quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Um “Gosto-te” pode fazer a diferença num mundo de hipocrisia



Um “gosto-te” pode fazer a diferença num mundo de hipocrisia, num mundo que magoa, oprime, desilude e faz sofrer.
Um “gosto-te” pode  fazer a diferença num mundo onde os valores se perderam, onde o que é certo se confundo com o errado, onde o respeito se confundo com desrespeito e por aí fora.
Cada vez mais o mundo é o contrário daquilo que queríamos que ele fosse.
Mas será correto dizer que o mundo é tudo isto?
O mundo não será apenas o conjunto de tudo o que o compõe e não será isso que nos oprime, nos mata, nos deixa tristes e desiludidos?
Acho que, perante isto, restam poucas dúvidas. As pessoas, a sociedade, cada um de nós faz deste um mundo cada vez pior, onde se mata só porque sim, onde não há respeito, não há amor, onde se confunde o certo com o incerto, o justo com o injusto.
E será neste mundo que queremos viver?
Será que não está na hora de dizer “basta” e começar a mudar?
Sim, eu sei, se for só eu, ou tu, ou nós a mudar, não se vai sequer notar.
Sim, é verdade, mas se ninguém o fizer, se ninguém tiver a iniciativa de começar, ora então, vamos continuar neste mundo de tristeza e sofrimento.
Por isso, está na hora de dar um passo, nem que seja um pequeno passo para fazer a diferença.
Um passo que pode passar por dizer um “Gosto-te”, um “Apeteces-me” ou então, simplesmente, um “Desculpa”.

Vale a pena pensar nisso!


segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Sentir-me sem me sentir – o mau feitio que me faz pensar



Há vários dias que me sinto, como que sem me sentir. Confuso? Talvez….
É assim que me sinto por estes dias, confusa, sem vontade de rumar, porque o medo de avançar na direção errada me persegue desde sempre e - tenho cá para mim - para sempre.
Ao olhar para trás, percebo que todos os passos da minha vida são pensados ao mais ínfimo pormenor, são ponderados com imensos “ses”, com imensa cautela.
Sempre fui assim, em tudo na vida. Em coisas tão simples como mudar de penteado ou escovar os dentes, na minha cabeça surge sempre o “e se…”.

São feitios… e por falar em feitios – muitos dizem que tenho mau feitio. Pergunto eu: o que é ter mau feitio?

É dizer o que se pensa sem papas na língua? É ser sincero/a? É ser-se duro quando se tem de ser? É manifestar desagrado quando se está desagradado?

É que se é isto, eu tenho muito mau feitio mesmo, admito. Não levo desaforos para casa, não deixo de dar a minha opinião, tenho o coração à beira da língua…

Muitos dizem “esse teu mau feitio….”. Pois é, tenho mau feitio, mas sei onde vou, com quem vou e para onde quero ir. Não maltrato ninguém, tenho todos os que amo comigo, e portanto os que não estão é porque não interessam para a minha vida.

Por falar em vida….

Com o tempo, temos de aprender a lidar com as situações, aprender a fazer de conta que concordamos, tentar fechar a boca, mesmo quando ela teima em não se calar.
Já tentei, já tive lutas violentas comigo própria nesse sentido, mas se consigo calar a boca, não consigo fazer o mesmo com os olhos. Sim, os meus olhos têm vida própria. Não, não sou estrábica, mas os meus queridos olhos soltam palavras mesmo quando não quero, mesmo quando estou calada. Eles são o espelho do que sinto, o espelho do que quero dizer, mas não posso. Ou seja, os meus olhos são o meu maior denunciador. Não me deixam mentir, não me deixam ocultar nada.
Concluindo, eu não tenho mau feitio, os meus olhos é que têm e contra eles não consigo fazer nada… afinal não podemos atentar contra os doentes e os meus olhos são efetivamente doentes, (têm perto de cinco dioptrias cada um)…

Ora, conclusão:

Sentir-me sem me sentir – é o que tem acontecido no meu mundo, um mundo confuso, turbulento de sentimentos, cansado de “ses” e “porquês”, de mau feitio…mas contra o qual não posso, nem quero lutar!



quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Meu querido mês de Agosto



Agosto mês de emigrantes – mês de confusão

A cada ano que passa, o mês de Agosto é dos poucos que mantém a tradição. Por estes dias, torna-se praticamente impossível circular pelas ruas de qualquer cidade e basta olhar para as matrículas para se perceber que está ai mais um “querido mês de Agosto”.
Se para quem regressa dos países de acolhimento é uma alegria, para nós é um problema diário, sem solução. As filas intermináveis, a falta de lugares de estacionamento, a confusão nos locais de comércio, enfim, um conjunto de entraves e de condicionamentos à nossa rotina que nos põe a cabeça em água….Ai “meu querido mês de Agosto” vê la se te orientas, porque nós precisamos continuar a trabalhar, a circular nas estradas e a ter lugares de estacionamento.
Hoje andei mais de meia hora às voltas para estacionar, depois de ter estado parada numa fila de carros que não iam dar a lado nenhum, ou pelo menos parecia, quando finalmente encontrei, foi a pagar. De hora em hora, outra tarefa, ir meter mais uma moedinha, para não levar multa…

Oh "meu querido mês de Agosto", compreendo que sejas o mês dos encontros e reencontros, das férias, das viagens, do calor (este ano nem muito), das esplanadas, dos convívios, mas vai lá com calma porque assim não é fácil…