Esta sexta-feira acorda mais pobre, o
mundo perdeu um exemplo de luta pelos direitos humanos, de luta pela igualdade
e pelo bem da humanidade.
Aos 95 anos, depois de uma vida dedicada
aos outros, Nelson Mandela deixa-nos, mas ficamos com a certeza que fez um
mundo melhor.
Dizia aquele que viveu para os outros que
“o homem corajoso não é aquele que
não sente medo, mas sim aquele que vence o medo”. Ele próprio venceu o medo, o
medo de represálias, o medo da vingança, o medo de lutar por um povo.
O negro
que fez história nunca cruzou os braços, nem deixou que aquilo que era comum,
aquilo que todos viam, mas não tentavam mudar, perpetuasse no tempo. Mandela
quis mais, Madiba, como ficou conhecido, sofreu horrores, mas não parou, não se
resignou à sua condição e lutou sem olhar para trás.
O homem
que lutou pela educação, pelos direitos, pela vida, na cadeia, deixou o mundo dos
vivos, mas lá, onde quer que esteja, continuará a lutar pelo bem, pela igualdade, num
mundo que idealizava como sendo igual para todos. “Sonho com o dia em que todos
compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos», disse um dia.
Nelson
que lutou com palavras, que sempre acreditou que a educação era o pilar, a base
de tudo, despediu-se de um mundo que era o seu, mas que queria muito melhor.
Conseguiu mudá-lo em muito, mas não, como certamente, queria.
Mandela
disse um dia: «ninguém nasce a odiar outra pessoa pela cor de sua pele, pela
sua origem ou pela sua religião. Para odiar, as pessoas é preciso aprender. E
se as pessoas podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar». Nem
mais, amemo-nos e digamos sempre que nos apetecer, independentemente da cor, da
crença religiosa, do estatuto social, que gostamos, porque somos todos iguais e
devemos viver como tal.
De resto,
termino com mais um pensamento deste grande homem que sempre viveu para os
outros:
«Há
vitórias que são importantes apenas para aqueles que as conseguem».
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