terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Até sempre 2014 – olá 2015




Mais um ano chega ao fim e dou por mim a pensar, a fazer o balanço…
Na azáfama do dia-a-dia, mal pensamos no que nos acontece, mal refletimos sobre a nossa vida, as alterações, os momentos, as atitudes, em suma, mal pensamos na vida!

Porque não fazê-lo no final do ano….

No ano passado, por esta altura, tinha um desejo que se sobrepunha a todos os outros: ter trabalho – esse concretizou-se.
O ano de 2014 chega ao fim e, na hora de fazer o balanço, tenho de admitir que só me trouxe coisas boas.
Embora, muitas vezes reclame contra Ele, quando paro e penso, percebo que Ele esteve lá sempre, nos piores e nos melhores momentos.
Por isso, agora que 2014 termina, tenho de dizer que este foi um ano bom, com um trabalho novo, os amigos de sempre, outros novos, novas experiências que se conjugam na perfeição com as antigas.
Enfim, venha 2015 e que, se não for melhor, seja, pelo menos, igual a 2014!

O meu desejo para o próximo ano?!

Simples e barato: ser feliz e que a minha família e amigos também o sejam!



terça-feira, 23 de dezembro de 2014

O meu natal – o nosso natal


(foto: Manuel Meira)

Recupero o texto que escrevi, por esta altura, o ano passado (vai ser um natal igual).


A casa da tia Quina enche-se de gente no dia 24 para festejar o Natal. A família é grande (são só 13 irmãos, juntando mais sobrinhos, filhos dos sobrinhos, primos, enfim…). A cada ano que passa, a felicidade de nos juntarmos é grande. A casa enche-se de sorrisos, gargalhadas e muitas recordações.
O patriarca, esse, fica ali a olhar, já sem entender muitas das conversas, mas alegre por juntar os filhos e os netos. Os donos da casa não param, felizes por juntarem a família e porque a casa se enche de vida (confesso que, sem estes dois, a família seria certamente bem mais pobre).
À volta das panelas, a tia Quina lá vai trabalhando e dizendo as suas piadas, o tio Mário trata da bebida para que na hora do jantar nada falhe. As tias ajudam no resto das coisas e a lareira aquece ainda mais o ambiente, já ele bem quente de amor e alegria.
À hora de jantar, todos se sentam e as batatas e o bacalhau vão para a mesa. Enquanto se come e bebe, as histórias surgem a cada instante. Fala-se de tudo e de nada - conversas só interrompidas pelo tio Mário, com um “encha o copo”.
Depois das sobremesas é hora de jogar o loto, ou como se diz na família, o quino. Mas faltam os que não jantaram connosco - são mais tios e primos. Ficamos à espera e quando estes chegam, lá se começa a jogatana.
O chefe da casa começa a “cantar” as pedras e, quando a voz começa a falhar, enche o copo, o dele e dos restantes. Assim se fazem horas até à chegada do pai natal. 
Do outro lado da casa, ouve-se “ohohohohoh”. Abre-se a porta, e lá aparece o homem de barba branquinha, roupa vermelha e os óculos de sol, para que não seja reconhecido. As sacas com as prendas começam a ser abertas, cada uma com o nome da pessoa a quem se destina e inicia-se assim, uma hora de entrega e abertura de presentes.
A noite já vai longa, mas a conversa, as brincadeiras, as risadas e as piadas continuam, com o lume a fazer companhia e a família unida.
A noite termina já quando o sono nos domina e é hora de vestir os casacos e ir para casa, para regressar amanhã, na hora de almoço, para mais do mesmo!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

A Família Gomes





A história começou talvez há 70 anos atrás, mais ano, menos ano. Dois adolescentes conheceram-se e decidiram constituir família. Do primeiro ao 14º filho, foram precisos vinte e pouco anos.
A família foi aumentando, as dificuldades também, mas onde todos ajudavam, nada faltava.
Não conheço verdadeiramente a história, mas vou ouvindo aqui e ali, as coisas que eles, os que nasceram do amor daqueles dois adolescentes, vão contando.
“Uma sardinha para três…. Uma roupa que tinha de ser partilhada entre todos, a cama onde dormiam três ou quatro…” – entre tantas e tantas peripécias que nos fazem pensar a nós que somos a segunda e terceira geração.
As coisas nunca abundaram, mas, segundo eles, também nunca faltaram. Hoje desse amor, que durou talvez perto de 30 ano, resta ele (o adolescente alto e espadaúdo, com um ar bem jeitoso, hoje alto, de cabelos brancos e com uma memória muito traiçoeira), e treze dos catorze frutos.
Ela foi embora mais cedo, com quarenta e poucos anos, deixando a família fisicamente, mas que nunca esqueceu – não tenho dúvidas que olha por cada um de nós. Ela foi, mas deixou uma família unida até hoje.

