Ela está cada
vez mais e mais confusa…. Cada vez se conhece menos e cada vez tem mais a
certeza que os outros a conhecem mais e melhor….
É difícil para ela explicar, basta abrir a
boca para dizer mais uma das suas coisas, que já tem alguém a dizer “deixa de
ser pessimista”, “deixa-te de pensamentos negativos”. Dá consigo a pensar na
realidade dessas coisas que lhe são ditas, tantas e tantas vezes, e percebe, ou
pelo menos tenta, que se calhar é a sua principal e maior inimiga.
Mas, e quê? Como
mudar? O que fazer? “Mudar” - pensa ela - mas, passar das palavras aos atos, não
é assim tão fácil.
O ano ainda
agora começou e a dualidade de pensamentos, as incertezas quanto ao futuro, o
vazio de sentimentos, a tristeza nos olhos rasgados que tentam sorrir, mas que a traem
tantas e tantas vezes, fazem dela um vulcão prestes a entrar em erupção.
Ela sabe que não
pode ser assim, sabe que tem de acalmar e dar-se uma oportunidade porque a vida
também é para viver.
Sim, ela diz
saber isso tudo, mas, como mudar, como fazer de si outra pessoa que não esta?
Ela faz um
esforço para não ser pessimista, mas, quando está quase a atingir a linha que
separa o pessimismo do otimismo, pumba, algo a faz cair….
Sim, ela sabe
que tem de mudar se quer ser feliz. Sim, ela sabe, mas ela também sabe que é
feliz. É feliz à sua maneira, é feliz, fazendo os outros felizes.
Ela ri, ri muito
quando está bem, aliás, ela adora rir, adorar “gargalhar” (se é que essa
palavra existe). Sim, ela aparentemente é a alegria em pessoa, e é o de facto,
mas, no seu intimo sente que a vida não gosta assim tanto de lhe sorrir.
Será que não gosta?
Ou será ela própria que não quer que a vida lhe sorria? – Pois, estas são questões
que ela também faz a si própria, que também tenta dar resposta, mas a resposta
teima em não aparecer.
Mas ela diz que
vai mudar e que vai fazer por isso, porque a felicidade é um bem que de
multiplica ao ser dividido.
Sem comentários:
Enviar um comentário