Num breve "folhear eletrónico" pelos jornais, esta manhã,
deparo-me com uma boa notícia que me leva logo a pensar numa outra. Confuso? Eu
explico.
Hoje é publicada uma notícia num dos diários de grande
tiragem que dá conta de um estudo que diz que “a Universidade do Porto é a mais
bem classificada em Portugal em sete dos principais rankings
internacionais e está entre as 100 melhores universidades da Europa”.
Ora ao ler isso, o meu pensamento foi logo ao encontro da notícia que tem marcado a atualidade nos últimos dias: a licenciatura do nosso ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, senhor que - diga-se - nos últimos tempos, tem preenchido páginas e páginas de jornais, não pelas melhores razões.
Ora ao ler isso, o meu pensamento foi logo ao encontro da notícia que tem marcado a atualidade nos últimos dias: a licenciatura do nosso ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, senhor que - diga-se - nos últimos tempos, tem preenchido páginas e páginas de jornais, não pelas melhores razões.
Para os mais desatentos, é preciso explicar que o nosso
prezado governante se licenciou em 2007, na Universidade Lusófona, em apenas um
ano. Superdotado?!
Não, nada disso! Dizem os meus colegas “jornaleiros” (em quem
eu acredito), que o Sr. Dr. frequentou nos anos 80 do século passado os cursos
de Direito e História, mas não terminou qualquer um deles. A explicação para
não ter terminado os referidos cursos, segundo o ministro, ficou a dever-se ao
seu envolvimento na política “ainda muito jovem”.
Ora depois disso, Relvas decidiu voltar aos bancos da escola
(isto como quem diz…) e fazer o que deixou para trás há mais de 20 anos. Mas
teve sorte, precisou apenas de um aninho, tudo porque lhe foram concedidas
equivalências dos ditos cursos que frequentou, e, diz que, também contou o
currículo profissional.
E é este o país que
temos….
Uns andam anos a
estudar, a pagar propinas, a esforçarem-se para aprender, a quererem saber mais,
a cumprirem as leis do país, e, outros, inclusive governantes, (recordemos para
além deste, o caso de José Sócrates) com a sua experiência profissional
conseguem um curso.
Será justo?! Será com
estas decisões que o país vai progredir?!
Muitas vezes, ouvimos dizer
que quando se termina um curso não se sabe nada, só a experiência no mercado de
trabalho vai fazer das pessoas boas ou más profissionais. Até aqui, tudo certo,
eu tive essa experiência pessoal. No entanto, apesar de sairmos da universidade
sem experiência, saímos com os conhecimentos que depois no campo, vamos aplicar
da melhor forma, desde que – claro - nos deem oportunidade.
Andam anos e anos
sempre com o mesmo discurso da importância da formação, aumentam a escolaridade
obrigatória e depois sabe-se que um governante, um dos que manda e desmanda no
país, consegue um curso sem o frequentar e logo de Ciências Políticas e
Relações Internacionais.
Pensando bem, agora se
entende como vai a política no país…. Se os senhores que governam tiram cursos
sobre a matéria em 12 meses…não será preciso mais explicações.
O que me revolta é
saber que há tantas pessoas a sacrificarem-se para conseguirem, a passarem
necessidade para se formarem, a trabalhar e estudar para conseguirem o que
tanto querem e, depois, vêm estes senhores que viveram sempre do dinheiro do
povo, aqui e ali, a viverem à custa do Estado e, como se não bastasse,
conseguem um curso num ano.
Enfim… cancros de uma sociedade debilitada que
luta para dar a volta, volta essa que se torna difícil face a este tipo de notícias
que nos entram pela casa dentro a cada dia!
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