Numa altura em que somos convidados a aumentar tudo que há em nós (o amor, a amizade, a compaixão, a roupa, a barriga, as pernas, a celulite), basta ligar a televisão, o rádio ou folhear o jornal e, de facto, percebemos que esta é a altura de aumentos – muitos aumentos - mas não estes a que me referia…
Nos últimos meses, mais precisamente seis (os que o este governo... está no poder – faz hoje) que a cada dia que passa, quase podemos adivinhar os destaques das notícias, podemos não saber ao pormenor os títulos, mas sabemos, de certeza, que “aumentos” e “crise” e “troika” são termos recorrentes.
Aumentos nas taxas moderadoras, aumentos no IRS, aumentos do IVA, e consequentes aumentos dos preços produtos, aumento do desemprego, aumento de tudo e de nada….
Mas o problema maior é mesmo o de sabermos que, apesar de todo este esforço que o governo nos pede para fazer, não vai haver qualquer resultado….
No entanto, e apesar de todos estarmos preocupados e tentarmos encontrar soluções para o problema, soluções para dinamizar a economia e promover o emprego, o governo está mais preocupado mandar-nos dar uma volta, talvez e porque não, para países lusófonos….
Esta última saída do nosso PM, de resto, já saudada por alguns dos seus discípulos e mesmo por alguns dos seus rivais dentro do partido (caso de Paulo Rangel), é de gritos - convidar os jovens desempregados a fazer as malas e porem-se literalmente a mexer daqui para fora???
Oh sr, Dr. Passos Coelho, mas afinal o que quer para o país? É melhor ser claro e, de uma vez por todas, dizer qual é o seu objectivo, em vez de andar a tapar o sol com a peneira e a fazer experiências que só nos arruínam mais e mais, levando-nos a um beco sem saída e sem possibilidade de retorno.
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