; ou para ouvir os discursos do Salazar e do regime…. Mas podemos lembrar-nos dela como um meio importante, como o meio que nos levou à democracia, pelo preponderante papel que teve, por exemplo, na revolução que nos deu a liberdade!
De facto, cada vez mais, ouvimos entendidos dizerem que a rádio tem os dias contados, que a internet é que é o futuro.
Eu não acredito, a rádio continua a ser um meio de excelência, se não reparem: o que é uma televisão que coloca no ar um som, sem imagem? Não é rádio?!
Quando há uma notícia de última hora, na maioria das vezes, onde é que ela é dada em primeiro lugar? Na rádio claro está!
Seja como for, tendo ou não os dias contados, a rádio foi, é e será sempre a minha paixão.

Quem já fez ou faz rádio, sabe do que falo. Aquele bichinho a que tantos e tantos se referem fica sempre, sempre, sempre!




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