Para mostrar essa união, ontem foi o dia escolhido para todos se encontrarem e trocarem, mais uma vez, impressões sobre aquilo que era antigamente e como é agora.
O primogénito e a caçula a fazerem as honras da casa, neste caso do restaurante. Os mais novos a brincar e a fazer barulho…. Foi um encontro diferente, onde toda a família, ou quase toda, se encontrou e festejou.


A todos um feliz natal e um ótimo ano novo.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Qual o melhor presente no sapatinho




Qual o melhor presente que deveríamos ter no sapatinho na noite de Natal?
Esta é uma questão que nos faz pensar, mas, na prática não deveria fazer.
O Natal está aí à porta e parece que ainda foi ontem. O tempo passa depressa demais, sem nos darmos conta das horas, dos dias, dos meses e do ano, ou então serei eu que estou cada vez mais acelerada e nem dou por ele a passar.
As ruas enchem-se de cor e luz, o pai natal aparece em qualquer esquina, o espirito de solidariedade e entreajuda aumenta nesta quadra e sejam católicos, ou de qualquer outra crença religiosa, todos aproveitam a quadra para estarem com quem mais amam. Pode dizer-se que Natal é a festa da família.
É nesta altura do ano que as pessoas se juntam à mesa, conversam, fazem o balanço do ano que está a terminar.
O Natal é, sem dúvida, pelo menos para mim, a altura mais bonita do ano. Sim, fala-se - e é verdade - do consumismo e dos gastos desmedidos, mas isso não pode desviar-nos da verdadeira festa, do verdadeiro sentido do que o Natal é, ou deveria ser.

Aproveitemos esta época do ano para darmos as mãos, para sermos solidários e, acima de tudo, para amar, amar incondicionalmente, amar sem medida porque o amor é o maior presente que alguém pode ter no sapatinho.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Fim de semana de descoberta e afetos por terras de reis e rainhas







"Há gente que fica na história da história da gente  e outras de quem nem o nome lembramos ouvir" – veio-me à memora esta frase que me acompanha há já algum tempo (pelo significado e beleza que tem cada palavra). Porquê hoje, porquê outra vez a citá-la?

Porque acabo de chegar de mais um fim de semana fantástico que só o foi por causa das pessoas que dele fizeram parte. O grupo das escapadinhas cresceu e quem nele entrou, integrou-se perfeitamente (não podia ser de outra forma).
O frio próprio do inverno (temperaturas negativas até) foi aquecido pela boa disposição, boa companhia e, acima de tudo, companheirismo entre todos nós.
Desde a saída à chegada tudo foi como esperado, tendo em conta a experiência de outros dias como estes.
 A escolha dos locais a visitar foi perfeita. Um fim de semana, onde cruzamos cultura, com beleza natural, à qual se acrescentou boa disposição, boa gastronomia e, claro está, bom vinho para aquecer nas noites frias de inverno, por terras de nuestros hermanos.
Lá como cá, já cheira a natal. As ruas cheias de pessoas que resistem ao frio e que, cheias de agasalhos, dão vida às ruas, transformando os locais - já deles de uma beleza extraordinária – em ainda mais belos, cheios de harmonia. As luzes a piscar, anunciam “La Navidad”, os músicos cantam, os artistas mostram os seus trabalhos, à espera que os turistas não sejam indiferentes e deixem o seu agradecimento.
Se cá fora as ruas são animadas pelas luzes, cores e enfeites de Natal, os edifícios, esses não precisam de mais nada, se não da sua imponência, beleza natural e da cor dourada que ostentam, como se de ouro fossem feitos. Lá dentro, reina a paz e o silêncio, ouve-se história e música (sacra). Os turistas (eu entre eles) apreciam a beleza dos mesmos, as características e talvez, como meu, se questionem “como é que foi possível construir tais coisas?”. A resposta é apenas uma “tanto foi que, hoje, estão à vista de todos e a sua beleza é apreciada em todo mundo”.

Se ali, naquela bela cidade, os edifícios embelezam o espaço e deixam de boca aberta os milhares que por ali passeiam, lá mais à frente, a beleza da natureza arrepia, faz pensar, sonhar e desafiar o pensamento para outra dimensão.
O frio, o cansaço e os caminhos sinuosos percorridos são superados por toda a beleza que nos aparece à frente e, quando esta experiência se aproxima do fim, já se pensa na próxima!!!


Mais uma experiência, de beleza e, acima de tudo, de afetos!!!!