Era uma vez…Ontem
já a noite ia longa, ao abrir o facebook, deparei-me com um rosa choque em
muitas das fotografias de perfil dos amigos e pensei que era mais uma daquelas
campanhas que esta rede social tantas vezes tem e faz. Mas não, era em
homenagem à Nonô, uma linda menina que teve o azar de ser visitada pelo
bichinho mau e não resistiu.
Pois é, ouvimos
diariamente falar de casos oncológicos que nos arrepiam, que nos são próximos, que
nos deixam com o coração apertadinho, mas olhar para uma menina de cinco anos,
ver o que sofreu, o que passou e ver a força que teve, a forma como tratou
aquele malvado wills é uma lufada de ar fresco….
A menina que não
fez mal a ninguém, viu-se com uma doença incurável, num espaço que não era o
seu, mas, mesmo assim, não deixou de ser princesa… Com uma família feliz,
Leonor era assim que se chamava a Nonô, foi invadida por um tumor bilateral nos
rins, com metástases nos pulmões, e, mesmo assim, não desistiu e, mesmo assim,
no meio da dor da doença, no meio dos tratamentos, dizia à família, aos irmãos,
de quem era a menina dos olhos, que a dor era passageira.
Aos amiguinhos
que fez no IPO, mostrou que aquele era um local onde se podia ser feliz, onde
se podia rir, porque ali era o local onde lhes davam mais qualidade de vida.
Olhando para
esta princesa que nunca deixou de sorrir, apenas quando vencida pela morte, é
caso para pensar: o que são os nossos problemas comparados com os dela?
Queixamo-nos de quê e porquê?
Mais, vou mais
longe e pergunto: que mal fez este anjinho para ser apanhada por esta doença horrível?
Porque é que uma criança tem de sofrer assim? Será que Deus quer isto, daqueles
que tanto ama?
Estas perguntas
não têm resposta, mas talvez um dia, cada um de nós venha a perceber que cada
Nonô que vai aparecendo no mundo, surja para mostrar que as coisas pequenas da
vida são grandes e que a vida é para ser vivida com um sorriso, sem queixas,
com determinação.
Hoje pensemos em
todas as Nonôs que existem por aí e demos valor ao que temos. Porque o
importante é ter a “casa cheia de amigos e lábios pintados”, ou seja, o
importante é aproveitar tudo de bom que a vida nos dá e não nos prendermos a
coisas mesquinhas, a coisas supérfluas, sem interesse.
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