terça-feira, 30 de junho de 2009

Variante abre ao trânsito em Várzea

Um mês depois de concluída, a variante à EN 207, em Felgueiras, abriu ao trânsito

A variante que liga o centro da cidade à entrada da auto-estrada A11, na Longra, e inclui a ligação da EM 564 à estrada Nacional 101 de acesso à Lixa, abriu ao trânsito no sábado, sem qualquer cerimónia oficial, ao contrário do que estava inicialmente previsto.
Para o PSD de Felgueiras, a abertura da via foi precipitada pela pressão que os social-democratas locais fizeram, nos últimos dias, alertando para a necessidade da abertura de uma via fundamental para o descongestionamento do trânsito no centro da cidade, como explica à NFM João Sousa, presidente da concelhia do PSD de Felgueiras.
Para o social-democrata o aumento do preço das portagens verificado após a abertura deste traçado não faz sentido, mas, mais uma vez, atribui responsabilidades à presidente da câmara, Fátima Felgueiras, que não acautelou os interesses dos felgueirenses.
A variante à EN 207 em Felgueiras abriu ao trânsito um mês depois de concluída… A abertura deste troço precipitou o aumento da portagem no troço Felgueiras Lousada, em 15 cêntimos… passando dos 55 para os 70 cêntimos….
A NFM tentou uma reacção da presidente de câmara de Felgueiras, mas como na cidade hoje é feriado até ao momento não foi possível.


Notícia publicada in Rádio NFM

Portagem da A11 no troço Felgueiras Lousada aumenta 15 cêntimos

Quem utilizar o troço da Auto-estrada A11 entre Felgueiras e Lousada, a partir desta segunda-feira, paga mais 15 cêntimos.
O valor de 55 cêntimos que vigorou até ontem naquele troço foi agora aumentado para 70 cêntimos, ao que tudo indica pela abertura da Variante à EN 207, que permite o acesso entre a A11 na Longra e a cidade de Felgueiras.
A variante, pronta há um mês, abriu no passado sábado sem qualquer cerimónia oficial, ao contrário do que estava previsto inicialmente e trata-se de uma via fundamental para o descongestionamento do trânsito no centro da cidade.
A via, com perfil de auto-estrada, liga o actual viaduto da Longra, à saída das portagens, à actual variante da cidade, em Várzea. A empreitada inclui também a ligação do centro de Várzea (EM 564), à estrada para a Lixa (EN 101).
Refira-se que tratou-se de uma obra inicialmente controversa, nomeadamente no atravessamento da freguesia de Várzea, onde as várias possibilidades para a passagem da via foram contestados quer pelos populações locais, quer pela autarquia.
Depois de concluída a obra abre agora ao trânsito, mas com um senão: fez aumentar o valor da portagem da A11, no troço entre Felgueiras e Lousada.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Bazar vai afixar nome de maus pagadores à porta


Cansada das dívidas, a proprietária do Bazar Aurora, em S. Jorge de Várzea, promete envergonhar devedores

“A partir de dia 15 de Junho, vamos publicar o nome das pessoas que se esqueceram de honrar os seus compromissos”, é o que pode ler a letras garrafais na porta do Bazar Aurora, em S. Jorge de Várzea. Cansada das dívidas, algumas com mais de 10 anos, e da falta de honestidade de algumas pessoas, Aurora Cunha ameaça colocar o nome dos devedores à porta do estabelecimento comercial na tentativa de reaver o que é seu por direito.
Em declarações ao EXPRESSO DE FELGUEIRAS, a comerciante confessa estar farta de que “gozem com ela” e portanto decidiu avançar com esta medida. “Eu decidi afixar o cartaz lá fora, porque muitas pessoas ficam a dever e não pagam. Tenho pessoas que honram os seus compromissos, que têm aqui prestações e pagam direitinho, mas tenho outras que levam as coisas com o compromisso de pagarem e depois nunca mais cá põem os pés. Tenho dívidas de mais de dez anos, a essas já disse adeus”, explica, acreditando que até ao dia 15, as pessoas tomem consciência e paguem o que devem. “Acredito que algumas delas venham pagar, talvez com vergonha de verem o seu nome ali afixado”, refere.
Para já, quem passa na rua apenas lê o cartaz a avisar que o nome dos devedores será afixado caso as dívidas não sejam liquidadas até ao meio do mês, mas depois do dia estabelecido, Aurora Cunha vai mesmo afixar o nome dos caloteiros na porta e não tem medo das consequências e lembra que já não é a primeira vez que toma esta medida. “Caso até dia 15, as pessoas, que sabem quem são, não venham pagar o que devem, vou colocar sem dúvida os seus nomes à porta. Já não é a primeira vez que o faço e não me arrependo. Se as pessoas não têm vergonha de não pagar e de passarem por mim na rua como se nada fosse, eu também não terei qualquer sentimento de culpa por colocar o seu nome na porta. Não tenho medo de comentários que possam haver, só estou a pedir aquilo que é meu, não estou a roubar nada a ninguém”, diz, revelando ainda que, da última vez que colocou os nomes de alguns devedores à porta, no ano passado, a medida surtiu efeito e algumas dessas pessoas foram ao estabelecimento pagar. Questionada sobre a reacção desses que decidiram pagar as dividas, Aurora Cunha diz que nem tocaram no assunto. “O ano passado cheguei a colocar alguns nomes de caloteiros à porta e alguns, não sei se por vergonha, ou outro motivo qualquer vieram pagar. Quando aqui chegavam nem comentavam a situação, apenas diziam que vinham pagar e não queriam mais conversa”, relembra.
Com o bazar há mais de 20 anos, Aurora Cunha não se lembra de crise como esta. Uma crise que tem muitas consequências a nível económico, mas sobretudo de consciência. “Eu já tenho a minha loja há 23 anos e nunca vi crise como esta. A cada dia que passa é cada vez mais difícil receber. Mas o pior é que muitas pessoas perderam a vergonha e não têm qualquer pudor em ficar a dever. Não entendo como isso é possível”, desabafa.
A comerciante espera agora que não seja necessário colocar o nome dos devedores na porta e que as pessoas honrem os seus compromissos até dia 15 de Junho, caso contrário, a partir dessa data, na porta do Bazar Aurora vai poder ler-se o nome dos caloteiros.
Mas caso não essa situação não seja suficiente, Aurora Cunha promete não cruzar os braços e partir para o litigioso se for preciso, já que não faz sentido as pessoas fazerem dívidas desta natureza. “Da maneira que isto está, se não conseguir reaver o dinheiro das dívidas desta forma, vou ter de partir para outras possibilidades e não descarto os meio judiciais. Com o actual momento, não se pode manter uma porta aberta com tantas dívidas”.

Texto de Aureliana Gomes, in EXPRESSO DE FELGUEIRAS