Hoje temos uma
grande dificuldade em acreditar. É verdade que a sociedade sofreu muitas alterações,
que se tornou fria, amarga, por vezes, e conflituosa.
É verdade que o mundo se
tornou “egoísta”, mas não podemos deixar que essa mudança, essa “desumanização”
conduza a nossa vida, trace o nosso caminho.
Recuemos a 1917, a uma pequena aldeia perto de Coimbra….
Num dia normal,
como tantos outros, para aqueles meninos pastores, Maria apareceu do nada,
apenas mostrando o seu amor. Assustados, com medo do que lhes poderia acontecer,
não ficaram calados e foram contar o que tinham visto (como Jesus mandou os
seus discípulos fazer). Sofreram represálias, foram acusados de mentir, mas não
deixaram de anunciar o que tinham visto e hoje Fátima é um lugar de culto para
muitos.
Quando se fala
de Fátima e de devoção, muitos daqueles que colocam em causa tudo o que a religião
comporta, criticam e apelidam o local de ser um espaço comercial. Sim, é-o para
muitos, mas para quem acredita é muito mais - é amor.
Todas as vezes
que entro no recinto, quase sempre em passeio, sinto tranquilidade e paz, uma sensação
difícil de explicar por palavras, mas demasiadamente boa para gostar de
repeti-la sempre que posso.
Hoje celebra-se
o dia daquela Senhora vestida de branco que, em 1917, apareceu a três meninos
inocentes, provenientes de uma família simples, que andavam no campo, mostrando,
mais uma vez, que Deus é amor e não procura pessoas pela sua força ou pelo seu dinheiro.
Neste 13 de
maio, pensemos Nela, naquela menina que foi mãe de Jesus, com medos e receios,
por tudo o que lhe estava acontecer, mas que, mesmo sem perceber o que era, sem
saber o que lhe ia acontecer, disse “sim”.
Paremos para pensar naquela mãe que
acompanhou o filho até à morte e nunca questionou “porquê”. Maria acreditou em
Deus e deixou que fosse feito o que estava escrito lá nas escrituras do Povo de
Deus.
Nesta sociedade
em que vivemos, falta-nos muitas vezes esse acreditar, esse ir em frente, sem
medo, nesse dar o passo, acreditando que tudo vai correr bem.
Olhemos para Ela
e caminhemos em frente, acreditando, como Maria, que Ele vai lá estar, sempre
para indicar o caminho, mesmo que, muitas vezes, por vias secundárias,
tornando-se mais cansativo, mais penoso do que se nos apontasse uma autoestrada.
Mas o que é a
vida sem dificuldades, sem provas, sem sobressaltos?!
Sem comentários:
Enviar um comentário