A história
começou talvez há 70 anos atrás, mais ano, menos ano. Dois adolescentes
conheceram-se e decidiram constituir família. Do primeiro ao 14º filho, foram
precisos vinte e pouco anos.
A família foi
aumentando, as dificuldades também, mas onde todos ajudavam, nada faltava.
Não conheço
verdadeiramente a história, mas vou ouvindo aqui e ali, as coisas que eles, os
que nasceram do amor daqueles dois adolescentes, vão contando.
“Uma sardinha
para três…. Uma roupa que tinha de ser partilhada entre todos, a cama onde
dormiam três ou quatro…” – entre tantas e tantas peripécias que nos fazem
pensar a nós que somos a segunda e terceira geração.
As coisas nunca
abundaram, mas, segundo eles, também nunca faltaram. Hoje desse amor, que durou
talvez perto de 30 ano, resta ele (o adolescente alto e espadaúdo, com um ar
bem jeitoso, hoje alto, de cabelos brancos e com uma memória muito traiçoeira), e
treze dos catorze frutos.
Ela foi embora
mais cedo, com quarenta e poucos anos, deixando a família fisicamente, mas que nunca esqueceu – não tenho dúvidas que olha por cada um de nós. Ela
foi, mas deixou uma família unida até hoje.
Para mostrar
essa união, ontem foi o dia escolhido para todos se encontrarem e trocarem,
mais uma vez, impressões sobre aquilo que era antigamente e como é agora.
O primogénito e
a caçula a fazerem as honras da casa, neste caso do restaurante. Os mais novos
a brincar e a fazer barulho…. Foi um encontro diferente, onde toda a família,
ou quase toda, se encontrou e festejou.
A todos um feliz
natal e um ótimo ano novo.
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