A imagem da
criança morta na praia que nos entra pelo pequeno ecrã a todo o momento dói - dói
porque se trata de mais um de muitos seres
humanos que sofrem dos males da sociedade, dos males de uma sociedade sem escrúpulos,
onde só o dinheiro e o poder interessam.
A imagem do
menino morto na praia choca, mas é um choque que tem de ser mostrado ao mundo
para que os senhores do dinheiro e do poder percebam que é necessário intervir,
que é preciso salvar estes inocentes que nasceram numa terra, onde, em vez de
paz, existe guerra, onde vivem atormentados pelas granadas e pelas armas que ferem
e matam sem mais nem porquê.
Está na hora de
dizer basta – chega de pensar só no poder e no dinheiro a troco de nada.
Está na hora de
olhar para estes países onde a realidade é só e apenas destruição.
Há dias, ouvia
um migrante dizer “eu sei que é arriscado, mas eu só quero tomar o pequeno-almoço
em paz, sair à rua sem medo de levar um tiro e morrer, sem saber porquê”.
Fez-me pensar…
Pensar que somos um bando de egoístas, que vemos as imagens e pensamos “ainda
bem que vivemos num cantinho”. Vivemos o tanas, temos obrigação de dar as mãos
e ajudar esta gente que tem, ou deveria ter, as mesmas condições que nós, pois
todos somos humanos, todos somos iguais.
Está na hora de
dizer a estes senhores que mandam no mundo que o façam, mas com humanidade e,
acima de tudo, com dignidade. Se somos todos iguais, demos a todos as mesmas
oportunidades.
As imagens
tornam-se cada vez mais banais aos olhos de muitos, mas não o são. São
dramáticas e estão a atingir proporções assustadoras.
Que aquele
menino que “dorme” no sono da morte, abra os olhos de quem finge não ver o
drama de famílias inteiras, a tragédia que se abate junto dessas pessoas, uma calamidade
sem fim à vista.
Calem-se as
armas, salvem-se inocentes que não querem mais que “tomar o pequeno-almoço em
paz”.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminar