Todos
gostamos do calor, do sol, dos dias tórridos de verão, mas, no que toca a
cuidados, esquecemo-los completamente.
Depois, olhamos para os nossos montes, para as nossas belezas naturais e o que vemos?
Vemos
tudo queimado, com um cheiro que retrata bem o trabalho daqueles homens e mulheres
que passaram horas da sua vida - grande parte, sem qualquer recompensa, a não ser
a recompensa do coração e do sentir-se bem - num combate desigual com as
chamas.
É
triste ver a cada verão a abertura dos telejornais. É o desolar de centenas de
pessoas que perdem as suas coisas, as suas casas, os frutos do trabalho de uma
vida. É ver os bombeiros numa correria contra o tempo, contra o vento, contra
as chamas, contra um inimigo que não tem piedade, que basta aproximar e mata
sem dar oportunidade de recuo.
Sempre
tive respeito por estes homens e mulheres, conhecidos como os soldados da paz e
são-no na realidade. No meu percurso jornalístico, tive oportunidade de “cobrir”
alguns incêndios, reportando momentos, emoções, sentimentos contraditórios, lágrimas
de quem perde tudo e dos homens e mulheres que não conseguem dominar as chamas –
momentos que guardo e que me fazem ter um respeito especial por estas pessoas!
Aliás,
todos nós temos de agradecer a quem deixa a sua casa, a sua família e as suas
coisas por uma causa como esta.
Que bom
que era haver um verão sem incêndios, que bom que era haver um verão sem mortes
de bombeiros, sem dor, nem sofrimento nas corporações que perdem amigos,
colegas e bons profissionais.
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