Valores, educação
e informação. Três palavras que podem parecer insignificantes, mas que, na
verdade, são o fio condutor da sociedade, são a base do crescimento do ser
humano, o alicerce do mundo.
Hoje, onde estão
esses três conceitos? Onde os podemos encontrar? Quem os tem? Quem os deve
transmitir?
A cada dia que
passa, somos confrontados com notícias que nos entram casa dentro, de violência
desmedida, de pais que matam filhos, de filhos que agridem pais, de crianças
que são violentadas pelos progenitores, de jovens que se agridem gratuitamente,
sem motivo aparente, muitas vezes, apenas e só, para se afirmarem como lideres e
fortes….Enfim, um sem número de situações que nos fazem ficar perplexos, mas já
conformados, com o que se passa por aí, às vezes tão perto de nós.
A culpa é de
quem? Foi a pergunta que mais se ouviu, esta quarta-feira, depois do vídeo de agressões
entre jovens, que se tornou viral nas redes sociais.
Já li e ouvi
muitas opiniões, mas considero que o problema reside na falta de valores e,
acima de tudo, de educação.
Hoje vivemos
numa sociedade onde a educação se faz com ofertas de tablets, telemóveis de
gama alta e outros aparelhos informáticos para colmatar a falta de tempo e
afeto para com os filhos.
Vivemos num
tempo, numa era, em que o ritmo de vida é demasiadamente acelerado, em que os
pais saem de casa bem cedo, “despejam” os filhos na escola, e regressam à noite
para os rececionar como se de uma
encomenda se tratasse.
Cansados de um dia
de trabalho, chegam a casa e cada um segue a sua “vida”, não há tempo para
conversar, para perguntar “como correu o dia” ou simplesmente “se está tudo bem”.
Às crianças dão
o tablet ou uma qualquer consola para que se entretenham e não chateiem que o
dia foi longo e há ainda umas coisas para fazer em casa. Aos mais velhos, já nem
é preciso dizer nada, estes chegam, metem-se no quarto no computador, sendo
acordados para o mundo, com um “vamos jantar”.
Não há tempo
para se conhecerem, nem sequer vontade de partilhar, de aconselhar
e dar nas “orelhas” se preciso for.
Depois,
deparamo-nos com situações como a que vimos hoje. Sim, não será única, haverá tantas
outras espalhadas por esse país fora…
Esta situação pode
não dar em nada, no entanto, este vídeo, daquelas meninas que acharam piada a
bater no jovem indefeso, esta projeção, é mais um alerta para a sociedade que
temos, para os jovens que estamos a formar e que serão o futuro do país.
É isto que queremos?
Será este o caminho para o nosso país, para a nossa sociedade?
Quando era
pequena, se fizesse uma asneira, levava um tabefe, fosse dos pais ou do
professor e ouvia “para a próxima levas mais”. Hoje se isso acontece, ouve-se “vai
ser acusado de maus tratos”.
Não sou
apologista do “bater”, mas sempre ouvi dizer que “uns bons tabefes na hora
certa nunca mataram ninguém”.
Levei alguns dos meus pais e na
escola primária, e quê, sou menos por isso? Foi violência? Não sei,. Sei que fizeram-me crescer e aprender os valores e as responsabilidades da vida.
O que aconteceu
hoje, deve fazer os pais e os educadores refletir sobre a forma como estão a
preparar as crianças para o futuro.
O acompanhamento
permanente é fundamental – Vale a pena pensar nisto.
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