domingo, 20 de janeiro de 2013

Passos vs Fanny – duelo de titãs


                                                     
             



Mudam-se os tempos, mudam-se os temas de discussão…
Desde que me conheço que oiço dizer que se sabe tudo no cabeleireiro, que é como quem diz, que lá são conhecidas todas as fofoquices do lugar…
Mas ultimamente, estas fofoquices vinham a dar lugar a outras discussões, também sem grande fundamentação, é certo, mas que mostravam a insatisfação, o descontentamento de pessoas que vivem do dinheiro ganho do suor do trabalho e a quem os senhores que estão lá na sala do parlamento teimam em tirar…
No entanto, deparei-me nos últimos dias, que é como quem diz nas últimas duas semanas, que o tema das conversas voltou a mudar… Sim agora, só se fala na forma de falar da Fanny, do namorado, que afinal é ex, que entrou não sei muito bem porquê e a quem ela trata mal, com termos que reprovo e me recuso a transcrever, na Alexandra, que coitada, pelos vistos, perde território (seja lá o que isso for), na Cátia que é limitada, não diz nadinha, mas “quando são temas difíceis, fala bem”, no tatuado que manda calar a tal da Alexandra, porque diz saber coisas sobre ela, no outro que é grandalhão e mal-humorado e só destabiliza a casa... Enfim, uma quantidade de informação que, pelos vistos, quase todos entendem e comentam de forma alegre e com uma opinião formada sobre cada um dos que está lá dentro da casa, mas que, para quem não segue, se torna difícil de entender…
O engraçado, é que se geram verdadeiras discussões sobre a viabilidade dos concorrentes, sobre a sua postura no programa, sobre as coisas fantásticas que dizem (que até nem me atrevo a escrever – ouvi algumas verdadeiramente absurdas). É olhar para aquelas pessoas, ali do sofá do dito salão, e apreciar cada uma com uma dica, com uma achega sobre o programa e sobre quem deveria ou não chegar ao fim.
Apraz-me concluir que quem fica a lucrar com tudo isto é o nosso “amado” e “estimado” governo, que acaba por ser esquecido, deixa de ser alvo de críticas e chacota, porque, sem dúvida, aquela dezena ou mais de incultos e, pelo que entendi, mal-educados, lá vai fazendo as delícias dos portugueses e fazendo esquecer o IRS, os impostos, o aumento dos combustíveis, as faturas e tudo o resto…
Apraz-me concluir também que, se calhar, se a RTP se tivesse antecipado e comprado o dito programa podia muito bem não ser privatizada, porque estaria a prestar serviço público, estaria a fazer as pessoas esquecerem o que realmente lhes faz mal!
Confesso que também espreito de quando em vez o referido programa, mas este último ainda não tive oportunidade de ver, mas ao que sei, o nível é ainda mais baixo do que aquele a que o programa habituou os portugueses. Quando faço zapping e paro lá, confesso que, cinco minutos depois, estou enjoado com tanta falta de cultura, com tantos gritos e discussões sem sentido.
Ganhe quem ganhar, penso que no final o sr. Primeiro-ministro deve premiar cada um dos concorrentes por lhe terem feito sombra durante um mês, ou lá quanto tempo é. Penso que, assim como assim, deve usar uma parte do empréstimo da troika para dar a estes portugueses que conseguiram o impossível, ou seja, que fizeram com o que tema de conversa deixasse de ser a má prestação do governo e passasse a ser as barbaridades e as discussões de uma casa – a Casa dos Segredos.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Um turbilhão de sensações





Começa o ano e o turbilhão de sensações que me acompanhou durante todo o 2012 começa a regressar aos pouquinhos, mesmo sem ser chamado. A sensação é de vazio, um vazio difícil de preencher, mas um vazio que precisa rapidamente de deixar de o ser e que, dê para onde der, vai deixar mesmo de o ser.
Apesar da lentidão da minha vida física, o meu cérebro trabalha a uma velocidade que parado numa operação Stop certamente ficaria inibido de me conduzir, no mínimo, um ano e a multa seria bem grande.
Muitas vezes, dizem-me que o meu problema é pensar e não digo que não. Penso demasiado porque preciso de encontrar soluções, certezas e respostas para tudo isto. Muitas vezes, dizem-me também que vou conseguir, que este ano vai ser o ano…. E eu pergunto (pensando novamente): o ano de quê? Será?
Olhando para as notícias que surgem diariamente, vai ser difícil chegar onde tanto almejo, mas vou tentar, ou melhor, vou conseguir.
Muitas vezes, oiço falar bem das minhas capacidades, do meu profissionalismo, das minhas potencialidades, mas e quê? Estou aqui à espera de ser descoberta, tentando furar por todos os meios, mas sem respostas, sem horizontes, sem vontade e sem previsões de como será o futuro.
Tento criar momentos, tento abstrair-me, tenho esconder, tento rir quando a vontade é chorar, tento esquecer, quando tenho é de me lembrar. Tento, tento, tento….
É este turbilhão de sensações que teima em acompanhar-me, em enlouquecer-me, em derrubar-me.
É um turbilhão de sensações difícil de entender para quem está de fora, que me apoia como pode, mas que, na verdade, nada pode fazer para ajudar.
Mas este turbilhão de sensações - não tenho dúvidas - vai ajudar-me a crescer, a ser mais e mais. Vai fazer de mim uma pessoa mais atenta, mais sábia e mais especial, talvez.
Naquela que foi a primeira noite do ano, o turbilhão de sensações foi mais brandinho e só me assolou com coisas boas, muitas sensações, é certo, mas todas elas do melhor.
Ri como há muito não o fazia, dancei como se não houvesse amanhã, aproveitei ao máximo!
Se o ano começou assim, vou agora tentar esquecer o que me faz mal e apostar só no que e em quem me faz bem!
2013, dê para onde der, vai ter de ser o ano da mudança e – claro está - uma mudança boa!